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Hyundai i30 usado tem teto solar e ar automático por menos de R$ 50.000

Bonito, bem-acabado e gostoso de dirigir, o Hyundai i30 2.0 bagunçou o segmento dos hatches médios quando novo e surpreende pela robustez até hoje

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 abr 2024, 15h46 - Publicado em 14 abr 2024, 04h00

O segmento de hatches médios era um dos mais movimentados e cobiçados há cerca de 15 anos, quando era povoado por ícones como VW Golf, Chevrolet Astra e Fiat Stilo. Mas todos eles sofreram um duro golpe em 2009, com a estreia do Hyundai i30, que logo viraria líder.

As propagandas ostensivas alardeavam o Hyundai i30 como um carro capaz de reunir tecnologia, design e esportividade, mas empolgava mesmo era pelo recheado nível de equipamentos e um potente motor 2.0 de 145 cv; Alguns rivais ainda tinham motores 1.6 nas despojadas versões básicas.

i30, modelo 2009 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Versões do Hyundai i30

Oferecido só nas cores preto e prata e em quatro configurações que a rede de concessionárias Hyundai apelidava de: Básico, Completo, Completíssimo e Top.

Todo Hyundai i30 tinha como equipamentos de série airbag duplo, ABS com EBD, ar-condicionado, volante multifuncional, som com disqueteira e as chamativas rodas aro 17 com partes cromadas – que, na verdade, era uma calotinha.

i30, modelo 2009 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

O segundo pacote adicionava o câmbio automático de quatro marchas. O terceiro tinha ainda o ar digital e seis airbags. A versão mais completa do Hyundai i30 acrescentava controle de estabilidade, sensor de ré, bancos de couro e teto solar.

Parte interna do I30 CW, ano 2010 da Hyundai, durante teste da Revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)
Painel do Hyundai i30, testado pela revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

O Hyundai i30 mostrou desde o início ser um hatch médio de muitas virtudes e poucos defeitos. Os cinco anos de garantia consistiam não apenas em um atrativo como também mostravam a confiança da marca em seu produto, que cativou admiradores pelo acabamento caprichado, bom desempenho e nível de conforto acima da média, apesar da suspensão dura, própria para quem aprecia uma tocada esportiva.

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O i30 fez parte da frota de Longa Duração da QUATRO RODAS, na qual foi avaliado e desmontado após 60 000 km sem grandes queixas em relação a seu funcionamento e com completa ausência de qualquer tipo de defeito mecânico. Pouco visado pelos ladrões, o Hyundai i30 ainda agradava pelo seguro barato quando novo.

Quatro de instrumentos do I30 CW, ano 2010 da Hyundai, durante teste da Revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

O hatch tem peças relativamente baratas na rede autorizada, por isso é importante tomar cuidado com as frequentes tentativas de empurrar serviços desnecessários. Além disso, seu sucesso nas vendas garantiu uma grande oferta de peças paralelas. Além do mais, sua mecânica é compartilhada com o Hyundai Tucson, outro grande sucesso da Hyundai no Brasil.

Banco dianteiro do i30 GLS 2.0 16V modelo 2011 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Mais raro era o Hyundai i30 CW (Crossover Wagon). A perua coreana era basicamente um i30 com 5 cm a mais entre os eixos e 23 a mais no comprimento, que resultaram num porta-malas de 415 litros (75 maior). A diferença mais marcante no estilo estava nas lanternas, alongadas até o teto.

Banco traseiro do i30 GLS 2.0 16V modelo 2011 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Vendido apenas em 2011 e 2012, o i30 CW é mais raro e tem menor liquidez. Em compensação, é mais espaçoso que os SUVs médios da época e relativamente desvalorizado no mercado. Pode ser uma boa alternativa.

Porta-malas do i30 GLS 2.0 16V modelo 2011 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

A primeira geração do Hyundai i30 foi vendida no Brasil entre 2009 e 2012. A segunda geração chegaria em 2013 com o mesmo motor 1.6 16V flex de 128 cv do HB20, mas nunca mais fez sucesso – nem mesmo após receber o motor 1.8 de 140 cv do Elantra. Por isso, o Hyundai i30 não é vendido no Brasil desde 2016.

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Mico ou raridade? Houve um pequeno lote de 50 unidades do Hyundai i30 na cor azul. Todos eles são da versão mais básica, com câmbio manual e bancos de tecido. Foram anunciados como série especial, mas a única coisa especial foi quebrar a regra do preto e prata nos carros importados pela Hyundai Caoa.

Defeitos e problemas do Hyundai i30

Direção – Um problema crônico do Hyundai i30 e conhecido dos proprietários está na bucha plástica da coluna da direção elétrica, responsável por absorver vibrações. Quando está defeituosa ou desgastada, pode gerar barulho e rigidez na direção. A solução é trocar a bucha, que custa menos de R$ 30. Caro é o custo da mão de obra para desmontar a direção. 

Roda do i30 GLS 2.0 16V modelo 2011 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)
Câmbio do i30, modelo 2009 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Rodas – Os aros de liga leve de 17 polegadas são bonitos, mas sofrem com a buraqueira brasileira. Uma análise visual é capaz de identificar amassados e empenamentos, denunciados também por vazamento de ar dos pneus e dificuldades no balanceamento.

Câmbio – A transmissão automática é robusta e confiável, mas às vezes pode apresentar problemas como retenção de marchas e trancos nas mudanças. A solução está na troca do corpo de válvulas, um serviço bastante caro.

