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Clássico: Audi TT da primeira geração já nasceu como ícone do design

Ícone do desenho automotivo, o pequeno esportivo marcou a virada do milênio com desempenho expressivo e charme inigualável

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 out 2023, 14h29
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  • Primeira escola de design do mundo, a Bauhaus foi fundada por Walter Gropius em 1919 e teve grande influência no desenho industrial ao combinar estilo e funcionalidade. Esses princípios nortearam o departamento de estilo da VW nos Estados Unidos, berço de um dos esportivos mais harmoniosos já concebidos: o Audi TT.

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    Idealizado pelo projetista Freeman Thomas, o conceito TT foi uma das atrações do Salão de Frankfurt de 1995. O cupê fez tanto sucesso que a versão roadster foi apresentada no Salão de Tóquio do mesmo ano: seu nome é uma referência à Tourist Trophy, competição na Ilha de Man, onde as motocicletas DKW e NSU (marcas integradas à Audi) tiveram grande destaque no passado.

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    Audi TRT
    Aerofólio traseiro eliminava boa parte da sustentação traseira em altas velocidades. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A aceitação do público e da crítica motivaram a aprovação do projeto: a plataforma PQ34 do futuro VW Golf de quarta geração era a mais adequada para viabilizar sua produção. Após três anos de desenvolvimento, o TT cupê foi apresentado com pequenas alterações de estilo em setembro de 1998, impulsionado pelo motor EA113 de 1,8 litro sobrealimentado.

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    Cinco válvulas por cilindro e um turbocompressor KKK K03 resultavam em 180 cv, transmitidos às rodas dianteiras por um câmbio manual de cinco marchas. A aceleração de 0 a 100 km/h era realizada em cerca de 7,5 segundos e a velocidade máxima chegava a 226 km/h. Um dos opcionais mais interessantes era a tração integral quattro, que acionava as rodas traseiras com o auxílio de um sistema eletro-hidráulico Haldex.

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    Audi TT
    Versão conversível respondeu por aproximadamente 1/3 da produção (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A tração quattro era item de série na versão mais potente de 225 cv, com turbocompressor KKK K04, dois resfriadores de ar, componentes internos redimensionados e câmbio manual de seis marchas. Esta precisava de apenas 6,5 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e era capaz de atingir 241 km/h de velocidade. Era facilmente identificado pela saída de escapamento dupla e pelas rodas de 17 polegadas.

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    A primeira unidade chegou ao Brasil em outubro de 1998 e foi apresentada no Sambódromo do Anhembi antes de seguir para o Salão do Automóvel daquele ano. O charmoso TT Roadster chegaria ao mercado europeu no segundo semestre de 1999, causando um furor ainda maior.

    Audi TT
    Interior sóbrio seguia os mesmos princípios de estilo e funcionalidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Bancos de couro marrom com costuras similares às de uma luva de beisebol tornaram-se marca registrada do modelo, responsável pela detenção do repórter Júlio Santos e do fotógrafo Marco de Bari por militares em Frankfurt: ficaram tão encantados com o conversível que entraram sem querer em uma base aérea norte-americana durante a sessão de fotos.

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    Mesmo sem a apreciada tração traseira, o TT não fazia feio diante de concorrentes como BMW Z3, Porsche Boxster e Mercedes-Benz SLK. Chegava a ser até mais arisco que eles: o lendário piloto de rali Walter Röhrl apreciou o comportamento dinâmico do TT, mas o considerou perigoso demais para motoristas inexperientes.

    Audi TT
    O santantônio tubular foi inspirado em roadsters dos anos 1960 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Pouco depois, o TT apareceu em uma série de acidentes, alguns fatais. Todos causados pela sustentação aerodinâmica da traseira, em alta velocidade, e agravados pela direção de reações rápidas. Para conter os danos à imagem do modelo, a Audi promoveu um recall para alterar o acerto das suspensões, instalar um aerofólio traseiro e também o controle eletrônico de estabilidade.

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    As alterações surtiram efeito e o TT manteve sua popularidade. O câmbio manual de seis marchas tornou-se item de série e, no final de 2002, surge o TT 3.2 Quattro, impulsionado por um motor VR6 de 3,2 litros e 250 cv acoplado a um câmbio pré-seletivo DSG com seis marchas e duas embreagens multidisco. Era tão rápido quanto o 1.8 Quattro de 225 cv, mas sua velocidade máxima era limitada eletronicamente a 250 km/h.

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    Audi TT
    Motor EA113 de 1,8 litro era semelhante ao dos VW Golf e Audi A3 nacionais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Oferecida apenas no cupê, a versão quattro Sport teve 1.165 unidades fabricadas em 2005. A produção ficou a cargo da divisão quattro GmbH, que elevou a potência do motor de 1,8 litro para 240 cv, com redução de 75 kg no peso total do TT. Sempre pintado em duas cores, acelerava de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e a velocidade era limitada eletronicamente a 250 km/h.

    Audi TT
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Audi TT
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A primeira geração do TT totalizou 276.560 unidades em oito anos de produção, sendo 185.173 cupês e 91.387 roadsters. O último deixou a fábrica de Győr (na Hungria) em junho de 2006, pavimentando o caminho do sucesso para mais duas gerações. Prestes a ser descontinuado, o TT é considerado um dos automóveis mais carismáticos dos anos 1990 e já entrou no radar dos colecionadores.

    A unidade mostrada aqui foi gentilmente cedida pela Akkar Motors, de Campinas (SP).

    Ficha Técnica – Audi TT Quattro 2001

    Motor: transversal, 4 cilindros em linha, 1.781 cm3, sobrealimentado por turbocompressor
    Potência: 225 cv a 5.900 rpm
    Torque: 28,6 kgfm a 2.200 rpm
    Câmbio: manual de 6 marchas, tração integral
    Carroceria: aberta, 2 portas, 2 lugares
    Dimensões: comprimento, 404 cm; largura, 176 cm; altura, 134 cm; entre-eixos, 242 cm
    Peso: 1.480 kg
    Pneus: 225/45 R17

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