Enquanto o Brasil aguarda a estreia da nova geração do Classe A, na Europa a Mercedes-Benz mostra a primeira variante apimentada do hatch. A inédita versão A35 AMG passa a ser a porta de entrada para os esportivos da marca.
Ela chega para preencher o vácuo abaixo da estrondosa A45, que deve surgir em um futuro não muito distante com mais de 400 cv. O A35, de 306 cv, vai brigar na prateleira de BMW M140i e Audi S3.
Para colocar uma pulga atrás da orelha de Audi e BMW, a Mercedes escala o novo-velho motor 2.0 turbo. Chamado de M260, o quatro cilindro com turbo de duplo fluxo é uma evolução do M270, usado desde 2011 pelo fabricante alemão.
Os mais de 300 cv ficam disponíveis em sua totalidade entre 5.800 e 6.100 rpm, além do torque de 40,8 mkgf a 3.000 giros. A força é distribuída para as quatros rodas pela transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas.
Assim como as configurações 43 (e mais recentemente as 53), o A35 não é um autêntico AMG produzido sob o dogma “um homem, um motor”. Eles são equipados com unidades quatro cilindros ou V6 produzidos em larga escala, e não com os potentes V8 montados à mão do começo ao fim por um único especialista treinado em Affalterbach, na Alemanha.
Mesmo assim o A35 AMG tem números de… AMG! 4,7 segundos para o velocímetro marcar 100 km/h saindo da imobilidade e 250 km/h de velocidade máxima. Parar o hot hatch é tarefa dos freios a disco – com diâmetro de 350 mm na dianteira e 320 mm na traseira.
O modelo traz cinco modos de condução. Além dos manjados Comfort, Sport, Sport+ e Individual, há o Slippery.
Nessa configuração a eletrônica reduz a potência, mantém a curva de torque estável e as trocas de marcha são feitas mais cedo para dar estabilidade e segurança em situações de pouca aderência.
Por dentro, aquilo que já conhecemos da nova encarnação do carro. Destaque para o Mercedes-Benz User Experience (MBUX), o que de mais moderno a marca tem a oferecer em aspectos de capacidade de processamento, interface gráfica e inteligência de algoritmos.
O MBUX é formado por duas telas de mais de 10 polegadas que fazem as funções de cluster e central multimídia. Elas podem ser controladas por meio de toque, mas a marca não abandonou o touchpad localizado no console central.
O sistema também traz inteligência artificial, uma espécie de Siri, da Mercedes.
O A35 AMG ainda deve demorar a chegar no País. Primeiro será a vez do Classe A fazer sua estreia por aqui durante o Salão de São Paulo em novembro.