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Peugeot 208 Turbo anda mais que Polo, Onix e HB20 e parte dos R$ 99.990

Motor 1.0 turbo de 130 cv substitui o 1.6 aspirado nas versões Allure e Griffe, mas a nova Style Turbo 200 tem visual mais esportivo

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 set 2023, 18h30
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  • O mesmo motor três cilindros 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm que surgiu no Pulse e acabou de estrear Fiat Strada é a resposta para todo mundo que implorou por um Peugeot 208 Turbo. Ele estreia agora por R$ 99.990.

    O motor 1.0 GSE Turbo está nas versões Allure e Griffe, e também na versão Style Turbo, que terá produção por tempo limitado, com o objetivo de colocar o compacto de origem francesa em pé de igualdade com Chevrolet Onix, Volkswagen Polo e Hyundai HB20.

    Preços do Peugeot 208 Turbo 2024:

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Os motores antigos permanecem. O 1.0 aspirado de 75 cv, lançado há um ano e que hoje responde por 70% das vendas, está nas versões Like e Style e o 1.6 aspirado, com câmbio automático de seis marchas, tem sobrevida garantida pela nova versão Active AT, pois o 208 Roadtrip sairá de linha no fim de 2023. E ainda tem o elétrico e-208 GT, com 136 cv, completando a linha 2024 do compacto com a maior variedade de motores no Brasil e tem preços entre R$ 75.990 e R$ 235.990.

    O preço de lançamento é atraente. O Peugeot 208 Allure Turbo custa R$ 99.990 e tem central multimídia, vidros elétricos nas quatro portas, piloto automático, sensor de ré e câmera traseira e rodas de liga leve de 16 polegadas, mas quatro airbags.

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    Peugeot 208 Allure Turbo 200
    Peugeot 208 Allure Turbo 200 (Divulgação/Peugeot)

    O pacote opcional Excellence, de R$ 5.000, soma teto panorâmico, bancos, parte das portas e volante em couro, carregador por indução e chave presencial. Prova de que mesmo na linha 2024 o Peugeot 208 continua preocupado com o visual (que não muda, a não ser pela plaqueta “Turbo 200” na tampa do porta-malas).

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    Os Hyundai HB20 Sense AT (R$ 98.390) e Onix AT Turbo (R$ 97.750) custam menos, mas são básicos nem sequer têm central multimídia, mas ambos têm seis airbags. O Polo Comfortline é o automático mais barato, custa R$ 110.990, e tem quatro airbags. Está mais para ser rival da versão intermediária do 208 1.0 turbo.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    Peugeot 208 Style Turbo (Divulgação/Peugeot)
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    O Peugeot 208 Style Turbo, de R$ 109.990, soma faróis full-led, rodas aro 17, quadro de instrumentos digital 3D, acabamento interno escurecido, pedaleiras em alumínio e escape cromado.

    Peugeot 208 Griffe Turbo 200
    Peugeot 208 Griffe Turbo 200 (Divulgação/Peugeot)

    Já a versão topo de linha, 208 Griffe Turbo, é mais racional. Custa R$ 114.990 e tem rodas aro 16 mesmo, mas é o único com seis airbags, alerta de colisão, frenagem de emergência, farol alto automático, reconhecimento de placas, detector de fadiga e assistente de faixa, e ainda tem sensores de chuva e luminosidade. Só faltou o piloto automático adaptativo.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Desafio para a engenharia

    O Peugeot 208 1.0 Turbo só existe porque a PSA se fundiu com a FCA, formando a Stellantis, há quase três anos. E porque a engenharia da empresa conseguiu superar algumas dificuldades.

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    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Não há nada de errado com a plataforma CMP, que é bem moderna. Tanto que com a formação da Stellantis foi eleita a base padrão dos próximos compactos do grupo (como o substituto do Fiat Argo), enquanto os motores da FCA impulsionarão os carros – pelo menos na América Latina. Mas o capô baixo do 208 limita o espaço no cofre, a ponto do 1.6 ter recebido um cárter menor para caber ali, ainda nos tempos da PSA.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    Intercooler está por trás da grade, do lado direito do carro (Divulgação/Peugeot)

    No caso do 1.0 GSE Turbo, não precisaram mudar o motor em si, mas alguns periféricos foram reposicionados ou reprojetados, caso do corpo do compressor e colocaram um intercooler por trás da grade. A caixa do filtro de ar foi escondida atrás do motor, por baixo da por baixo da calha do para-brisa, o que vai exigir um trabalho extra dos mecânicos.

