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As viaturas policiais mais inadequadas do planeta

De carros antiquados a superesportivos, a vida dos policiais nem sempre é tão fácil quanto parece

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 abr 2022, 15h59 - Publicado em 8 Maio 2017, 18h09

Existe certo fascínio em torno de viaturas policiais. Principalmente aqueles superesportivos e carros de luxo adquiridos por lugares bem ricos (como Abu Dhabi, Dubai e algumas capitais europeias) para combater o crime com muito estilo e opulência.

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Mas mesmo em alguns desses casos, a vida dos policiais não deve ser tão fácil assim. Às vezes eles precisam ir atrás dos criminosos a bordo de veículos bastante inapropriados para a tarefa, seja pelo tamanho, pela falta de funcionalidade, alcance restrito ou simplesmente pela falta de potência mesmo.

Renault Twizy – Paris

viatura Twizy
(reprodução/Internet)

Em 2012, a prefeitura de Paris começou a utilizar unidades do Renault Twizy (um elétrico com apenas um lugar) no patrulhamento de áreas arborizadas e vias estreitas. Seu tamanho compacto certamente ajuda na tarefa, mas a baixa autonomia (até 80 km) e velocidade fazem pensar se alguma outra alternativa – como bicicletas, motos ou patinetes – não seria mais útil e barata.

Lada Laika – Rússia e Cuba

Viatura Laika
O velho Laika fazia os policiais sofrerem nas perseguições (reprodução/Internet)

Os carros da Lada sempre tiveram fama de robustos, o que deve justificar a escolha deles para prestar serviços à polícia russa – e também de outros países da Europa ocidental, além de Cuba.

Mesmo assim, os policiais deveriam ter muitos problemas para lidar com alguns problemas crônicos do projeto dos Laika, incluindo a má qualidade de construção, baixa potência, a suspensão mole demais e o comportamento instável em velocidades altas – uma característica pouco desejável quando se está no meio de uma perseguição.

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Volkswagen Fusca – Brasil

Viaturas policiais - VW Fusca
A última “baratinha” da frota: VW Fusca 1986 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Econômico e fácil de dirigir, o Fusca dominou as delegacias durante quase toda sua existência. O carro foi utilizado da década de 60 até o fim dos anos 80, inclusive na Guarda Civil. É claro que o besouro foi escolhido pelas virtudes supracitadas mais a facilidade de manutenção.

Mas até o mais fervoroso dos fãs do carro concorda que perseguir meliantes era uma tarefa complicada ao volante do lento e instável Volkswagen.

Caparo T1 – Inglaterra

Viatura T1
Rápido o T1 certamente é, mas prático… (divulgação/Internet)

Dirigir uma viatura capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos pode ser uma mão na roda para perseguir bandidos. Mas nem tudo são flores no Caparo T1. Além do diminuto espaço interno, não deve ser recomendável realizar uma manobra pit (na qual a viatura colide contra a traseira do veículo em fuga para fazê-lo perder o controle) com um veículo tão baixo assim.

E qualquer superfície irregular – ou até mesmo uma valeta ou lombada mais pronunciada – tiraria o monoposto da perseguição.

Smart ForTwo – Nova York

ForTwo
Falta espaço para armas, acessórios e até para levar bandidos no ForTwo (divulgação/Internet)

Alguns vão dizer que o ForTwo é o carro ideal para driblar o trânsito em perseguições. E é verdade. Mas esse é um dos poucos (se não o único) pontos favoráveis do pequeno Smart para ser utilizado como viatura policial.

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Falta porte para bloquear vias (uma manifestação certamente passaria por cima ou tombaria o coitado) e espaço interno para levar armas, presos ou até mesmo um cachorro para ajudar no patrulhamento.

BMW Isetta – Alemanha

Romi-Isetta
Com uma Isetta, o policiamento devia ser simpático… mas inofensivo (reprodução/Internet)

Não é só na praticidade de suas dimensões acanhadas que BMW Isetta e Smart Fortwo se assemelham. A falta de espaço para levar passageiros ou armas também joga contra o veículo: dois policiais (mais um cachorro) sofriam horrores para cumprir as rondas pelas ruas alemãs nos anos 50.

Outro problema era o fraquíssimo desempenho do motor monocilíndrico de 300 cc e apenas 13 cv. Pelo menos a gigantesca porta dianteira deveria facilitar o desembarque rápido da viatura…

Hummer H2 GeigerCars Custom – Texas

Hummer H2
Forte como um tanque e beberrão feito um muscle car, o H2 não era uma viatura muito prática (divulgação/Internet)

Espaço para policias americanos (e seus donuts e copos de café) não é problema dentro de um Hummer H2. Nem a intimidação ao encarar os meliantes. Mas agilidade certamente não é o forte de um brutamontes tunado transformado em viatura policial, mesmo preparado para extrair 700 cv do motor 7.0 V8.

Sem falar que o gasto com combustível deve estourar o orçamento de qualquer força policial.

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Chevrolet Corsa Sedan – Brasil

Corsa
(Agliberto Lima)

A polícia brasileira nunca esteve muito bem servida de viaturas na maioria dos estados. Mas perseguir bandidos a bordo de um Corsa Sedan era uma verdadeira prova de fogo.

É verdade que o sedã não era dos mais lentos de sua categoria (principalmente depois de adotar o motor VHC), mas correr atrás de bandidos montados em motos esportivas ou qualquer coisa um pouco mais potente que o 1.0  era uma tarefa quase impossível.

Lamborghini Aventador – Dubai

aventador
Praticidade não é o forte da Aventador (divulgação/Internet)

O Aventador faz parte de uma milionária frota de viaturas utilizadas em Dubai. Assim como os outros veículos, o Lambo foi adquirido mais pela popularidade do que pela praticidade, servindo de vitrine para a polícia local – que se defende dizendo que o carro agilizará o patrulhamento, apesar de os índices de criminalidade em Dubai serem ridícularmente baixos.

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De fato, uma viatura capaz de atingir a velocidade máxima de 349 km/h certamente é ótima para alcançar os bandidos. Já para abordá-los e prendê-los, não tem jeito: será preciso pedir ajuda.

Nissan Leaf – Rio de Janeiro

Leaf
Com o Leaf, o policial só não pode esquecer de recarregar as baterias (divulgação/Nissan)

O Leaf é um carro ideal para ser dirigido nas grandes cidades. Sua autonomia de no máximo 160 quilômetros costuma ser suficiente para atuar no dia-a-dia urbano, caso o motorista seja comedido com o acelerador.

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Agora imagine partir para uma ocorrência no Rio de Janeiro (e suas vias expressas, ladeiras e grandes distâncias envolvidas desde a zona norte até a zona sul) com um Leaf sem carga máxima de bateria. Deve ser preocupante.

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