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Financiar um carro novo é melhor que carro por assinatura em 2024?

Na dúvida entre financiamento de veículo e o carro por assinatura? Veja qual perfil de cliente é mais adequado para cada modalidade

Por Fernando Miragaya
Atualizado em 4 Maio 2024, 15h49 - Publicado em 2 Maio 2024, 07h00

O mercado de automóveis tem alguns embates intermináveis ao melhor estilo O Senhor dos Anéis, principalmente no Brasil, que preços, regras e condições mudam constantemente. Um deles é entre financiamento ou carro por assinatura. Inclusive, o nobre leitor já deve ter se deparado com essa encruzilhada.

Mas, afinal, existe um perfil para cada uma dessas opções de ter sempre um automóvel novo na garagem? Sim e não. Isso porque as variáveis não são só financeiras como também chegam a hábitos e desejos pessoais de cada consumidor.

“Não existe um perfil para um ou outro. Existe somente a possibilidade da pessoa que está optando entre os dois poder analisar da melhor forma. E isso não tem outra maneira que não seja por cálculo financeiro”, salienta Antonio Jorge Martins, professor dos MBAs da FGV-RJ.

JEEP FLUA
Jeep Renegade custa R$ 3.289 mensais (Reprodução/Internet)

A reportagem de QUATRO RODAS foi atrás de especialistas com visões diferentes e/ou de ramos de negócios que se contrapõem neste embate. Justamente para elucidar para o leitor em qual perfil ele se encaixa melhor e assim optar por financiar o veículo ou assiná-lo.

Tempo e modo de uso do carro influenciam

O primeiro ponto a se observar neste duelo entre financiamento e assinatura de veículos é que ele faz mais sentido para pessoas que não têm dinheiro para adquirir de forma direta o carro. Ou seja: não tem como comprá-lo à vista e se livrar dos custos dos juros – e das despesas da conveniência, se for o caso.

Mas uma das principais questões que devem ser observadas é quanto ao tempo de uso do veículo em questão. “Para quem tem o costume de trocar de carro a cada um, dois anos, no máximo três, a assinatura tem suas vantagens”, observa o consultor David Wong, diretor sênior de mobility na Alvarez & Marsal.

Mas isso também recai sobre o tipo de uso. Para quem roda muito com o veículo, no mínimo 500 quilômetros por mês, o carro por assinatura também pode ser interessante pela conveniência e, ainda, pelos custos.

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“Esses custos de manutenção, que estariam diluídos para um cliente normal, são maiores para um heavy used, que na assinatura tem a conveniência de não se preocupar com revisões, de ter que levar o carro na concessionária para os serviços. Essa conveniência acaba pesando muito”, diz Wong.

Essa praticidade é o principal atrativo do carro por assinatura. Em geral, os contratos incluem, além de revisões, licenciamento, IPVA e contratação e custo do seguro. Fora a assistência 24 horas e o serviço de leva e traz para as concessionárias na hora da revisão – muitas empresas ainda oferecem carro reserva para estes casos.

Como caminha o mercado? 

Isso explica o crescimento da modalidade no Brasil. Segundo levantamento de novembro do ano passado da Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), em 12 meses o número de carros contratados por assinatura cresceu 31,2%. Além disso, dobrou no espaço de três anos: de 80.000, em 2020, para 160.000, em 2023.

“O carro sempre foi um aspiracional, mas isso vem mudando. Para quem faz uso intenso do veículo, seja profissional autônomo ou por aplicativo, a assinatura é uma opção. O elemento da conveniência é algo que pesa bastante. As pessoas preferem pagar por uma assinatura e não se preocupar com nada”, defende Stefano Mazzaferro, diretor de vendas da Kovi, startup de carros por assinatura.

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KOVI

Mesmo assim, a participação dos carros por assinatura no Brasil hoje não chega a dois dígitos. Em outros mercados, como Estados Unidos e Europa, a modalidade já representa de 20 a 30% das transações de veículos zero-km.

Um dos motivos é que, na ponta do lápis, o consumidor ainda não enxerga vantagens financeiras no carro por assinatura. Mesmo se a sua modalidade de compra for o financiamento tradicional.

“Na formação de preço da assinatura, um dos itens que entram é a questão do custo. Tem o custo do prazo que está fazendo a assinatura versus o custo do empréstimo do financiamento. O retorno tem de estar muito próximo daquilo que os bancos emprestam”, explica Martins.

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Para não ter problemas

Ainda tem a questão da revenda do automóvel. No fim do contrato, a assinatura oferece a praticidade de não se preocupar em passar o carro adiante, de negociar, se preocupar com desvalorização ou em anunciá-lo.

Porém, mesmo para quem financia o carro, na hora de trocar há aquele retorno do investimento que foi feito. Seja na venda simples ou na hora de dar entrada em outro veículo, é uma quantia que tem de ser considerada.

“É preciso pesar se interessa ao consumidor lá na frente ter esse carro e revender. Ele vai ter a volta do dinheiro financiado. Na assinatura, não tem retorno algum neste sentido”, ressalta o professor da FGV.

Ao mesmo tempo, a questão da revenda pode ser vantajosa para assinatura de modelos de carros e marcas que depreciam mais. Isso porque são veículos que, além da desvalorização, geralmente demoram mais para girar no mercado.

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Faça as contas

De qualquer forma, segundo os especialistas, na hora de fazer as contas, as duas modalidades ficam bem equiparadas. Do lado do financiamento, é fundamental considerar custos do próprio financiamento (juros e outras taxas) e as despesas eventuais com seguro, impostos, documentação e revisão.

Do lado da assinatura, ter em mente que aquele dinheiro que você paga todo mês não volta para você. E também ficar atento às letras miúdas do contrato. Mesmo na assinatura há questões como a parte que cabe ao assinante na franquia do seguro. E o modelo geralmente não inclui questões como troca de pneus e mau uso do veículo.

“A maioria das locadoras descreve o que está incluso e o que não está. Mas é preciso lembrar que as coberturas de seguro têm um desembolso de coparticipação, por exemplo. Outro detalhe bem importante está relacionado a pagamentos: dias de cobrança, o que ocorre em caso de atrasos etc.”, orienta Stefano Mazzaferro, da Kovi.

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