Jeep Compass encara bem estradas ruins, mas câmbio parece confuso

Se nosso Jeep Compass Longitude ainda não conhecia a realidade nua e crua das estradas brasileiras, conheceu em uma ida e volta a Minas Gerais na virada do ano, bem na época das chuvas mais intensas.

Com a palavra, o repórter Eduardo Passos: “Ainda que seja um SUV majoritariamente urbano, o Compass surpreendeu pela robustez com a qual encarou as péssimas condições de asfalto nas BR-381 e BR-116. Por mais que tentássemos evitar todos os buracos, nas situações em que isso não foi possível, o carro agradou pela forma que lidou com a irregularidade do solo. Os pneus, ainda que barulhentos, também aguentaram o tranco sem bolhas ou furos. Em geral, o conjunto de suspensão garantiu o conforto do carro com pouca rolagem e poucos baques secos”.

No roteiro: estradas sinuosas e com muitos trechos de serra. Não foi um problema para o motor 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm, mas o câmbio automático de seis marchas teve que trabalhar bastante e deixou a desejar.

“O câmbio parecia ter dificuldade em entender o momento de subir ou descer as marchas. As borboletas no volante também não serviram de alternativa para esse problema: ou o câmbio voltava ao modo automático antes da conclusão da manobra, ou era necessário jogar a alavanca de câmbio para a esquerda (modo sequencial) e de novo à direita para que o computador voltasse a comandar as trocas. Na maioria das vezes, só o kickdown resolvia o problema, às custas de um tranco incômodo por conta do turbo lag e de piora no consumo de combustível”, relatou Passos.

Jeep Compass – 56.101 km