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Testamos o único Fiat Grand Siena que permite kit GNV sem perder garantia

Com kit de preparação oficial de fábrica, Fiat Grand Siena 1.4 dribla o fim da versão Tetrafuel para rodar no gás. Mas como fica o desempenho?

Henrique RodriguezPor Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2020, 12h42 - Publicado em 20 Maio 2020, 07h00
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  • Grade preta surgiu na linha 2020. Quer faróis de neblina? Nem opcionais são (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O gás natural veicular (GNV) andava um pouco esquecido, mas a Fiat quer voltar a explorá-lo como argumento de venda no Grand Siena. Não, a versão Tetrafuel (lançada em 2007 no antigo Siena e fora de linha desde 2016) não está de volta.

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    Mas algumas peças do motor 1.4 preparado para usar GNV, gasolina com mistura de etanol, gasolina pura e etanol podem equipar a versão 1.4 Attractive para facilitar uma futura instalação de um kit para GNV.

    O botão de abertura do porta-malas, antes no logotipo, não existe mais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    É uma estratégia diferente do que já se viu. O Astra Sedan Multipower, lançado em 2002, e o Siena Tetrafuel saíam de fábrica com kit GNV instalado ainda na linha de produção (com direito a indicadores do gás integrados ao computador de bordo, no caso do Fiat).

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    Volkswagen Santana e Kombi tiveram opção de receber gás natural ainda na concessionária, sem comprometer a garantia, a partir de 2003. Já a Ford Ranger 2.3 ficou liberada para ter o kit instalado em oficinas credenciadas em 2006.

    Interior é o mesmo de 2012 e até o descanço de pé
    é item opcional (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Qualquer Grand Siena pode receber um kit GNV, mas, para não perder a garantia (de um ano para o carro e 3 anos para motor e câmbio), só se for da versão Attractive 1.4, de R$ 53.990, e tiver a predisposição para GNV, que custa R$ 690, e inclui componentes preparados para lidar melhor com as características do gás. Não é caro e evita custo extra em regiões sem postos de gás.

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    Além disso, a instalação precisa ser feita em uma empresa homologada pelo Inmetro e o kit usado, um de quinta geração, o mais moderno para carros com injeção multiponto.

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    Tem injetores independentes para cada um dos cilindros em vez de mangueira ligada aos dutos de admissão, como nos kits de terceira geração, e sistema de gerenciamento eletrônico capaz de corrigir seus parâmetros automaticamente, evitando as constantes regulagens manuais.

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    Posição de dirigir é elevada e banco carece de apoio lombar (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Além disso, a partida é sempre feita com o combustível líquido que estiver no tanque. O custo do kit fica ao redor dos R$ 4.500, mas a Fiat estima que quem roda mais de 3.000 km por mês consegue recuperar a diferença em menos de um ano.

    O espaço para pernas e cabeça atrás é bom (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A predisposição inclui o mesmo cabeçote da versão Tetrafuel, com com válvulas e sede de válvulas feitos de material mais resistente e com ângulos otimizados, e o coletor de admissão com paredes reforçadas e já com as pré-furações para a instalação dos bicos injetores de gás na posição ideal e sem risco de quebra.

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    O carro também acompanha um guia de instalação para a convertedora, com procedimento para a desmontagem dos componentes necessários para o serviço e recomendações para a colocação das peças do kit.

    Os cilindros somam 15 m³ de capacidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A unidade testada recebeu dois cilindros assimétricos, com capacidade total de 15 m³ (2 m³ a mais que o Tetrafuel), mas o porta-malas com capacidade original de 520 litros ainda preserva espaço maior que o de um hatch compacto, por exemplo.

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    Se a versão com GNV de fábrica gerenciava sozinha qual combustível usar, dependendo de como o motor era exigido, no Grand Siena convertido o motorista precisará agir caso demande mais força: neste carro a chave comutadora fica à frente do porta-copos. A transição entre combustíveis é suave e por vezes necessária.

    Válvula de abastecimento é instalada em área livre do motor (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mesmo que a diferença entre as medições de desempenho com gasolina e GNV seja pequena (veja quadro abaixo), o Grand Siena é naturalmente lento.

    Mas a principal qualidade do 1.4 8V de até 88 cv e 12,4 kgfm, que é o torque em baixas rotações com gasolina, some com o GNV.

    A perda de desempenho inerente ao combustível gasoso o deixa com o pique da versão 1.0 (que custa R$ 48.990).

    Por sinal, a versão Tetrafuel tinha 75 cv e 10,7 kgfm usando GNV, mesma potência do 1.0 8V, que tem 9,9 kgfm. Mas quem vai correr no trânsito?

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    Comutador ainda tem luz que indica pane no sistema de GNV (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Posicionado abaixo do Cronos, o Fiat Grand Siena tem visual antigo (ganhou apenas nova grade e logotipos na linha 2020), acabamento mais simples e só o trivial de série: ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, direção hidráulica, computador de bordo e rodas de aço aro 15 (as rodas de liga leve custam R$ 1.290).

    Na transição entre combustível líquido e gasoso todos os leds piscam (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A Fiat aposta na mecânica barata e na possibilidade de manter a garantia usando GNV para conquistar quem roda muito. Mas quem roda muito também precisa de conforto e boa parte dele está na lista de opcionais.

    Ajuste de altura da direção, retrovisores elétricos e na cor do veículo, banco do motorista com ajuste de altura somam R$ 2.000. Já o volante de couro com comandos do som, o rádio com CD e Bluetooth, e os sensores de estacionamento traseiro custam mais R$ 2.300.

    Haja gás natural para compensar a instalação do kit e tantos opcionais que deveriam ser de série.

    Teste com gasolina

    Teste com GNV

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 15,8 s
    0 a 1.000 m:
    36,8 s – 141 km/h
    Velocidade máxima
    n/d
    Retomada
    3ª 40 a 80 km/h: 9,7 s
    4ª 60 a 100 km/h: 15,2 s
    5ª 80 a 120 km/h: 22,9 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h – 0 m: 15,8/28,1/66,1 m
    Consumo
    Urbano: 12,5 km/l
    Rodoviário: 16,2 km/l
    Aceleração
    0 a 100 km/h: 16,5 s
    0 a 1.000 m:
    37,3 s – 141 km/h
    Velocidade máxima
    n/d
    Retomada
    3ª 40 a 80 km/h: 9,8 s
    4ª 60 a 100 km/h: 15,3 s
    5ª 80 a 120 km/h: 23,1 s

    Ficha técnica – Fiat Grand Siena 1.4 Attractive

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