Promoções tentam manter o Renault Clio atraente aos que ainda se interessam por ele – foram 10.040 emplacamentos de janeiro a agosto, um número considerável que o coloca na 32ª posição entre os carros de passeio mais vendidos no ano.
LEIA MAIS:
>> Melhor Compra 2016: hatches usados até R$ 18.000
>> As melhores versões esportivas nos 25 anos do Renault Clio
>> Renault anuncia Kwid e Captur nacionais: Koleos será importado
O que se tem é um compacto com projeto antigo, porém completo por cerca de R$ 32 mil – o preço de tabela é de R$ 34.985. Mas isso não vai durar muito: o Renault Clio teve sua produção encerrada há poucos dias na fábrica de Santa Isabel, como comprova foto divulgada pelo site argentino CarsDrive.
A unidade argentina produzia o compacto desde 2000, mas apenas em meados de 2007 passou a vir do país vizinho, cedendo sua linha de montagem na fábrica de São José dos Pinhais (PR) para Logan e Sandero. Agora ocorre o oposto: a linha de produção do Clio passará a produzir Logan e Sandero nos próximos meses para abastecer o mercado argentino. Furgão derivado do Logan, o Dokker também poderá ser fabricado na Argentina para substituir o Kangoo.
Para ocupar o posto do Clio virá o Renault Kwid. Com projeto mais simples, será produzido na unidade paranaense com um novo motor 1.0 três cilindros. Com 3,68m de comprimento, 1,57m de largura, 1,47m de altura e 2,42m de entre-eixos, ele foi mal nos crash-tests feitos na Índia, mas promete estrutura mais reforçada e equipamentos de segurança de série inéditos para o segmento, como airbags laterais de série.
17 anos bem vividos
Apresentada no Salão de Genebra de 1998, a segunda geração do Renault Clio chegou ao Brasil em novembro de 1999. Apesar do design incomum, revolucionou seu segmento com o bom acabamento e pelo fato de ter airbags dianteiros de série mesmo na versão de entrada, que sequer tinha calotas ou para-choques pintados.
“Um acessório você pode comprar na loja, um airbag só pode sair de fábrica”, disse à época do lançamento o então presidente da Renault no Brasil, Luc-Alexandre Ménard. Mas o Clio perdeu airbags de série poucos anos antes do item se tornar obrigatório no Brasil, quando se assumiu como carro de entrada da Renault.
Criado na Turquia, o Clio Sedan chegou em 2000 e fez algum sucesso até o fim de sua produção, em 2009. Por anos o Renault Clio foi considerado uma opção sofisticada entre os compactos, apesar de suas dimensões não serem das maiores. Mas não resistiu à chegada de Logan e Sandero, que ofereciam espaço melhor por velor semelhante.
Ao longo de 17 anos o Renault Clio usou vários motores, como o 1.6 8V (90cv), 1.6 16V (110 cv), 1.0 8V (60 cv) e 1.0 16V (de 70 a 80 cv), que permaneceu até o fim. Séries especiais foram mais de dez, entre elas, a Yahoo (vendido pela internet), Air, O Boticário, Egeus, F1 (limitado a 5 unidades), Si e Get Up, a mais recente.