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Aston Martin DB11: o guardião inglês

Com o agente DB11, o futuro da Aston Martin está em boas mãos

Por Joaquim Oliveira, da Toscana (Itália)
Atualizado em 17 dez 2018, 16h11 - Publicado em 23 jan 2017, 18h03
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  • Visual segue a tradição da marca, com grade e perfil característicos
    Visual segue a tradição da marca, com grade e perfil característicos (Thomas Geiger)

    Este GT 2+2 lugares (há mais espaço atrás do que no modelo anterior, mas continua bem pequeno) custa 270.000 euros e quer marcar o início de uma nova era na Aston Martin. E o DB11 virá em boa companhia: o novo Vantage em 2017, Vanquish em 2018 e, claro, um SUV (cujas formas foram antecipadas pelo conceitual DBX), para 2019.

    “Para a Aston, é importante criar as bases para o segundo século de sua história ainda mais próspero do que o primeiro. E o DB11 é a ponte para esse futuro”, explica Andy Palmer, o novo CEO da marca.

    https://www.youtube.com/watch?v=CH6I_igwzAg

    Bravamente, a Aston Martin é a última fábrica inglesa que conseguiu se manter independente (Mini e Rolls-Royce pertencem à BMW, enquanto Jaguar e Land Rover estão nas mãos da gigantesca indiana Tata), com capital dividido entre um banco de Dubai e de um fundo privado italiano.

    Na prática, o futuro da marca está nas vendas da família DB11. Serão elas que viabilizarão financeiramente uma futura geração, com três novos projetos previstos para até 2022. Em outras palavras, a preservação da espécie depende do DB11.

    Atributos não lhe faltam. A começar pelo primeiro motor turbinado (e o mais potente) da Aston: um impressionante V12, biturbo, de 5,2 litros, capaz de render 608 cv e 71,4 mkgf de torque, orquestrado por uma caixa automática de oito marchas.

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    V12 é o primeiro turbinado da história da Aston Martin
    V12 é o primeiro turbinado da história da Aston Martin (Thomas Geiger)

    As performances são de cortar a respiração. Além de uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, o DB11 integra o seleto clube dos modelos que superam os 300 km/h – chega a exatos 322 km/h.

    A sonoridade da mecânica explica por que foi dispensável recorrer a qualquer artifício de reforço de ronco no escapamento: certamente isso acabaria em uma multa por perturbação da ordem pública. Ainda assim, ele é bondoso com a natureza: o V12 tem até um sistema de desativação de uma das bancadas de cilindros em situações de pouca ou nenhuma carga de acelerador.

    Câmera de 360º facilita as manobras em um carro grande e com pouca área envidraçada
    Câmera de 360º facilita as manobras em um carro grande e com pouca área envidraçada (Thomas Geiger)

    Múltipla escolha

    A caixa automática ZF de oito marchas leva a força do motor para o eixo traseiro e o piloto tem papel fundamental na definição de como isso acontece. Por meio de um comando no lado direito do volante, ele opta por um dos três modos de condução disponíveis: GT, Sport e Sport Plus. À esquerda, um botão varia a rigidez dos amortecedores (fornecidos pela renomada Bilstein).

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    A estrutura do DB11, totalmente nova, usa e abusa do alumínio de alta resistência. Maior, mais leve e mais espaçoso do que seu antecessor, o DB11 tem 6,5 cm a mais de entre-eixos, o que lhe permitiu reservar um pouco mais de espaço na traseira, sobretudo no porta-malas, cujo volume interno saltou de 175 para 270 litros.

    Há pouca carroceria além dos eixos
    Há pouca carroceria além dos eixos (Thomas Geiger)

    A equipe de design, liderada por Marek Reichman, trabalhou elementos clássicos da Aston, como a iconográfica grade (ainda maior e destacada), o capô “abraçando” o motor e preso pela frente e a traseira compacta. Clássico, o DB11 também é high-tech, como deixa claro – literalmente – o par de faróis de led.

    No interior, elementos clássicos Aston, como o console central que une o painel ao túnel do câmbio. Mas há também um certo ar de Mercedes-Benz na cabine, em especial nas telas digitais e nos comandos do sistema de entretenimento. Nada de se estranhar, uma vez que a marca alemã detém 5% do capital da Aston.

    Comandos do sistema de entretenimento vêm dos Mercedes - a marca alemã é acionista da Aston
    Comandos do sistema de entretenimento vêm dos Mercedes – a marca alemã é acionista da Aston (Thomas Geiger)
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    Painel de instrumentos é formado por três telas digitais, com o conta-giros e o velocímetro no centro
    Painel de instrumentos é formado por três telas digitais, com o conta-giros e o velocímetro no centro (Thomas Geiger)

    Na hora de dar a partida, o modo Silent Start permite que você não acorde o prédio todo por disparar o alarme dos carros vizinhos.

    Turbo instantâneo

    Confortável como convém a um GT, não existem excessivos movimentos da carroceria. A direção é rápida, o que deixa a dianteira ágil. Nem parece que ali mora um colossal 5.2.

    Bancos do tipo concha são esportivos mas confortáveis
    Bancos do tipo concha são esportivos mas confortáveis (Thomas Geiger)
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    Ajudado pelo câmbio rápido e silencioso, o motor convence até os pilotos mais habituados a esportivos com motores de aspiração natural. O lag dos turbos é praticamente imperceptível. Rapidamente o corpo cola aos excelentes bancos com bom apoio lateral. Pudera: o torque máximo está disponível a partir de rasas 1.500 rpm.

    Lanternas ficaram mais recortadas e bipartidas
    Lanternas ficaram mais recortadas e bipartidas (Thomas Geiger)

    No fim das contas, fica meu aplauso de reconhecimento ao bom trabalho feito neste importante DB11, um carro que consegue juntar um enorme conforto a um caráter esportivo de forma harmoniosa, ao mesmo tempo que seduz pela beleza e qualidade. Vida longa à Aston Martin!

    Veredicto

    No que depender dos atributos do DB11, a Aston Martin pode ficar tranquila. Empolgante pela beleza, qualidade e, claro, desempenho, ele tem tudo para ser visto como um objeto de desejo.

    Como manda o hábito, cada unidade recebe a assinatura de um responsável
    Como manda o hábito, cada unidade recebe a assinatura de um responsável (Thomas Geiger)
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    Ficha técnica – Aston Martin DB11

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