Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Guia de Usados: Kia Cerato (2ª geração)

Bonito e com ótimo custo-benefício, ele pesa com custo de manutenção alto e barulhos na suspensão

Por Felipe Bitu
Atualizado em 24 jun 2018, 01h20 - Publicado em 8 nov 2012, 10h41
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Kia Cerato

    Quem acompanha o mercado de sedãs sabe que muitos dos lançamentos não são um primor de beleza e harmonia. Não é o caso do Kia Cerato de segunda geração, que tem no estilo um de seus maiores trunfos.

    Apresentado na linha 2010 e substituido em 2013, o coreano é obra do designer Peter Schreyer, que trabalhou mais de 25 anos na Audi.

    Kia Cerato

    Já seu motor 1.6 16V de 126 cv convence, mas não empolga. Com 1.223 kg e câmbio automático de quatro marchas, o carro quando está carregado sofre em aclives, acelerações e retomadas.

    O problema foi amenizado na linha 2011, com caixas de seis velocidades (manual e automática). Relações de marcha mais próximas exploravam melhor os 15,9 mkgf a 4.200 rpm.

    Ao menos ele é econômico, mérito do Cx de 0,29, que atenuava o fato de não ser flex.

    Continua após a publicidade

    Kia Cerato

    O comprador do Cerato, no entanto, era seduzido mesmo pela garantia de cinco anos e pelo excelente custo-benefício.

    A versão mais simples já vinha de fábrica com ar-condicionado, airbags dianteiros, trio elétrico, computador de bordo, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 15 e um ótimo sistema de som com entradas auxiliares USB e para iPod.

    A versão mais procurada é a intermediária, que acrescenta ABS, encostos de cabeça ativos, acabamento interno diferenciado, volante e manopla do câmbio revestidos de couro, ar digital e rodas aro 16.

    A versão top trazia itens que realçavam a esportividade, como rodas de 17 polegadas e detalhes de acabamento interno vermelhos.

    Continua após a publicidade

    Apesar de bem projetado, o interior do Cerato abusa de plásticos de aspecto barato e o revestimento do estofamento tem aparência barata demais para o segmento.

    Kia Cerato

    Outra queixa comum dos proprietários é a suspensão, de curso muito curto e que sofre constantemente com batidas secas em pisos irregulares, que vez ou outra resultam em danos à caixa de direção, buchas e batentes.

    Essa dureza, aliada ao acabamento simplório do interior, resulta em excesso de ruídos.

    Outro ponto negativo é o pós-venda: as revisões são relativamente caras e algumas peças quase nunca estão disponíveis para pronta-entrega, principalmente em cidades longe das capitais.

    Continua após a publicidade

    FUJA DA ROUBADA

    Não vale a pena investir nos Cerato mais básicos: os freios traseiros são a tambor e não há a opção de ABS e encostos de cabeça ativos.

    A VOZ DO DONO

    “O Cerato é um carro bonito 
e sóbrio: tem desenho esportivo 
e formal ao mesmo tempo. Ele 
tem muita presença e nunca 
passa despercebido. À exceção da suspensão dura e barulhenta, gusto do seu conforto e economia, mas sinto que falta potência às vezes, mesmo explorando o recurso do câmbio automático sequencial.” – Elson Carlos da Silva, 40 anos, empresário, São Paulo (SP)

    O que eu amo: “Bom custo-benefício, belo design, baixo consumo (nem precisa ser flex) e um áudio que surpreendeu pela ótima qualidade
de som. Além disso, é superconfiável.” – Lucas Cortezia Quedevez, 27 anos, estudante, Rio de Janeiro (RJ)

    O que eu odeio: “A suspensão é dura demais para o piso brasileiro, o que o torna barulhento. O motor poderia ser mais forte, pois sofre quando está carregado. E a rede deixa a desejar.” – Gustavo Camargo, 25 anos, profissional de marketing, Campinas (SP)

    ONDE O BICHO PEGA

    Kia Cerato

    Continua após a publicidade

    Câmbio automático – Pode apresentar falhas nos comandos, deixando de reduzir ou avançar marchas. O problema vem do mau contato elétrico na solenoid da alavanca seletora, devendo ser substituída em garantia.

    Suspensão – O ajuste mais firme resulta em batidas secas e interior barulhento. Boa parte desses solavancos se deve a batentes de amortecedores gastos, que devem ser reclamados em garantia. Um jogo novo não sai por menos de 500 reais, mais 300 de mão de obra.

    Caixa de direção – Batidas
 secas na parte dianteira podem significar uma caixa de direção comprometida ou desgaste nas buchas da cremalheira, transtorno abordado pela seção Autodefesa de julho de 2011. Problema recorrente, ele é causado por graxa lubrificante fora da especificação. A Kia costuma fazer o conserto em garantia.

    Embreagem – De acionamento hidráulico, pode deixar o pedal mais duro de acionar por desgaste precoce do atuador. As concessionárias têm substituído o conjunto em garantia.

    Motor – Pode apresentar problemas de detonação em função da qualidade do combustível, a famosa batida de pino. O problema some com o uso de gasolina de boa procedência, mas se persistir só poderá ser sanada com a reprogramação da injeção.

    Continua após a publicidade

    NÓS DISSEMOS – Setembro de 2009

    “O Cerato tem o porte do Corolla. Se parece menor, é graças ao trabalho de peter Schreyer. (…) Ele é tão bonito que às vezes decepciona. Você corre a mão pelo painel e encontra plástico duro, em vez de superfícies emborrachadas. (…) O banco do motorista tem ajuste de altura, mas é forrado por tecido sintético não muito diferente daquele que encontramos no Mille. (…) a suspensão é convencional (McPherson na frente e barra de torção atrás), mas o ajuste lembra o do antigo Corolla. Na cidade, ele filtra bem os buracos e paralelepípedos, sem sacolejos ou batidas ocas. Em velocidade, o Cerato é comunicativo, mas não é nervoso.”

    Preço médio dos usados (FIPE)
    2010 2011 2012 2013
    1.6 16V M/T R$ 32.650 R$ 33.744 R$ 35.641 R$ 40.974
    1.6 16V A/T R$ 34.008 R$ 36.756 R$ 40.383 R$ 45.895

    PENSE TAMBÉM EM UM……

    Honda City: Se você ainda hesita em apostar num Kia Cerato, o Honda City é
uma alternativa a ser considerada. Seu motor 1.5 16V tem a vantagem de ser flex, o câmbio automático sequencial de cinco marchas é muito bem escalonado e o porta-malas impressiona com seus 504 litros (o Kia tem 415 litros).

    O rodar firme é semelhante ao do Cerato, mas
o City leva vantagem pela precisão da direção elétrica, no custo de manutenção e no atendimento do pós-venda, mesmo com a garantia de apenas três anos.

    Considerado caro, o Honda nunca se destacou na relação custo-benefício, porém é mais bem aceito pelo mercado.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.