Pedro D’Angelo, Boituva (SP)
Os eventos de pré-ignição ocorrem em função da baixa octanagem do combustível. Como a nova gasolina ganhou um aumento significativo da octanagem, a pré-ignição não deveria ocorrer.
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A pré-ignição provoca um “grilo” no motor. Pode se dar pelo excesso de carbonização na câmara de combustão, resultado de combustível de má qualidade ou do retardo no ponto de ignição do motor.
Este último problema é mais comum nos automóveis equipados com injeção eletrônica e com motor bicombustível e pode indicar que o sistema injetor não reconheceu a troca de um combustível para o outro e manteve suas regulagens para a utilização do etanol.
Quando ocorre apenas nos primeiros instantes ao rodar e depois cessa, o grilo da pré-ignição (ou ignição espontânea) geralmente não traz maiores consequências, pois indica apenas uma demora no sistema em identificar o combustível. Motores flex com taxa de compressão elevada, mais propícia para o uso do etanol, tendem a sentir mais o problema.
De acordo com o engenheiro Everton Lopes, da SAE Brasil, você deve ficar atento na hora de abastecer o tanque do seu carro. Procure um posto que tenha programa de garantia de qualidade do combustível para o abastecimento e, caso o comportamento do veículo não melhore, a sugestão é procurar um mecânico para analisar a quantidade de carbonização presente nos pistões do veículo, pois isso pode ser a fonte dos problemas de pré-ignição.
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