Donos de Chevrolet Tracker andam ressabiados com os freios de seus SUVs. O advogado Névio Pegoraro, de Sinop (MT), dono de um Tracker Premier 1.2 2022, descreve bem a sensação. “Ocorre quando preciso retornar para a faixa depois de realizar uma ultrapassagem”, conta. Segundo ele, a desaceleração, na volta à faixa, não é suficiente para concluir a manobra com segurança. “Por duas vezes, tive de ir para o acostamento para não bater na traseira do outro veículo”, explica.
Situação semelhante viveu o técnico de informática Leandro Boldrini, de Curitiba (PR), dono de um Tracker Premier 1.2 2022. “Em uma viagem, com minha esposa e meu filho, estava chovendo e eu quase entrei na traseira de um caminhão”, conta. “O carro simplesmente não freia, é preciso fazer uma pressão absurda nos freios”, diz Leandro, que declarou a intenção de realizar melhorias nos freios do seu carro, em uma oficina independente.
As queixas dos motoristas não são apenas em relação às respostas do sistema de freios, mas também no que diz respeito aos ruídos, o que também é fonte de preocupação. “Levei meu carro mais de quatro vezes à concessionária para resolverem o problema com as lonas, mas eles apenas fazem ajustes”, afirma o analista de vendas Jonatas Franzini Marciano, de Vinhedo (SP), dono de um Tracker 1.0 turbo LT 2021, que nunca conseguiu consertar o barulho nos freios traseiros do carro.
No comunicado que a montadora emitiu em 8 de abril de 2022, a IT-013G-22, Freio traseiro – Auxílio ao diagnóstico, é recomendada a substituição do tambor de freio, nos casos de reclamação de ruído ao acionar o freio de serviço levemente nos Tracker e Onix 2020 a 2022 dos chassis final LG100299 até NG159365 e modelos 2021 a 2022 dos chassis final LB900022 até NB129554.
A GM diz que não existem registros de atendimento dos motoristas citados nesta reportagem, em sua central de relacionamento com os clientes Chevrolet. A exceção é o Jonatas Franzini Marciano, que foi atendido e seu carro estava em perfeitas condições de uso.
O Povo Reclama
“Meu carro com 37.000 quilômetros rodados ficou sem freio durante uma viagem e, quando levei ao mecânico, as lonas haviam acabado.”
Luiz Carlos Siqueira, aposentado, Curitiba (PR), dono de um Tracker 1.0 turbo 2022
“Não sei precisar quantas vezes ocorreu, mas tem momentos em que parece que o freio some. Algumas vezes eu pisei no freio e ele parece fraco, parece que o carro não vai parar.”
André Luís Santos Neves, oficial estadual de trânsito, Ourinhos (SP), dono de um Tracker 1.0 turbo 2022
“Troquei as pastilhas com 24.000 quilômetros e já estavam ferro com ferro. Agora, com 31.000 quilômetros, já estão ruins.
Jhonatan Henrique da Silva, programador, Jaraguá do Sul (SC), dono de um Tracker Premier 1.2 2021