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Linha torta

Por Redação
28 set 2010, 20h46

21224 km

Com a chegada da revisão dos 20000 km do nosso i30  de Longa Duração, fomos em busca de uma concessionária para efetuar os serviços necessários. E a escolhida foi a Caoa Robert Kennedy, em São Paulo. Até então, tudo praticamente impecável com nosso hatch médio. A única reclamação era um leve ruído na suspensão dianteira, quase imperceptível.

A revisão prevê troca de lubrificante do motor e dos filtros de óleo, ar e combustível, além das velas. Também estão previstos alinhamento e balanceamento, limpeza do sistema de ar-condicionado e troca do filtro de ar da cabine, pelo custo de 976 reais. Três dias depois, na entrega, fomos informados de que os dois batentes dos amortecedores dianteiros foram trocados, sem custo adicional. “É um ‘recall’”, afirmou o consultor Marcelo Peixoto de Lima. “Todos os i30 que chegam estão tendo o componente trocado, pois os antigos apresentavam deformação.”

Retiramos o carro em uma sexta-feira e logo constatamos que, além de desalinhado, o i30 passou a fazer barulhos na suspensão dianteira. Mas, antes de retornar à concessionária, fizemos uma análise na Suspentécnica, em São Paulo. A origem do barulho no i30 eram seis parafusos que fixam a torre de suspensão na carroceria, soltos. Além do ruído, seria impossível obter o alinhamento. Com o tempo, se uma das torres se soltasse, haveria risco de acidente. Também foi notado que as quatro rodas estavam amassadas, uma delas com deformação maior.

Sem alterar o quadro, retornamos com cuidado à concessionária e reclamamos dos sintomas, sem apresentar o diagnóstico. Após um dia, recebemos o telefonema para retirar o veículo. Segundo o chefe de oficina Ney, a suspensão tinha sido checada e reapertada. Em uma volta rápida, além de o volante puxar para a direita, os ruídos persistiam. Na volta, na nossa frente, o chefe de oficina decidiu fazer uma inspeção no carro. Encontrou os parafusos soltos. “Eu só tenho que lhe pedir desculpas por essa falha nossa, vou convocar toda a oficina para uma reunião hoje à noite”, disse Ney, visivelmente constrangido.

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No dia seguinte, o consultor Marcelo nos ligou para pegar o carro. “Agora ele está perfeito.” Na trave. Os barulhos sumiram, mas a direção insistia em puxar para a direita. “Vou paralisar todos os alinhamentos até descobrir o defeito”, afirmou Ney. A concessionária pagou o táxi da viagem de volta.

No dia seguinte, segundo o chefe de oficina, o carro foi para outra concessionária a fim de refazer o alinhamento. Ligamos no fim do dia para ver se estava pronto. Ele foi sincero: “Olha, está 95%. Vou pedir para a engenharia da Hyundai ver o carro e ter certeza de que não estamos falhando em nada”. Em compensação, o consultor Marcelo nos ofereceu um carro reserva. Agradecemos e recusamos. No mesmo dia, o serviço de atendimento ao cliente também nos ligou com a mesma gentileza, igualmente recusada.

Treme-treme

Quatro dias depois, o veículo ficou pronto. Ao sair da concessionária, notamos que, enquanto o carro esteve na autorizada, 173 km foram rodados. Aparentemente, tudo estava bem. Mas foi só pegar uma reta longa para ver a direção puxando para a direita e a direção trepidando a 100 km/h, já que a roda mais amassada foi passada para a frente.

Como que por telepatia, antes de reclamarmos mais uma vez, recebemos a ligação do gerente da concessionária, Sérgio. “Você pode trazer o carro aqui?” Podíamos, claro. Mas antes passamos na oficina Fukuda Motorcenter, onde nosso consultor Fabio Fukuda detectou várias porcas da suspensão com o sextavado perdido – algumas de tal forma que impossibilitavam reaperto ou soltura. E o pneu direito estava raspando na parte interna da caixa de roda.

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A oficina Quadrelli, de São Paulo, especializada em suspensão, aferiu o alinhamento: “Cambagem e cáster estão dentro dos padrões. O que está fora é o valor de convergência”, afirmou Wagner Quadrelli. Esse valor determina quão paralelas estão as rodas do mesmo eixo. Em nosso i30, as rodas estavam “abertas”, nos eixos dianteiro e traseiro, causando desgaste dos pneus. E faziam com que a roda raspasse dentro do para-lama. Deixamos tudo igual e, mais uma vez, retornamos à concessionária. Até o fechamento da edição, o carro ainda estava por lá…

Principais ocorrências

20917 km: problemas na suspensão

Consumo

No mês (48,8% na cidade): Gasolina – 9,8 km/l

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Desde dez/09 (32,6% na cidade): Gasolina – 9,2 km/l

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