A vida de quem tem um carro híbrido costuma ser mais fácil: idas ao posto são mais raras, a dirigibilidade é melhorada e os gastos com manutenção tendem a ser menores. Problema dos fabricantes de lubrificantes, que precisam entregar produtos adequados ao uso do motor a combustão – que em um híbrido funciona de modo particular.
Em um híbrido, o propulsor térmico passa mais tempo parado, uma vez que o elétrico assume as tarefas. A participação dos motores depende do funcionamento de cada sistema. Se o carro for híbrido plug-in, o térmico pode passar longos períodos em repouso. Mas, seja lá como for, quando acionado, o motor convencional roda mais tempo fora da temperatura ideal, situação em que a lubrificação é prejudicada.
Junte-se a isso, o fato de que o óleo demora mais a atingir principalmente as partes altas do motor. E, também, que as temperaturas menores reduzem a evaporação da água que se acumula dentro do motor, aumentando a oxidação das peças e do próprio lubrificante.
De olho nisso, a Vibra (ex-BR Distribuidora)apresentou dois novos lubrificantes da linha Lubrax, cuja principal característica é a pouca viscosidade em baixas temperaturas. Os Supera Premium 0W-20 e 5W-30 utilizam aditivos que consideram até a possível interação eletromagnética do conjunto. Outras preocupações incluem as partidas do propulsor com o veículo em movimento que podem desgastar componentes mecânicos, e também o liga e desliga promovido pelos sistemas start-stop.
Receita caseira
Distribuidora considerou peculiaridades para criar lubrificantes adaptados aos desafios que um híbrido enfrenta no nosso país
Adversidades
Quando trabalha em conjunto a um elétrico, o motor a combustão passa a funcionar em modo de uso considerado severo, fora das condições ideais de trabalho. Nesse regime, o lubrificante tem o desafio de cumprir suas funções e resistir à alteração de suas características químicas originais, como em um veículo convencional.
Sem reações
Não é pouca energia que circula entre as baterias e os motores elétricos do carro, e o campo eletromagnético resultante pode causar interações indesejadas. Assim, os novos óleos para híbridos precisam resistir melhor à oxidação e utilizar aditivos cuja polaridade não favoreça a circulação de corrente, entre outras propriedades.
CONFIRA O MANUAL
Novos óleos da família Lubrax foram desenvolvidos tendo como referência modelos híbridos das marcas Chevrolet e Ford, mas, segundo a Vibra, são capazes de atender a outros tipos de carros e de fábricas (desde que o manual permita o uso de suas especificações)