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Por Péricles Malheiros 5.134 km Veículos elétricos causam um fascínio especial no (já apaixonado por carros) consumidor brasileiro. Quando, em 2009, o minúsculo Smart ForTwo foi incorporado à frota, era comum ouvir motoristas, motoboys e até frentistas perguntando: “É elétrico?”. Fato é que os elétricos começam a rodar pelo Brasil. Se na edição de março […]

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 26 dez 2016, 16h54 - Publicado em 11 Maio 2015, 11h00
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  • Por Péricles Malheiros

    5.134 km

    Veículos elétricos causam um fascínio especial no (já apaixonado por carros) consumidor brasileiro. Quando, em 2009, o minúsculo Smart ForTwo foi incorporado à frota, era comum ouvir motoristas, motoboys e até frentistas perguntando: “É elétrico?”. Fato é que os elétricos começam a rodar pelo Brasil.

    Se na edição de março o Leaf saiu para um passeio com o Renault Zoe, agora uma nova ação comparada foi necessária para receber outro convidado europeu, o BMW i3, o único dos três à venda no Brasil, a partir de R$ 225 900. O preço é salgado, mas é assim no mundo todo. No mercado norte-americano, por exemplo, o i3 custa quase o dobro de um Leaf. Na época em que o Leaf começou a circular no país – em caráter experimental, em
    São Paulo, como táxi –, os executivos da Nissan estimavam que, com as regras tarifárias brasileiras, ele teria de ser vendido por cerca de R$ 130 000. Uma fonte ligada à Anfavea afirma que uma política de incentivo exclusiva para carros elétricos será posta em prática pelo governo no segundo semestre deste ano.

    Nas ruas, o i3 é mais sedutor do que o Leaf. Aliás, até estacionado atrai mais olhares. Com as portas abertas, então, é covardia: com movimento invertido, as traseiras servem como ponto de ancoragem das dianteiras, eliminando a coluna central. Em compensação, com 3,99 metros de comprimento, o i3 é menos espaçoso do que o Leaf (4,45 metros), principalmente no banco traseiro, onde há espaço para apenas duas pessoas. No uso diário, na cidade, o BMW, mais compacto, é mais amigável — e compatível com a proposta de um elétrico — que o Nissan.

    Materiais nobres como alumínio (no painel) e fibra de carbono (nas soleiras de porta) dão requinte à cabine do i3. Seu sistema de regeneração de energia durante as frenagens é muito mais perceptível: você tira o pé do acelerador e a desaceleração é brusca. A reposição de carga é eficiente, mas exige atenção extra do piloto durante o período de adaptação. No Leaf, o sistema funciona de modo semelhante, mas com menor força de frenagem. O i3 tem ainda um pequeno motor a combustão que não participa da tração. Está lá apenas para carregar as baterias.

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