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BMW i3 é híbrido usado que faz 48 km/l e custa menos de R$ 130.000

O pioneiro da eletrificação pode ter motor a combustão para recarregar baterias e ainda é uma boa opção, mas a vida útil das baterias exige atenção

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 mar 2024, 04h00
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  • Apresentado na Europa no fim de 2013, o BMW i3 chegou ao Brasil já no ano seguinte. Verdade seja dita: ele continua atual em estilo e técnica, mesmo após dez anos. O i3 cativa pelo visual futurista por dentro e por fora e ainda é uma boa opção para quem roda apenas no perímetro urbano ou viagens curtas de pequena distância.

    A propulsão fica a cargo de um motor elétrico de 170 cv e 25,5 kgfm. A tração é traseira. As baterias podem ser carregadas em uma tomada comum: 16h em 110 volts, 8h em 220 volts ou apenas 3h em Wallbox.

    Automóvel i3 BEV,
    Porta-malas pequeno é um ponto fraco (Christian castanho/Quatro Rodas)

    Sua autonomia puramente elétrica varia de 130 a 160 km, mas pode chegar a 300 km com o extensor: um pequeno motor a combustão, com dois cilindros e 650 cm³. São 39 cv e 5,6 kgfm que entram em ação assim que a carga das baterias fica muito baixa. Seu tanque de gasolina comporta 9 litros.

    BMW i3 BEV
    A construção em plástico reforçado com fibra de carbono CFRP é exclusiva do segmento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As baterias correspondem a 1/4 dos 1.315 kg do i3, mas se engana quem pensa que ele é lento: vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. A carroceria de fibra de carbono, o chassi de alumínio e a perfeita distribuição de peso entre os eixos colaboram para a dinâmica característica de um BMW.

    BMW i3 BEV
    Interior minimalista mistura materiais nobres e ecológicos (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    O espaço interno para quatro adultos e o porta-malas de 260 litros evidenciam sua vocação urbana, mas o nível de equipamentos é típico dos BMW: a versão REX Entry traz seis airbags, faróis de led, teto solar, ESP, sensor de chuva, som Harman Kar-don, multimídia, sensor de estacionamento traseiro e rodas aro 19.

    Vale a pena pagar um pouco mais pela versão REX Full, que se diferencia pelas rodas de 20” e acrescenta sensor de estacionamento frontal, câmera de ré, piloto automático adaptativo e acabamento interno com detalhes em madeira de eucalipto.

    BMW i3 Motores
    A versão sem motor esquerda não aproveita o espaço aberto pela remoção do motor, que é traseiro (Divulgação/Montagem/BMW)

    Ainda em 2018 as baterias ficaram 50% maiores: passaram de 22 kWh para 33 kWh, o que garantiu uma autonomia puramente elétrica de 180 km. Renovado, o modelo 2019 foi disponibilizado em duas versões novas: BEV e BEV Connected, ambas sem o extensor movido a gasolina. Novas baterias de 42,2 kWh aumentaram sua autonomia para até 335 km (ciclo NEDC). O extensor continuou sendo oferecido na versão REX Full e garante autonomia de 440 km, resultado de um consumo de 48,8 km/l.

    BMW i3 BEV
    O porta-malas de 260 litros não teve ganho de espaço com a retirada do motor a gasolina (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Entre as puramente elétricas, melhor ficar com a BEV Connected, que conta com ar-condicionado automático digital, sensores de chuva e de estacionamento, câmera de ré e assistente de estacionamento.

    O BMW i3 só exige atenção em relação à vida útil das baterias: os exemplares mais antigos já estão fora da garantia de oito anos. O elevado custo deste componente inviabiliza o negócio.

    Problemas e defeitos do BMW i3

    BMW i3 BEV
    Os faróis totalmente em led não tem ajuste automático de facho alto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Baterias –  São o ponto mais vulnerável e as unidades mais antigas já ultrapassaram o tempo de garantia (oito anos), o que não quer dizer que estejam condenadas. As baterias são formadas por oito módulos e cada um custa R$ 42.238 na rede autorizada.

    Suspensão – Desgaste nos rolamentos da torre dos amortecedores dianteiros podem provocar ruídos, especialmente em manobras de estacionamento. Os amortecedores são caros e só podem ser adquiridos por encomenda.

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    Sistema elétrico auxiliar – Falhas no acionamento dos vidros e outros componentes elétricos indicam que a bateria auxiliar do sistema 12 volts pode estar no final de sua vida útil.

    Ar-condicionado – O sistema também é utilizado para refrigerar as baterias do veículo e por isso sua manutenção não pode ser negligenciada. Problemas no compressor podem resultar em danos nos dutos de refrigeração das baterias.

    Recalls – O i3 teve dois: o primeiro para reposicionar ou substituir o tubo de ventilação do tanque de combustível (i3 Rex Entry e i3 Rex Full) e o segundo para substituir o módulo de célula da bateria de alta-tensão (i3 BEV). Em ambos há risco de incêndio: consulte o site do fabricante.

    BMW i3 BEV
    Os conectores Tipo 2 e CCS2 permitem recarga rápida de até 50 kW (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O que dizem os proprietários

    O que eu adoro:

    “Revolucionário: um nível elevadíssimo de tecnologia, praticidade e eficiência. Há sempre um modo de condução apropriado para cada situação, e o motor a combustão elimina um ponto fraco das baterias.”

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    O que eu odeio:

    “Os pneus de perfil baixo são inadequados às condições do país. E, mesmo com tantos anos no mercado, a vida útil das baterias ainda é uma incógnita, limitando sua aceitação entre os seminovos.”

    Preço médio dos BMW i3 usados (KBB)

    usados-i3
    (Reprodução/Quatro Rodas)

    Preço das peças do BMW i3

    Peças i3
    (Reprodução/Quatro Rodas)

    Nós dissemos

    BMW I3
    (Reprodução/Quatro Rodas)

    Outubro de 2014  “Por fora, o i3 tem o porte de um hatch da Série 1, mas por dentro ele acomoda quatro lugares com mais conforto. Os ocupantes do banco traseiro viajam com os joelhos mais altos que os quadris, mas o acesso é facilitado pelas portas-suicidas (…). O preço do i3 é relativamente alto, mas, segundo a fábrica, o custo de operação é 30% menor que o de um veículo similar convencional.”

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    Pense também em um…

    Leaf
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Nissan LeafA maior vantagem do elétrico japonês está na praticidade dos cinco lugares. A segunda geração chegou em 2019: o propulsor elétrico gera 149 cv e 32,6 kgfm. É alimentado por um conjunto de baterias de íon-lítio de 40 kWh e também conta com seis airbags, controles de estabilidade e tração e uma carroceria reforçada, que garantiu (na época) cinco estrelas no EuroNCAP.

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