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JAC T5 CVT: o custo é bom, mas os benefícios são medianos

Mesmo automático e com bom custo-benefício, o T5 ainda sofre com os "poréns"

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 mar 2017, 15h16
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  • O T5 tem boa aparência com traços modernos, mas ainda fica evidente o excesso de cromados e a desproporção entre as rodas e a carroceria
    O T5 agrada, mas ainda precisa evoluir para incomodar os SUVs compactos (Pedro Bicudo)

    Quem se lembra das aulas de português da escola talvez se recorde das temidas conjunções adversativas. São palavras que ligam duas orações expressando a ideia de contraste, que é o caso de “mas”, “porém”, “entretanto” e “todavia”, termos que na maior parte do tempo podemos usar para definir o JAC T5 CVT.

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    Mesmo com predicados que mostram a evolução da marca nos últimos anos, o SUV ainda tem contras que farão muitos torcerem o nariz.

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    Tudo começa no visual. O T5 tem boa aparência com traços modernos e leds nos faróis. No entanto, ainda fica evidente a inspiração em modelos coreanos mais antigos (Hyundai ix35), o excesso de cromados e a desproporcionalidade entre as rodas aro 16 e a carroceria. Em relação às versões manuais, a única diferença visual do T5 está na inscrição CVT na traseira.

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    A única diferença visual do T5 automático é a inscrição CVT na traseira
    Traseira tem cromados por toda parte e dupla saída de escape falsa (Pedro Bicudo)

    Os “poréns” continuam na parte de dentro. O desenho do painel até tem certa personalidade e boa disposição dos comandos, mas peca por (novamente) ainda ter elementos inspirados demais em outras marcas e volante muito grande.

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    Pecado ainda maior está nos materiais utilizados, de baixa qualidade e toque rígido, além do característico cheiro forte de plástico. No espaço, entretanto, ele se destaca: leva cinco pessoas confortáveis e tem porta-malas de 600 litros, mais do que os rivais HR-V (437), Renegade (273), Kicks (432), EcoSport (362) e Duster (475).

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    Painel traz materiais de toque rígido
    Painel traz materiais de toque rígido (Pedro Bicudo)

    De série, ele traz ar-condicionado digital, leds diurnos, bancos de couro, sensores de estacionamento, câmera de ré, Isofix, assistente de partida em rampas, controles de estabilidade e tração. Porém, há apenas dois airbags. A central multimídia é completa (com USB, Bluetooth e espelhamento de smartphones), entretanto nada intuitiva – fora o brilho excessivo da tela e os sons estridentes das respostas dos toques. Conectar um smartphone por Bluetooth, então, é quase impossível.

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    Central multimídia é completa, mas difícil de operar. Tela de 8 polegadas tem brilho excessivo
    Central multimídia é completa, mas difícil de operar. Tela de 8 polegadas tem brilho excessivo (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

    Com a transmissão CVT (com seis marchas pré-programadas), além de dar folga à perna esquerda do motorista, o T5 ganhou desempenho e economia. No nosso teste, levou 13 segundos para ir de 0 a 100 km/h e 9,9 na retomada de 80 a 120 km/h. Na versão manual, fez 14 e 31,1, respectivamente. O consumo também melhorou: 10,6/14 km/l em ciclo urbano/rodo­viá­rio, contra 9,3/11,3 do manual.

    Câmbio CVT tem seis marchas simuladas
    Câmbio CVT tem seis marchas simuladas (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

    Entretanto, não se anime com a palavra “desempenho”. A letargia do motor 1.5 de 125/127 cv e 15,5/15,7 mkgf com gasolina/etanol, o mesmo que equipa o hatch J3 e o sedã J5, incomoda. As saídas são lentas e o motor, em conjunto com o câmbio, grita em retomadas e velocidades constantes acima de 100 km/h.

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    Motor 1.5 de até 127 cv e 15,7 mkgf é fraco, mas o câmbio CT proporciona números melhores que a versão manual
    Motor 1.5 de até 127 cv e 15,7 mkgf é fraco, mas o câmbio CT proporciona números melhores que a versão manual (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

    O comportamento combina com o da suspensão. Focada no conforto, ela é macia até demais. Se na cidade filtra bem as imperfeições do solo, em rodovias e curvas mais acentuadas a carroceria inclina a ponto de causar insegurança nos ocupantes.

    Custo-benefício continua sendo o lema dos JAC – o T5 automático custa R$ 71.490, ou apenas R$ 1.500 a mais em relação ao manual. Como referência, a versão de entrada LX do Honda HR-V com câmbio CVT custa R$ 86.800. Num patamar abaixo, o Ford EcoSport SE 1.6 automático sai por R$ 79.300.

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    Ou seja: ele continua custanto bem menos que os concorrentes. Os “mas” e “poréns”, contudo, mostram que ele ainda tem de evoluir.

    Veredicto

    Agora com câmbio automático e preço atraente, o JAC T5 teria tudo para fazer sucesso no Brasil se não fossem os tantos “poréns”.

     

    Teste de pista (com gasolina)

    Ficha técnica – JAC T5 CVT

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