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Quanto custa carregar um carro elétrico em casa?

Recarregar carro elétrico em casa facilita muito o convívio no dia a dia e pode ser mais barato

Por Julio Cabral
Atualizado em 15 mar 2024, 10h33 - Publicado em 4 mar 2024, 20h54
ORA
 (Leonardo Barboza/Quatro Rodas)
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Os carros elétricos são muito mais eficientes do que os a combustão. Ainda há empecilhos, em especial a questão do tempo de recarga. Esse é um entrave que pode ser amenizado quando você mesmo o deixa conectado em casa. Mas fica a dúvida: quanto sai carregar a bateria por inteiro no seu próprio lar? Bem mais barato do que abastecer um carro a combustão.

Vamos pegar o exemplo do BYD Dolphin, o modelo elétrico mais vendido do Brasil. Em sua versão mais acessível, o hatch tem uma bateria de fosfato de ferro-lítio de 44,9 kWh.  Perguntamos a Carlos Roma, Diretor do Grupo de Infraestrutura e integrante do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), qual seria o custo de recarregá-la. “Levando-se em consideração que o kWh custa R$ 1 em São Paulo, custaria cerca de 45 reais uma recarga total”.

Totalmente carregada, a bateria do Dolphin garante 291 km de autonomia, segundo o Inmetro. Para termos um parâmetro de comparação, o Renault Kwid, o carro a combustão mais eficiente do mercado brasileiro, precisaria de R$ 106 para rodar a mesma distância – o cálculo foi feito com base no consumo misto cidade/estrada com gasolina (a R$ 5,61/Litro). 

Quanto custa carregar um carro elétrico em casa?
(Guilherme Fontana/Quatro Rodas)

Mas essa situação de recarregar de 0 a 100% é altamente improvável. “Você nunca chega zerado, você vai aprendendo dirigindo o carro elétrico e costuma chegar com 20%, na pior das hipóteses. O ideal é que você trabalhe de 20 a 80% da bateria”, afirma o especialista. No Dolphin, leva 7h para carregar a bateria de 30 a 80% em com um carregador portátil de 3,3 kW. Esse tempo cai para 3,5h com um wallbox com potência de 6,6 kW.

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A potência do carregador doméstico não influencia o valor da conta. “A potência não muda o preço de quanto você paga no mercado cativo, o mercado da casa”, explica Roma. Mas é importante lembrar que o não se paga num posto de gasolina, paga-se na conta de luz no fim do mês.

E ainda existe o custo da oportunidade. Utilizar carregadores rápidos públicos, capazes de recarregar o carro em menos de uma hora, custa muito mais caro: entre R$ 1,80 a R$ 3,50/kW. A depender do carro com o qual o elétrico é comparado e do consumo real, o custo da energia pode anular a economia.

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