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Alemanha retira proposta para combustíveis sintéticos por falta de apoio

Declaração feita para investimento em combustíveis sintéticos e compartilhar conhecimento entre as nações só conseguiu o apoio de três países

Por Lucas Parente
Atualizado em 19 set 2023, 08h10 - Publicado em 18 set 2023, 19h02
Mazda-e-fuel-Alliance-1
 (Reprodução/Internet)
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O combustível sintético, ou E-Fuel, é considerado por alguns como “a salvação dos motores a combustão”. Alguns países e montadoras no mundo estão investindo em pesquisas e projetos para o desenvolvimento deste tipo de combustível. A Alemanha é um deles.

O país europeu planejava utilizar o Salão do Automóvel de Munique para engajar outros países e ganhar apoio para o futuro do E-Fuel. No entanto, o Ministério dos Transportes alemão retirou uma proposta de declaração, por não conseguir o apoio pretendido. Mesmo com todo trabalho de convencimento, apenas Republica Tcheca, Japão e Marrocos mostraram apoio a causa.

O ministro dos transportes da Alemanha, Volker Wissing, tem defendido cada vez mais a utilização de combustíveis sintéticos para a solucionar a redução das emissões de carbono dos automóveis. Juntamente com a Itália, que também defende a pauta, eles planejaram lobbys na União Europeia para conseguirem apoio de outros países em suas propostas. 

Usina chilena de combustível sintético que tem como sócia a Porsche.
Usina chilena de combustível sintético, já visitada por nós, tem como sócia a Porsche. (Divulgação/Porsche)

A proposta feita pelo país germânico pede para que às nações signatárias se comprometam a investir em novas fábricas de combustível elétrico, a partilhar conhecimentos e a defender a “neutralidade tecnológica” no desenvolvimento de tecnologia de veículos limpos. Basicamente, isto pode ser interpretado como um pedido aos países para que se abstenham de depender exclusivamente de veículos elétricos. 

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O contingente alemão também reiterou que, ao apoiar o E-Fuel, nações não especificadas no Sul Global se beneficiariam de oportunidades industriais em locais com baixos custos de produção de eletricidade eólica e solar.

Imagem aérea da usina chilena.
Imagem aérea da usina chilena. (Divulgação/Quatro Rodas)
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O E-Fuel é apontado por Alemanha e Itália como uma outra alternativa para reduzir as emissões de carbono dos veículos. Aqueles que apoiam o seu estudo mais aprofundado alertam frequentemente para os perigos que advêm da dependência de uma única fonte de energia, como a energia da bateria.

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Hoje, mesmo com incentivo de grandes países com economias estabilizadas, como a Alemanha e a Itália, ainda permanece um desafio muito real o custo e investimento adicionais dos combustíveis sintéticos. Atualmente, o E-Fuel é produzido apenas em pequenas quantidades, porém a UE pretende utilizar combustíveis sintéticos para ajudar na transição de outras indústrias poluentes, como a aviação. Mas, permanece a dúvida sobre a utilização dos novos combustíveis em automóveis. 

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