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Bicicleta com ABS aproveita item dos carros para evitar que ciclista caia

Sistema antitravamento similar ao usados nos automóveis foi apresentado na CES 2020, mas funciona de modo ligeiramente diferente

Por Nelson dos Santos, de Las Vegas (EUA)
Atualizado em 13 jan 2020, 08h00 - Publicado em 13 jan 2020, 07h00
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    (Blubrake/Divulgação)

    Quem anda de bicicleta e nunca caiu após travar as rodas que atire o primeiro guidão. Se este não é o seu caso, agora há uma solução (parcial) para o problema: uma bicicleta com ABS (sistema antitravamento dos freios).

    A tecnologia, já difundida na indústria automotiva a ponto de ser obrigatória em veículos vendidos no Brasil desde 2013, foi apresentada em sua versão para bikes na CES 2020 em Las Vegas, pela empresa italiana Blubrake.

    O equipamento funciona como nos automóveis, usando diversos sensores para detectar a iminência de um travamento e fazer alívios rápidos no freio para evitar que as rodas parem de girar. Ou melhor: a roda.

    “Nosso ABS é usado apenas no pneu dianteiro porque, em frenagens intensas, quase não há aderência na roda traseira da bicicleta”, explica Fabio Todeschini, fundador e gerente geral da Blubrake.

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    Por conta disso, o ABS da empresa usa só um sensor de velocidade, e não leva em consideração a diferença de velocidade das rodas para detectar um travamento, como ocorre nos carros.

    Ao invés disso, dados coletados por um sensor de seis eixos embutido na ECU do sistema são usados para avaliar em tempo real o comportamento da bicicleta, incluindo até a inclinação do trajeto que o ciclista está fazendo.

    Outra diferença é que esse ABS não conta com uma bomba hidráulica própria. Como o circuito com fluido em bicicletas é pequeno, é usado apenas um atuador elétrico para fazer a alteração da pressão das pastilhas contra o disco.

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    Por isso, e também para alimentar a central eletrônica, a bicicleta com ABS é obrigatoriamente elétrica.

    Mas Todeschini afirmou a QUATRO RODAS que essa é uma limitação temporária. “É possível adaptar o sistema a uma pequena bateria e usá-lo em uma bicicleta convencional”.

    Além da central, sensor e atuador, o sistema ABS tem uma luz-espia própria, para avisar o ciclista imediatamente caso o equipamento tenha algum problema.

    Por enquanto, o sistema ABS custa R$ 2.000 e é oferecido em algumas bicicletas elétricas topo de linha, que são vendidas, na Europa, por mais de R$ 22.000.

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