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    Pode ser culpa do cabeçote Multiair, um pouco mais alto por usar solenoides para comandar a abertura das válvulas. O que vai sobre o motor agora é uma espuma que ajuda a filtrar o barulho da injeção direta. Mesmo assim tem fio do chicote do motor que encosta na manta acústica do capô.

    Como anda o Peugeot 208 1.0 Turbo

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Nem sempre é fácil tirar um motor e colocar outro mais potente, como colocar no Peugeot 106 o motor 1.6 do 206, como muita gente faz. Mas a recompensa é a mesma: pisar e sentir mais força, talvez além daquilo que o carro precisaria para alcançar suas expectativas.

    Na verdade, durante as primeiras impressões no Autódromo da Capuava, foi realmente difícil não se empolgar na aceleração para sentir o novo motor e os ajustes que fizeram nos amortecedores e na direção especialmente para esta mecânica.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)
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    A estabilidade ainda é algo que surpreende no 208, mesmo após três anos. É confortável, mas também muito assentado e, por mais que você force uma escapada, quando ela ocorre é discreta e igual nos dois eixos. O modo Sport (não há modo Eco no 1.0 turbo) deixa o hatch um pouco mais permissivo e a direção só um pouco mais pesada.

    A proposta é de esportividade, mas o cambio é CVT, já conhecido dos Fiat mas inédito nos Peugeot – que no Brasil sempre esteve fiel ao câmbio automático. Ele simula as sete marchas quase o tempo todo, mas a qualquer aceleração mais forte ele vai aos 4.000 rpm para combinar o torque (que surge a 1.750 rpm) com mais potência. Colocando no modo Sport, passa a explorar ainda mais a rotação.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Trocas sequenciais só podem ser feitas na alavanca, pois não tem borboletas. Fazem falta, mas trocaria isso por um tempo de resposta menor entre pisar no acelerador e sentir a resposta do motor e do câmbio.

    Essa demora provoca um pequeno tranco no anda-e-para e não deixa o Peugeot 208 Turbo parecer tão rápido quanto promete. A Peugeot declara tempo de 0 a 100 km/h em 9 segundos com álcool e 9,2 segundos com gasolina. Com esses números, é mais rápido que qualquer outro hatch 1.0 turbo.

    Para efeito de comparação, em nosso último teste o 208 1.6 precisou de 12,2 segundos para chegar aos 100 km/h. São 3 segundos de diferença!

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    E o motor 1.0 até poderia ajudar nas sensações, pois assim como no Pulse é possível sentir alguma vibração e até ouvir o alívio de pressão do turbo ao aliviar o pé.

    Quanto aos números de consumo do Peugeot 208 1.0 turbo, eles também são melhores que os do 1.6 nos testes do Inmetro. Confira a tabela:

    1.6 aspirado 1.0 turbo
    Cidade (km/L) Etanol: 7,7 | Gasolina: 11,1 Etanol: 8,8 | Gasolina: 12,5
    Estrada (km/L) Etanol: 9,1 | Gasolina: 12,9 Etanol: 10,0 | Gasolina: 14,1

    A impressão que fica deste primeiro contato com o Peugeot 208 1.0 turbo, ainda em pista fechada, é que há uma clara evolução frente ao 208 1.6

    Mas se era desempenho absoluto o que faltava ao Peugeot 208, agora não há motivos para reclamar.

    Peugeot 208 Style Turbo 200
    (Divulgação/Peugeot)

    Ficha técnica – Peugeot 208 Style Turbo 200 2024

    Motor: flex., diant., transv., três cilindros, 999 cm³, 130/125 cv a 5.750 rpm; 20,4 kgfm a 1.750 rpm (etanol/gasolina)
    Câmbio: CVT., 7 marchas, tração dianteira
    Direção: elétrica
    Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
    Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.)
    Pneus: 205/45 R17
    Dimensões: comprimento, 405,5 cm; largura, 196 cm; altura, 145,3 cm; entre-eixos, 253,8 cm; porta-malas, 265 l; tanque de combustível, 47 litros

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