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As vantagens e perrengues dos quatro tipo de estepes disponíveis no Brasil

Contamos as principais características (positivas e negativas) dos quatro tipos de estepes disponíveis no Brasil

Por Rodrigo Ribeiro
Atualizado em 30 set 2019, 11h38 - Publicado em 30 set 2019, 11h38
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  • Contamos as principais características (positivas e negativas) dos quatro tipos de estepes disponíveis no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Responda rápido: como se troca o pneu do seu carro?
    Se você tem um veículo mais antigo e/ou um popular, certamente a resposta é a mesma: levanta o carro, tira o estepe do porta-malas (ou abaixo dele), faz a troca, guarda o pneu furado e sujo e começa a cotar o custo do reparo assim que chegar ao destino.
    Nos últimos anos, isso começou a mudar com os estepes temporários, que possuem limite de velocidade máxima de rodagem, e a popularização de tecnologias, como a dos pneus run flat, o que pode dificultar ainda mais um processo que quase sempre já é uma dor de cabeça por si só. E dá para dificultar: há até estepes murchos.
    Para mostrar as diferenças entre cada tipo de conceito, reunimos os quatro tipos de estepes atualmente oferecidos no Brasil: o integral, mais comum, o temporário cheio, o temporário murcho e o run flat com kit de reparo.
    Para representar cada conceito, foram convocados Renault Kwid, Chevrolet Equinox, Audi SQ5 e Volvo XC90 T8 R-Design.
    Vale reforçar que este não é um comparativo, afinal as montadoras não dão ao cliente a opção de escolher que tipo de estepe colocarão no seu carro. Nosso objetivo é explicar as diferenças de cada um, o que pode evitar surpresas na hora em que sua viagem for subitamente interrompida.

    Estepe integral – Pneu de mesma medida é o mais popular no Brasil

    O estepe integral é o que mais ocupa espaço no porta-malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A simplicidade do Kwid se reflete em seu estepe, que é o mais barato possível: possui as mesmas medidas que os outros quatro pneus.
    Normalmente modelos com esse tipo de estepe usam rodas de aço, o que no Kwid não é um problema, afinal as outras quatro também são feitas do mesmo material e usam calotas.

    Como tem as mesmas medidas, ele não tem limite de rodagem. (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O maior problema do estepe integral é justamente o que permite a ele ser barato. Usar as mesmas medidas aumenta a escala de produção da fábrica e reduz seu custo, mas faz com que o pneu extra ocupe um espaço bem maior no porta-malas.
    Isso também deixa o conjunto mais pesado, um dificultador a mais na hora da troca.

    Um pino facilita a colocação da roda em alguns modelos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O lado positivo é que algumas marcas incluem o estepe no rodízio de pneus, reduzindo o desgaste dos outros quatro compostos.
    Também é possível incluí-lo na hora de repor os pneus de um eixo (comprando só um novo), mas é importante que o pneu usado que for virar estepe ainda não tenha superado o 1,6 mm de profundidade mínima de sulco exigido por lei e tenha sido fabricado há, no máximo, dez anos.

    Calotas presas por parafusos podem atrapalhar a troca (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Vantagens:
    Pneu pode entrar
    no rodízio
    Menor custo de
    reposição

    Desvantagens:
    Ocupa mais espaço
    no porta-malas
    Atrai a atenção
    de ladrões

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    Tempo de troca: 10 a 15 minutos
    Peso médio: 12 kg (aro 13); 25 kg (aro 18)
    Etapas: 6

    Estepe temporário cheio – Solução libera espaço, mas limita alcance do carro e exige cuidado.

    O conjunto mais fino aumenta o volume no porta-malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O porta-malas do Renegade ganhou no ano passado 47 litros de volume com uma solução simples: o uso do estepe temporário.
    Esses pneus chegam a ter só 12,5 cm de largura, mas isso limita a sua velocidade máxima e o quanto é possível rodar com eles. O mais comum são os compostos que não podem ultrapassar 80 km/h, algo crítico em rodovias.

    Os pneus temporários geralmente são mais finos e baixos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Outra limitação é na dinâmica do carro, sobretudo quando o estepe está no eixo de tração. A diferença de aderência entre os pneus pode fazer com que o carro puxe para um dos lados em acelerações ou frenagens intensas, exigindo cuidado extra.

