O novo Countryman JCW usa a tecnologia para que seu som seja tão atraente quanto seu desempenho
Por Rodrigo Ribeiro
3 Maio 2018, 12h44
A central eletrônica dos carros é capaz de deixá-los mais econômicos e menos poluentes. Mas ela também permite um recurso especialmente atraente nos novos esportivos: a mudança do som.
Isso permitiu à BMW dar uma identidade sonora única ao novo Mini Countryman JCW.
Com o seletor de condução no modo esportivo, o motor do hatch com estilo de SUV soa como algo muito maior do que um 2.0 quatro cilindros turbo com um câmbio automático de oito marchas.
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O cada vez mais rotineiro estampido no escapamento nas acelerações agora é acompanhado de uma espécie de gargarejo nas desacelerações, conforme o motor reduz o giro.
O som remete um pouco ao ruído típico dos motores antigos dotados de comandos de válvulas “bravos”, com grandes ângulos de abertura.
O bacana é que o novo Mini Countryman JCW anda tão bem como soa. Na pista de testes o 0 a 100 km/h foi cumprido em 6,9 segundos.
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Retomadas e frenagens também entregaram números adequados à proposta da sigla que designa as versões mais esportivas dos Mini.
Uma virtude do Countryman é que ele é apenas 0,7 s mais lento que o Cooper JCW (6,2 s em nosso teste), mas muito mais prático.
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É verdade que a porção central do banco traseiro mais dura não anima que um quinto adulto fique por lá, mas a possibilidade de os outros quatro viajarem sem aperto para cabeças e joelhos tornam a aquisição desse carro por uma família muito mais factível do que o Cooper de cinco portas.
Também ajuda nesse aspecto a suspensão mais macia e a direção elétrica leve. Aqui novamente a eletrônica faz seu trabalho ao endurecer volante e amortecedores na medida certa ao toque de um (enorme) comando giratório ao redor da base da manopla de câmbio.
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Nessa configuração, o Mini Countryman responde rápido aos comandos, com agilidade acima da média para um modelo consideravelmente pesado (1.555 kg) e alto (1,56 metro).
O comportamento dinâmico é neutro, e a tração integral mitiga sua leve tendência ao sobre-esterço.
A lista de equipamentos é longa como se espera de um carro de R$ 217.990, mas o sistema multimídia, que finalmente adotou tela sensível ao toque, poderia incluir integração para celulares Android e Apple.
Também é possível optar por uma condução eficiente, com direito a start-stop, “roda-livre” e câmbio programado para manter o motor em baixas rotações para chegar a bons 10,3 km/l na cidade e 13,7 km/l no ciclo rodoviário.
Mas, depois de ouvi-lo no modo esportivo, fica difícil optar pelo silêncio.
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