Pense no Golf GTI como um parque de diversões: ambos conseguem divertir, mas sempre com muita segurança. No entanto, todo bom parque de diversões cobra caro por isso. E isso também acontece com o GTI. Agora nacional (feito em São José dos Pinhais ao lado do Audi A3 Sedan), o modelo não sai por menos de R$ 117.690. Com todos os opcionais sai por R$ 169.700.
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Assim como o preço, a oferta de opcionais também aumentou. Além dos bancos em couro, o pacote Sport (que custa R$ 5.100) traz novas rodas de 18 polegadas com acabamento diamantado (das imagens), enquanto o pacote Exclusive (R$ 15.710) inclui sistema de entretenimento Discover Media, partida do motor por botão, seletor de modos de condução, faróis com leds e bixenônio direcionais com ajustes automáticos, sistema de monitoramento frontal, piloto automático adaptativo e frenagem de emergência. Por último, o kit Premium (R$ 26.930) adiciona o sistema de áudio da grife Fender (com direito a amplificadores de dez canais, 400 watts de potência, subwoofers e tweeters instalados nas colunas dianteiras e traseiras), central multimídia Discover Pro com tela de oito polegadas, GPS, entradas auxiliar, USB e SD Card e App Connect com plataformas Android Auto, Mirror Link e Apple CarPlay, além do sistema Park Assist com câmera de ré e sensor de fadiga. O teto solar elétrico é vendido sozinho por R$ 4.270. Os dois últimos pacotes (Exclusive e Premium) e o teto solar, aliás, equipavam a unidade avaliada por QUATRO RODAS.
Com isso, entre os principais equipamentos de série, estão ar-condicionado digital de duas zonas, luzes de neblina, sensores de estacionamento dianteiros e traseiro, piloto automático, limitador de velocidade, função Start-Stop, controles de estabilidade e tração, sete airbags, lanternas com leds, volante multifuncional com aletas para trocas de marchas, espelhos retrovisores externos aquecidos e com rebatimento elétrico, bloqueio eletrônico do diferencial, assistente de partida em subida e freio de estacionamento mecânico (no modelo importado o equipamento tinha acionamento elétrico).
Fora as novas rodas opcionais (de série permanecem as de 17 polegadas), nenhum detalhe diferencia o GTI nacional do modelo importado. A dianteira tem para-choque e grade exclusivos, além dos característicos logo GTI e o friso vermelho que invade os faróis – estes com leds e xenônio. Atrás, a VW deixa de lado o nome Golf para reafirmar sua posição e tem apenas a sigla GTI no lado esquerdo da tampa do porta-malas, pouco acima da saída de escape dupla. Por dentro, os bancos de tecido xadrez dão personalidade ao modelo (marca registrada da versão GTI na Europa) e o acabamento segue o padrão das unidades antigas, com apliques em aço escovado, preto brilhante e pontos de leds espalhados pela cabine.
No dia-a-dia, a convivência com o modelo pode ser tranquila, apesar de instigante. A direção elétrica progressiva é direta, como manda a esportividade. O trabalho da suspensão (que ainda é a sofisticada multilink na traseira, diferentemente das demais versões do Golf nacional, que adotaram o eixo de torção) é exemplar. Mesmo com a vocação esportiva do modelo, enfrenta o asfalto ruim das cidades sem grandes trancos. Assim também segue o consumo de 10,8 km/l em circuito urbano, nada mal para um modelo de alto desempenho. Mas cuidado com o marcador de combustível: ele pode te enganar. Durante alguns dias com o modelo, o nível de combustível apontado pelo marcador sempre subia misteriosamente após algumas horas com o carro parado. Durante a noite, os faróis bi-xenônio opcionais direcionam o facho de luz seguindo o movimento do volante. Uma segunda luz, de tom amarelado, acende para o lado da curva também com o movimento do volante ou simplesmente com o acionamento da seta.
Agora, mais do que apenas o modo convencional (Drive), o motorista tem à disposição outras três modalidades (no pacote opcional Exclusive): Sport, Eco e Individual, cada um com ajustes específicos de motor, câmbio e direção. Enquanto o Eco privilegia a economia de combustível, trabalhando sempre em marchas mais altas e rotações mais baixas, além de deixar as respostas do acelerador mais lentas, o Sport faz justamente o contrário. O modo esportivo faz com que o motor permaneça em rotações mais altas – como exemplo, a terceira marcha só entra a aproximadamente 60 km/h. Com isso, o ronco do motor fica mais encorpado e os sonoros estouros do escapamento ficam mais evidentes. O modo Individual, por sua vez, permite que o motorista monte seus próprios parâmetros.
Mas vamos aos números. O Golf GTI manteve o melhor do antigo importado. Além da suspensão multilink, ficou também o motor 2.0 TSI a gasolina de 220 cv de potência e 35,7 mkgf de torque e o câmbio DSG de seis marchas. Com isso, o esportivo vai de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos antes de chegar aos 237 km/h de velocidade máxima prometidos pela marca. O conjunto oferece acelerações vigorosas, com direito a constantes cantadas de pneus.
Veredicto:
O Golf GTI é do tipo que, mesmo em um rápido contato, justifica toda a sua fama e prestígio. O bom desempenho aliado à boa convivência com o modelo o tornam uma das opções mais interessantes em sua faixa de preço para quem não abre mão de conforto, tecnologia e, novamente, bom desempenho. Mas não deixa de ser caro.
Motor | gasolina, dianteiro, 4 cilindros |
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Cilindrada | 1.984 cm³ |
Potência | 220 cv a 4500 rpm |
Torque | 35,7 mkgf a 1500 rpm |
Câmbio | automático DSG, 6 marchas |
Dimensões | 427 cm (comprimento); 145 cm (altura); 202 cm (largura); 263 cm (entre-eixos) |
Peso | 1.368 kg |
Peso/Potência | 6,21 kg/cv |
Peso/Torque | 38,31 kg/mkgf |
Porta-malas | 338 litros |
Tanque | 51 litros |
Suspensão dianteira | independente, tipo McPherson |
Suspensão traseira | independente, multilink |
Freios | discos nas quatro rodas |
Direção | elétrica |
Pneus | 225/45 R17 (opcional 225/40 R18) |
Equipamentos | ar-condicionado digital de duas zonas, controles de estabilidade e tração, sete airbags, bloqueio eletrônico do diferencial, assistente de partida em rampas e rodas de liga leve aro 17 |