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    E, por serem mais caros, eles também atraem a cobiça dos ladrões, que quebram a fechadura do porta-malas para roubá-los – exigindo uma reposição que pode custar mais de R$ 900 dependendo do modelo (contra R$ 400 de um equivalente tradicional).

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    O pneu leve facilita a colocação do estepe. (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Mesmo assim, esse tipo de solução tende a se popularizar, pois, além de ocupar menos espaço, o pneu fino é até 10 kg mais leve, melhorando a eficiência e, de quebra, tornando mais fácil o processo de troca.

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    A piora na estabilidade exige cuidado nos deslocamentos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Vantagens:
    mais leve
    Ocupa menos espaço no porta-malas

    Desvantagens:
    Tem velocidade limitada
    Custo de reposição elevado

    Tempo de troca: 10 a 15 minutos
    Peso médio: 10 kg (aro 16); 15 kg (aro 19)
    Etapas: 6

    Estepe temporário murcho – Sistema raro no Brasil, ele é compacto, mas aumenta tempo de troca

    Algumas marcas colocam um subwoofer sobre o estepe (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O que é pior do que descobrir que seu automóvel está com um pneu murcho? Saber que seu estepe também está sem ar.
    A diferença, nesse caso, é que um compressor de ar ligado a uma tomada 12 V é usado para encher o estepe temporário, em um processo que pode aumentar o tempo de troca em mais de dez minutos.

    O compressor deve ser ligado à tomada 12 V do carro (Chritian Castanho/Quatro Rodas)

    Além de mais demorado, esse conceito – normalmente restrito a importados de luxo e esportivos – aumenta o número de etapas necessárias para a troca.

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    Para piorar, muitos modelos, como o Audi SQ5, aproveitam o espaço côncavo do estepe para colocar um subwoofer no local, exigindo que o alto-falante seja removido e colocado em um local seguro até o estepe (que depois precisará ser esvaziado novamente) voltar ao lugar.

    A estrutura do pneu é específica para estepes murchos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A favor desse sistema está seu tamanho, o menor entre os que usam estepe. Sua raridade limita o risco de furto, mas danificar o conjunto (que também tem limite de velocidade e alcance) em um buraco pode abrir um rombo na sua carteira, com um preço que supera facilmente os R$ 3.000.

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    Conceito permite estepes com medidas próximas ao original (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Vantagens:
    É o que ocupa menos espaço no porta-malas
    Estepe mais leve

    Desvantagens:
    Exige um compressor de ar, que demora para encher o pneu
    Preço muito maior

    Tempo de troca: 20 a 25 minutos
    Peso médio: 10 kg (aro 16); 15 kg (aro 19)
    Etapas: 8

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    Run flat com kit de reparo – O que parece ser a solução ideal pode se transformar em problema.

    O kit completo ocupa pouco espaço no porta-malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O EcoSport Titanium foi o primeiro nacional a adotar os pneus run flat por um motivo simples: seu porta-malas não comporta nenhum estepe.
    O conceito é genial: um sistema de monitoramento (compulsório para essa solução em muitos países) avisa que um dos pneus perdeu pressão.

    É possível usar somente o compressor, sem o selante (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Como o aro nunca encosta no asfalto, pois as laterais do pneu são rígidas, é possível levar o carro até um lugar seguro, colocar uma garrafa com selante junto ao compressor e reinflar o pneu, que terá seu furo bloqueado.
    No caso do EcoSport, dá para rodar mais 200 km assim (mas sem poder passar dos 80 km/h).

    Solução é a única que não exige a remoção das rodas e pneus. (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Mas aí entram os poréns. Primeiro, o run flat não pode ser reparado: furou, tem de trocar (e é mais caro, passando dos R$ 900 no EcoSport).

    Rasgos ou furos na lateral não são reparados pelo selante (cuja garrafa só dá para um uso), reduzindo o alcance do conjunto a 80 km. Por fim, as laterais reforçadas deixam o pneu mais pesado e rígido, reduzindo o conforto.

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    Mas é a solução que menos ocupa espaço, a mais rápida e a única que não suja você na hora da troca.

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    Vantagens:
    É o sistema mais rápido
    Não é preciso parar imediatamente após o pneu furar

    Desvantagens:
    Pneu não pode ser consertado
    Pneu e selante têm preço alto

    Tempo de troca: 5 a 10 minutos
    Peso médio: 1kg (compressor + selante)
    Etapas: 8

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