Design muito diferente, poucos botões e comandos confusos. A Volkswagen sabe onde deverá mudar seus carros elétricos na tentativa de aumentar suas vendas, o que será especialmente importante em um momento de crise na fabricante alemã – que planeja o fechamento de fábricas pela primeira vez em sua história.
A Volkswagen planeja atualizar seus primeiros elétricos, o hatch ID.3 e o SUV ID.4, no início de 2026. As primeiras informações foram divulgadas pelo chefe de desenvolvimento da VW, Kai Grünitz, que conversou com a revista Auto Express durante o Salão de Los Angeles.
Segundo o executivo, os novos ID.3 e ID.4 serão o “ponto de partida” para uma nova era da Volkswagen. Uma nova era dentro de uma nova era, porque a Volkswagen vem se estruturando para a transição energética com nova plataforma, novo design e novas tecnologias, mas ainda não se encontrou totalmente e segue na busca de uma renovação mais completa.
Os primeiros modelos elétricos de grande volume da VW foram muito importantes para o início desta transição. No entanto, com a rápida evolução do mercado de carros elétricos, ambos já precisam de uma atualização e desta vez não há margem para erros. Um dos caminhos será fazer com que seus carros regridam em alguns aspectos.
Os modelos trarão um visual mais tradicional, além de soluções mais simples para o interior, como mais botões físicos integrados às telas. Ou seja, seguirão soluções que já funcionavam, como ter quatro botões de vidros elétricos para o motorista em vez de apenas dois que podem se alternar entre os dianteiros e traseiros.
Grünitz também afirmou que, com a redução de custos na produção de baterias e motores elétricos, os preços dos modelos também serão menores: “Haverá uma melhoria significativa, tanto em termos de custos para nós como de benefícios para os clientes”. A VW também prepara algumas atualizações para a já conhecido plataforma MEB.
A Volkswagen precisa urgentemente se encontrar nesta fase transição para a nova era dos carros elétricos. A empresa está passando por maus bocados e até fechando algumas fábricas na Europa. Se as coisas não mudarem, isso se tornará algo comum. Nos resta esperar para saber quais serão os próximos passos da tradicional montadora alemã.