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BMW compra preparadora Alpina para transformá-la em parte de seu catálogo

Vivendo fartura recorde, preparadora de luxo da BMW dá um passo além na relação e se tornará parte do grupo global. Futuro é incerto a partir de 2025

Por Eduardo Passos
10 mar 2022, 23h51

Especializada em criar versões (ainda mais) esportivas e luxuosas da BMW, a preparadora Alpina foi comprada pela própria BMW. As duas fabricantes têm uma relação estreita há décadas, a ponto de os Alpina saírem pré-montados das fábricas da BMW para serem finalizados em seu ateliê da cidade de Buchloe. Mas o futuro elétrico fez a empresa familiar a mudar de mãos.

Sem revelar valores, a BMW informou que pretende ter os veículos preparados pela Alpina como parte oficial de seu portfólio, podendo “moldar o futuro” da marca livremente.

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A Alpina surgiu em 1965 preparando carros para competições, mas se especializou nos BMW em 1978 e desde 1983 está registrada como uma fabricante de automóveis.

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A tendência é que fusão diminua concorrência interna como a do Alpina B8 Gran Coupé (foto) e do BMW M8 Gran Coupé Competition
A tendência é que fusão diminua concorrência interna como a do Alpina B8 Gran Coupé (foto) e do BMW M8 Gran Coupé Competition (Divulgação/BMW)

Seu foco sempre foi transformar os BMW em veículos mais potentes, com melhor dirigibilidade e mais luxuosos. É certo que isso se manterá inalterado até 2025, quando acaba o acordo de cooperação entre as empresas assinado em 2020.

A partir de 2025, as instalações da Alpina em Buchloe estarão voltadas para pós-vendas, peças e acessórios, enquanto a produção dos seus carros customizados será transferida para uma fábrica da BMW.

Trabalho artesanal da Alpina será incorporado aos projetos do Grupo BMW
Trabalho artesanal da Alpina será incorporado aos projetos do Grupo BMW (Divulgação/BMW)

 

Para ter ideia do que é a Alpina, um de seus produtos atuais é a B3 Touring. Basicamente, trata-se da versão perua do atual Série 3. Ela é equipada com motor seis cilindros 3.0 biturbo com 462 cv, ou meros 18 cv a menos que a versão de entrada do BMW M3, que hoje é vendido apenas na versão sedã. E o acabamento é muito melhor que o de um M3.

Preparação para um futuro elétrico

A iminente eletrificação do portfólio da BMW pode ter servido de motivação para a venda, visto que a preparação dos carros da Alpina sempre esteve muito focada em extrair mais desempenho de motores a combustão e das transmissões dos carros da BMW. Para a BMW, por sua vez, será a oportunidade de oferecer carros mais luxuosos a clientes que não abrem mão do desempenho. 

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Ao mesmo tempo, ambos os lados trabalharão de maneira ainda mais íntima no desenvolvimento de novos modelos. À primeira vista, parece uma forma de aproveitar o sucesso corrente, dado que em 2021 os modelos “envenenados” fizeram sucesso como nunca, com 2.000 unidades produzidas.

Alpina B3 Touring
Alpina B3 Touring é a perua do Série 3 com motor seis cilindros 3.0 de 462 cv (quase os 480 cv do M3) (Alpina/Divulgação)

Os Alpina não fazem sucesso apenas na Alemanha, como em toda a Europa e também têm Japão, Estados Unidos e o Oriente Médio como mercados importantes.

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A BMW se comprometeu a garantir uma transição suave, sem demissão de nenhum dos 300 empregados causada pela mudança de donos. De origem familiar, a Alpina reforçou a promessa, ao mesmo tempo em que destacou a necessidade da fusão frente aos “desafios da indústria automotiva”.

b6
Alpina B6, versão do Série 5 produzida em 1975 (Alpina/Divulgação)

“Nós apoiamos na força de nossa companhia, nosso time e nossas famílias para ‘pivotar’ no momento certo. Ao mesmo tempo, reconhecemos, junto ao Grupo BMW, a responsabilidade social frente à nossa força de trabalho”, explicou o diretor da Alpina, Florian Bovensiepen.

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Para o negócio ser concretizado ainda falta o aparar de algumas arestas, como o OK do órgão antitruste local. A tendência de que algo “mele” o acordo, todavia, é baixo.

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A edição 755 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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