BMW 3.0 CSL marca os 50 anos da Motorsport com 560 cv e câmbio manual

Toda comemoração termina com um ‘grand finale’, principalmente quando se completa meio século de vida. A Motorsport, divisão esportiva da BMW, preparou alguns modelos para comemorar seu aniversário de 50 anos ao longo deste ano, mas o melhor e último ‘presente’ ficou para o fim.

A M – para os íntimos – uniu passado e presente para criar o novo BMW 3.0 CSL. É uma releitura do carro que, em 1973, foi o primeiro BMW de corrida criado pela divisão de alto desempenho, mas que também fez sucesso em sua versão para as ruas.

O carro de 2022 tem fortes características do antepassado em seu visual. A pintura é o mais marcante, tendo como base a cor branca com listras por toda a carroceria nas cores típicas da Motorsport (vermelho, azul e violeta).

Na dianteira, os faróis têm tecnologia BMW Laser Light e o destaque vai para as assinaturas na cor amarela, uma referência aos carros de corrida. A grade dupla tem desenhos em forma de diamante e o acabamento é em alumínio acetinado. Nas extremidades do para-choque há duas aberturas circulares, que remetem às entradas de ar do 3.0 CSL original.

Partindo para a traseira, a esportividade está nas quatro saídas de escape e no aerofólio que, assim como no modelo original, ajuda a gerar força de arrasto e melhorar a tração nas rodas de trás, como explica o fabricante.

Uma história interessante: o aerofólio da versão de 1973 não foi permitido para a versão de rua do 3.0 CSL. A solução da BMW foi colocá-lo no porta-malas, ficando à disposição do motorista a qualquer momento.

As rodas de liga leve forjadas têm acabamento na cor dourada, mais uma homenagem ao carro da década de 1970, e são de 20’’ na frente e 21’’ na traseira. Os amortecedores são eletronicamente controlados e a suspensão adaptativa têm sistema independente duplo A na dianteira e de cinco braços com design específico da Motorsport no eixo traseiro.

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Os freios são de carbono-cerâmica com curva de atuação ajustáveis e a direção é eletromecânica M Servotronic com relação variável.

Todo esse conjunto é combinado com o mais potente motor de seis cilindros em linha já utilizado pela M em um carro de rua. Assim como todo o resto, ele também é uma adaptação das pistas, sendo baseado no motor do BMW M4 GT3, que foi campeão do Campeonato Europeu de Carros de Turismo.

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Mas não é a primeira vez que o vemos em um carro da BMW. O seis cilindros biturbo de 3,0 litros é o mesmo do BMW M4 CSL, apresentado em março também como forma de comemoração dos 50 anos da M. A diferença é que no 3.0 CSL ele gera 10 cv a mais, totalizando 560 cv.

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Feito à moda antiga – para alegria dos puristas – todos os 56 kgfm de torque são enviados exclusivamente para o eixo traseiro, por meio do câmbio manual de seis marchas com assistente de mudança, que usa um controle de velocidade de conexão para garantir o engate da embreagem sem deslizamento após reduzir a marcha ao frear nas curvas. Esse recurso pode ser desligado pelo motorista a qualquer momento.

Para garantir melhor dirigibilidade, o eixo traseiro está equipado com diferencial ativo M, para ajustar a compensação de torque e o travamento das rodas individualmente, e controle dinâmico de estabilidade, que adapta o bloqueio do diferencial de acordo com a situação da pista.

No interior, o 3.0 CSL dispensa os bancos traseiros para otimizar o peso e alcançar a relação de 2,9 cv por kg. Em seu lugar, foi adicionado um compartimento para guardar capacetes. Pelo mesmo motivo, foi utilizado fibra de carbono nos assentos esportivos M, chassi e carroceria. O isolamento acústico também foi reduzido para diminuir o peso total do carro.

O acabamento é em Alcantara preto nos bancos e no volante. A manopla de câmbio é descrita como um “acessório de luxo” e tem o número 50 gravado junto com o diagrama das marchas. No painel, próximo ao passageiro, está o número de série do modelo. 

O 3.0 CLS só deve chegar às ruas em 2023 e serão apenas 50 unidades produzidas na fábrica de Dingolfing, na Alemanha. A BMW destaca que o esportivo levará mais tempo que o normal para ser fabricado – até 10 dias no total – devido ao processo “manual e artesanal” de confecção de algumas peças e de pintura. O preço ainda não foi divulgado.