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Impressões: Kia Stonic, um SUV compacto com ajuste fino

Derivado do hatch Rio chega no segundo semestre de 2018 e tem o tamanho certo para encarar os SUVs compactos

Por Joaquim Oliveira, de Lisboa (Portugal)
Atualizado em 24 jan 2018, 16h30 - Publicado em 18 dez 2017, 16h00
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  • Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento
    Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento (Divulgação/Kia)

    Kia tem uma ampla gama de SUVs pelo mundo: KX3, Sportage, Sorrento, Mohave. Não satisfeita, ela decidiu fazer mais um. Em setembro deste ano, apresentou o Stonic, um SUV que tem porte ligeiramente menor que o do KX3, até agora seu menor SUV, para brigar no segmento de Jeep Renegade e outros. 

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    O Stonic tem 4,14 m de comprimento, enquanto o KX3 mede 4,48 m e o Renegade, 4,23 m. Da mesma forma que outros SUVs compactos, o Stonic é derivado de um hatch, no caso, o Kia Rio, que, por sua vez, usa a mesma plataforma do Creta, Soul, i30, Elantra e cee’d.

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    Stonic virá da nova fábrica da Kia no México
    Stonic virá da nova fábrica da Kia no México (Divulgação/Kia)

    As coincidências não param por aí: assim como o Rio será vendido no país a partir do primeiro trimestre de 2018, o Stonic também entra nos planos da Kia para o Brasil no próximo ano.

    Mas seu desembarque deve ocorrer um pouco mais tarde: no segundo semestre. Rio e Stonic virão da nova fábrica da Kia no México.

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    O nome Stonic é resultado da junção das palavras Speedy (veloz) e Tonic (tônico), o que tem a declarada intenção de definir o carro como algo estimulante, vigoroso. Seu estilo, de fato, passa a imagem de veículo ágil e robusto com as caixas de rodas bem marcadas e as colunas dianteira e traseira inclinadas.

    Na dianteira, a grade segue a identidade criada pelo alemão Peter Schreyer, que chegou à empresa em 2006. Na traseira, as lanternas remetem ao Sportage. 

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    De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto
    De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto (Divulgação/Quatro Rodas)
    Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior
    Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior (Divulgação/Kia)

    Por dentro, o painel é limpo e tem visual familiar aos donos de Kia, com diversos elementos como volante, botões e mostradores compartilhados com outros modelos da linha.

    Também não há surpresas no que diz respeito ao acabamento de construção sólida e diversos elementos, mas tudo feito com plásticos duros, menos agradáveis ao toque – e mais permeáveis ao aparecimento de ruídos, com o avançar da idade do carro.

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    O painel de instrumentos, com dois mostradores redondos, é clássico. Pena que o visor do ar-condicionado continue com a cor âmbar do passado, que além do estilo ultrapassado dificulta a leitura. 

    Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima
    Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima (Divulgação/Kia)

    O espaço interno é confortável para cinco pessoas, desde que os ocupantes de trás tenham medidas medianas. E o motorista que tiver a expectativa de dirigir um SUV típico, sentado em posição elevada, pode decepcionar-se, visto que mesmo colocando o banco ajustável no ponto mais alto ainda não se consegue esse ponto de vista superior.

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    De qualquer modo, a posição de dirigir é boa. A visibilidade é garantida pela ampla área envidraçada à frente e pelos retrovisores atrás, uma vez que, assim como o Nissan Kicks, o Stonic tem colunas traseiras largas.

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    A ergonomia é digna de elogios porque tudo o que o motorista precisa está à mão, até os botões do ar-condicionado, no console. 

    SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente
    SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente (Divulgação/Kia)
    Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás
    Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás (Divulgação/Kia)

    Ao volante, o dinamismo sugerido pelo nome e pelo design não é tão grande assim na prática. O Stonic foi apresentado em três versões: 1.4 de 98 cv, 1.6 diesel de 108 cv e 1.0 turbo de 118 cv. Nós andamos na 1.0 turbo, equipada com câmbio manual de seis marchas, e sentimos falta de vigor nas reações.

    Em baixas rotações, o motor até mostra certa vivacidade. Mas, naquelas situações em regimes medianos, em que é preciso fazer uma ultrapassagem, ele não tem o fôlego desejado. Segundo a fábrica, o Stonic 1.0 Turbo acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, o que é um bom número.

    Mas o melhor de tudo é que a versão vendida no Brasil deverá ter uma quarta opção de motor: a 1.6 16V flex, de 128/122 cv – a mesma do Rio (e duas versões de câmbio, manual e automática, sempre com seis marchas e tração 4×2 dianteira). Com esse motor, o Stonic deve ficar mais esperto.

    Motor Turbo gera 118 cv
    Motor Turbo gera 118 cv (Divulgação/Kia)
    Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos
    Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos (Divulgação/Kia)

    No dia a dia, em razão de suas dimensões compactas, o SUV se torna fácil de manobrar. Sua direção se mostrou pouco comunicativa, mas em compensação é precisa e com peso adequado.

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    E se portou bem quando solicitada, absorvendo as irregularidades do piso sem precisar conter os movimentos laterais da carroceria, típicos dos SUVs, porque o centro de gravidade do Stonic é tão baixo quanto o de um hatch.

    Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros
    Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros (Divulgação/Kia)

    A unidade avaliada era completa. Além do pacote básico de segurança (airbags, ESP, cintos de três pontos em todas as posições) e de conforto (ar-condicionado, volante multifuncional, computador de bordo, sistema de som), o Stonic trazia ainda central multimídia com tela de 7 polegadas e compatibilidade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, sistema GPS, câmera de ré, assistente de frenagem de emergência, detector de fadiga e teto preto.

    A pintura do teto (e também das colunas dianteiras e dos retrovisores) em cor diferente é oferecida como item de personalização. Há cinco opções de cor: preto, verde, vermelho, laranja e branco para combinar com a carroceria.

    Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas
    Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas (Divulgação/Kia)
    O pacote de itens inclui volante multifuncional
    O pacote de itens inclui volante multifuncional (Divulgação/Kia)

    Em Portugal, onde fizemos nossa avaliação (as fotos de divulgação foram feitas em Berlim, na Alemanha), o Stonic 1.0 Turbo básico é vendido a 16.430 euros, cerca de R$ 62.500.

    No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$ 80.000 e R$ 90.000, uma vez que, vindo do México, ele não terá imposto de importação.

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    No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000
    No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000 (Divulgação/Kia)

    Veredicto

    O Stonic é bonito e confortável, mas, apesar de ser um SUV, ele tem comportamento de um hatch.

    FICHA TÉCNICA – KIA STONIC

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