Batente dos amortecedores – Responsáveis por absorver parte considerável dos impactos, podem estar avariados. Cada unidade custa em torno de 300 reais e eles levam
2 horas para serem trocados.

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Espelhos retrovisores – Retráteis, são as maiores vítimas no trânsito das cidades. Verifique o acionamento e se ambos retraem simultaneamente.

Motor do i30, modelo 2009 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Ruídos no motor – Foco da seção Autodefesa de junho de 2011, alguns Hyundai i30 tiveram o óleo trocado por outro incorreto, 10W40, mais barato, mas que pode comprometer o motor. Na dúvida, evite exemplares com motor ruidoso (em geral tuchos batendo), especialmente quando frio.

Teto solar – Mofo na forração é indício de infiltração de água. Confira se ele abre e fecha de modo progressivo e sem estalos, problemas causados por acúmulo de detritos e lubrificação incorreta do trilho.

Desempenho e consumo do Hyundai i30 2.0 Automático

Aceleração
0 a 100 km/h 11,8 s
0 a 1.000 m 33,2 s
Velocidade máxima 205 km/h*
Retomadas
D 40 a 80 km/h 5,3 s
D 60 a 100 km/h 6,7 s
D 80 a 120 km/h 8,5 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0 16,6/27,2/62,8 m
Consumo
Urbano 9,6 km/l
Rodoviário 12,8 km/l
Ruído interno
Neutro/RPM máx. 36,5/67,8 dBA
80/120 km/h 58,6/64,8 dBA

Quanto valem os Hyundai i30 usados

Versão 2009 2010 2011 2012
2.0 Manual R$ 39.500
R$ 42.710
R$ 43.895
R$ 45.909
2.0 Automático
R$ 44.000
R$ 46.500
R$ 47.700
2.0 GLS Manual
R$ 43.773
R$ 44.500
R$ 44.600
2.0 GLS Automático
R$ 45.500
R$ 47.000
R$ 47.937
2.0 GLS Top Automático
R$ 46.937
R$ 48.000
CW 2.0 GLS Manual
R$ 42.900
R$ 44.000
CW 2.0 GLS Automático
R$ 41.000
R$ 44.900
CW 2.0 GLS Top Automático
R$ 41.198
R$ 44.800

O que dizem os proprietários do Hyundai i30?

i30 2.0 16V, modelo 2010 da Hyundai, durante teste de longa duração da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

“O i30 superou minhas expectativas, com ótimo desempenho e muito conforto. A estabilidade é excelente, transmitindo segurança em qualquer velocidade. Além do preço convidativo, traz muitos equipamentos de série e o preço do seguro é dos mais baixos. A única crítica vai para o consumo urbano.”
Rogério José da Silva, 40 anos, Policial civil, Piracicaba (SP)

“O motor tem respostas imediatas, garantindo retomadas rápidas. Tem ótima estabilidade, freios eficientes, acabamento caprichado e espaço bem aproveitado.”
Daniel Cappellano Curalov, 37 anos, analista de sistemas, São Bernardo do Campo (SP)

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“Não gosto do consumo urbano, acho que ele gasta muito quando comparado a outros hatches similares. E os espelhos oferecem campo de visão muito limitado.”
Carolina Lacerda, 21 anos, estudante de direito, Santo André (SP)

i30 GLS 2.0 16V modelo 2011 da Hyundai, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

Ficha técnica do Hyundai i30 2.0 Automático

Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cil., 16V, 1.975 cm³, 145 cv a 6.000 rpm, 19 kgfm a 4.600 rpm (g)
Câmbio: automático, 4 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: ind. McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
Pneus: 225/45 R17
Peso: 1.327 kg
Dimensões: comprimento, 425 cm; largura, 178 cm; altura, 148 cm; entre-eixos, 265 cm; porta-malas 340 litros

Nós dissemos – Março de 2009

C4 2.0 Exclusive, da Citroën, Stilo 1.8 Dualogic, da Fiat , Golf 2.0 GT, da Volkswagen, Focus 2.0 Ghia, da Ford e i30 2.0, da Hyundai, ambos modelo 2009, durante teste comparativo da revista Quatro Rodas.
(Acervo/Quatro Rodas)

“Pena faltar forração de couro no volante e na alavanca de câmbio, porque, fora isso, nenhum carro médio brasileiro é tão caprichoso em acabamento. (…) Painel e portas são cobertos de espuma macia e o plástico do aplique grafite, no volante, é emborrachado. (…) O i30 não é um kart no asfalto liso nem um Cadillac em caminhos de terra, mas, graças a sua suspensão traseira multilink, encara bem qualquer situação. (…) O motor 2.0 16V, igual ao do Tucson, acompanha o bom ritmo do rivais 307 e Golf, mas, diferentemente deles, não é flex.”

Pense também em um… Ford Focus:

Ford Focus
Parte de trás do hatch se inspirava na primeira geração, com lanternas altas e verticais (arquivo/Quatro Rodas)

Do ponto de vista mecânico, o Focus é bem semelhante ao i30, mas basta uma volta no quarteirão para perceber que há algo de especial no acerto de suspensão: muito comunicativo, ele é capaz de acompanhar o coreano nas curvas, mas sem a sensação de desconforto causada por rodas grandes e pneus de perfil muito baixo. Outra vantagem é que o Focus conta com motores flex: Sigma 1.6 16V e Duratec 2.0 16V (a partir do modelo 2010), este com opção de câmbio automático de quatro marchas. Entre os pontos negativos estão o pós-venda deficiente e a garantia de apenas três anos, dois a menos que no i30.

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