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Teste: Honda ZR-V Touring é mais lento que o Compass, mas gasta menos

O novo SUV da Honda apresenta visual e comportamento diferentes em relação aos irmãos, mas não nega a genética da marca

Por Paulo Campo Grande Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 jan 2024, 16h19
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  • O novo Honda ZR-V é bonito. Mas mais bonito de perto do que em fotos. A Honda define suas linhas como esportivas. Os vincos do capô que terminam na grade dianteira dão ideia de movimento. Mas sem ser agressivo. Essas linhas fazem o ZR-V parecer menor. Mas, de fato, ele é ligeiramente maior que um Jeep Compass, com o qual vai concorrer no segmento de SUVs médios. O ZR-V tem 4,57 m de comprimento, enquanto o Compass mede 4,40 m.

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    Passado o encantamento dos primeiros momentos, surge uma sensação de estranhamento, no entanto, porque o ZR-V tem um visual bem diferente dos outros carros da Honda como City, o próprio Civic do qual deriva e o SUV compacto HR-V.

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    Fazer modelos que parecem gêmeos idênticos com tamanhos diferentes é algo bem monótono. Mas, nesse caso do ZR-V, fica difícil dizer que se trata de um carro da mesma fábrica. Pelo menos externamente falta o que os designers chamam de identidade de marca. Por dentro, há elementos familiares, como o grafismo, os instrumentos e, o mais evidente, a grelha frontal em toda a extensão do painel igual à do Civic da 11a geração.

    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Internamente, as curvas da carroceria se repetem. Mas de forma menos suave, como se observa no console central. Nas laterais das portas, os volumes dos apoiadores são exagerados. Se fossem menores, teriam a mesma serventia, ocupariam menos espaço da cabine e ficariam mais elegantes.

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    Segundo a Honda, o visual diferente foi proposital para o ZR-V expressar sua singularidade. Não, ele não vai ditar a tendência de estilo dos próximos lançamentos da marca, segundo os executivos da fábrica. Ele apenas quer ser diferente e atender a um público diverso do que é servido pelo HR-V e o SUV grande CR-V, na linha de SUVs da marca.

    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Além do estilo, o ZR-V traz outra característica única, que tem a ver com seu projeto: é a posição de dirigir. Como em todo SUV, o motorista do ZR-V viaja em posição elevada. Mas, ao contrário dos SUVs típicos, o ZR-V tem pedais, volante e painel em posições mais próximas do motorista, estabelecendo uma ergonomia mais parecida com a dos sedãs e cupês. Assim, o motorista se posiciona mais encaixado no cockpit, podendo interagir mais efetivamente com o carro.

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    SUV na mão

    Essa esportividade pretendida não seria atendida apenas com as mudanças na ergonomia, no entanto. Por isso, os projetistas japoneses trataram de enrijecer a suspensão (McPherson, na dianteira, e multilink, na traseira) de modo a deixar a carroceria mais firme – e reduzindo o conforto, como efeito colateral.

    Em nossa avaliação, sentimos que o SUV oscila menos nas curvas, mas em contrapartida se mostra bastante sensível à irregularidade dos pisos, como se seus pneus (215/60R17) estivessem acima da pressão recomendada. A direção tem o peso ideal e é bastante responsiva. Ou seja: diverte sem cansar. O ZR-V é equipado com motor 2.0 i-VTEC de quatro cilindros, com comandos de válvulas variáveiests na admissão e no escape, que gera 161 cv e 19,1 kgfm, acoplado ao câmbio CVT com sete marchas fixadas.

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    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Na pista de testes, ele foi mais lento que o rival Compass, na versão equipada com motor 1.3 turbo flex (185/180 cv e 27,5 kgfm), testada com gasolina. O Honda fez de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos, ante 10,3 segundos, do rival. Nas provas de frenagens, houve empate técnico. Vindo a 80 km/h, o ZR-V precisou de 26,8 m para parar, contra 26,9 m percorridos pelo Jeep.

    No consumo, quem se saiu melhor foi o Honda ZR-V, com médias de 10,9 km/l, na cidade, e 14 km/l, na estrada, enquanto o Compass obteve 9,3 km/l e 13 km/l, respectivamente.

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    Topo da hierarquia

    Para a Honda, o ZR-V entra como um complemento de linha, entre o HR-V, que custa entre R$ 151.200 (EX) e R$ 195.800 (Touring) e o CR-V, que deverá ser apresentado atualizado ainda este mês, na faixa de R$ 300.000. O ZR-V custa R$ 214.500 em única versão Touring, que representa a configuração mais luxuosa e equipada, na hieraquia da marca. No acabamento, ela traz bancos parcialmente revestidos de couro, volante de couro e painel e laterais das portas em material sintético que imita couro.

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    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Entre os equipamentos, o ZR-V vem com faróis full-led, painel digital de 7”, central multimídia de 9” compatível com Apple CarPlay e Android Auto, ar-condicionado bizona, teto solar, oito airbags e sistemas de assistência ao motorista como frenagem automática, piloto automático adaptativo, sensores de permanência em faixa, assistente de partida em rampa, freio automático de descidas e controle de tração e estabilidade.

    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A cabine foi pensada para agradar a todos os ocupantes. Para isso há 11 porta-objetos e cinco tomadas USB (sendo quatro do tipo C), além de um carregador de celular por indução, localizado no console. Quem viaja atrás acha saídas de ar-condicionado sob os bancos e luzes de leitura, no teto.

    Só faltou o sistema de bancos flexíveis, Magic Seat, que equipa o HR-V. O ZR-V tem banco traseiro bipartido e rebatível, mas a mesma mobilidade do irmão menor. No porta-malas cabem 389 litros, o que não é muito, mas é compreensível levando-se em conta que o espaço da cabine acomoda cinco pessoas com folga. E pode chegar a 1.306 litros, com os bancos rebatidos.

    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Honda ZR-V
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O ZR-V é oferecido em sete opções de cores, sendo três novas na linha Honda: azul (mostrada aqui), vermelho e cinza perolizado. Mais quatro tradicionais: branco, prata, cinza e preto. Escolhendo uma das três primeiras, o interior tem acabamento bicolor, como nas imagens. Nas demais, o interior é sempre monocromático preto.

    Veredicto  – O ZR-V é bonito, se destaca na paisagem, mas sua pegada esportiva não se reflete no desempenho e prejudica o conforto.

     

    Teste – Honda ZR-V

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 11,6 s
    0 a 1.000 m: 32,9 s – 163,4 km/h

    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 4,8 s
    D 60 a 100 km/h: 6,2 s
    D 80 a 120 km/h: 8 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 15/26,8/59,4 m

    Consumo
    Urbano: 10,9km/L
    Rodoviário: 14km/L

    Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 37,6/62,4 dBA
    80/120 km/h: 62/71,2dBA

    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h: 1.900
    Volante: 2,5 voltas

    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 214.500
    Garantia: 3 anos

    Ficha técnica: Honda ZR-V Touring

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