Após acordo bilionário com GM, Nikola é acusada de fraude
Investigadores vêm acusando empresa de fraude por vídeo falso com caminhão elétrico
Depois de anunciar uma parceria bilionária com a General Motors, a Nikola parece estar em maus lençóis. A empresa foi acusada de estar envolvida num “oceano de fraudes” por investigadores privados americanos. Uma das alegações é de que a Nikola jamais criou um protótipo funcional, e que os vídeos mostrados até agora são falsos.
A Nikola divulgou um vídeo de seu primeiro caminhão elétrico, o One, em movimento numa seção remota de uma rodovia no estado americano de Utah. A Hindemburg Research, responsável pelas investigações, conseguiu reproduzir o vídeo com outro caminhão e revelou que seria possível chegar a cerca de 100 km/h com o veículo.
O trecho da rodovia é uma leve descida, com cerca de 3,4 quilômetros de extensão. O curioso é que, de fato, a Nikola “admitiu” que o caminhão poderia estar se movimentando apenas com a força da gravidade. Num comunicado, a empresa afirmou que “nunca disse que o caminhão andou com propulsão própria no vídeo”.
A marca afirma que os investidores sabiam das capacidades do caminhão na época do investimento, e que o vídeo, feito há quase três anos, é “irrelevante”.
Acusações verdadeiras ou não, as descobertas da Hindemburg causaram uma onda de cetisimo sobre as atividades da Nikola. Segundo reportagem da Bloomberg, o governo americano já está de olho nos relatórios da Hindemburg para determinar se a Nikola violou alguma lei.
Já a GM afirma ter feito diligências antes de fechar o acordo de cooperação com a Nikola. Segundo a fabricante, todas as atividades da Nikola foram revisadas nos âmbitos legal e técnico.
O One era o único produto mostrado até então pela Nikola. A marca também afirma trabalhar numa picape de porte médio, a Badger, que deverá ter versões com motor elétrico ou a hidrogênio. No entanto, nenhum protótipo da picape chegou a ser apresentado ainda.
Um segundo caminhão, o Tre, também foi mostrado, apenas em fotos. Agora, a empresa luta para desacreditar a investigação e garantir que seus investidores continuem confiantes na empresa.
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