4759 km
“É elétrico? Quanto custa? Anda bem?”, perguntou um curioso ao editor Paulo Campo Grande. Ao saber que se tratava de um carro a gasolina, ele justificou a dúvida pela ausência da chave de ignição na coluna do volante (no Smart ela fica atrás da alavanca de câmbio). Desde que ele chegou, é assim: causa curiosidade por onde passa e é tão carismático quanto misterioso. “Nunca fiz isso quando morava na Espanha, mas posso tirar uma foto dentro dele?”, disse um colega da Editora Abril.
Situações como essas são comuns. Mais difícil é nos acostumarmos com as reduzidas dimensões externas do carrinho. Até porque seu interior proporciona uma sensação de espaço surpreendente para um ser do seu porte. O trânsito, dentro de um Smart, fica mesmo menos estressante: para um tímido disposto a fazer novas amizades, mais que um meio de locomoção, ele é um relações-públicas. As crianças perguntam se é um carro de verdade. Nosso caçula na frota quase nunca fica sozinho, sempre tem alguém rodeando. Em frente a um salão de beleza, um corretor de imóveis entregou um panfleto de condomínio de luxo para a cabeleireira. “Você pode entregar para a dona do Smart?”, disse, sem imaginar que o automóvel pertence à QUATRO RODAS. Claro que em casa, quer dizer, na redação, o assédio é igual. Há fila de espera para passar um fim de semana com ele, pois todos querem saber como vai ser a convivência. Houve até quem o levasse a dar uma volta de elevador…
Para responder à pergunta sobre como ele anda, nós o levamos para a pista de Limeira, quando registrava 1916 km no hodômetro. E não é que ele tem desempenho de gente grande? Fez de 0 a 100 km/h em 11,4 s, praticamente o mesmo pique do Focus 2.0: 11,3 s. O teste inicial traduziu números muito próximos aos do modelo cedido pela fábrica na época do lançamento. O nosso teve pequena vantagem na frenagem de 120 a 0 km/h, parando 2,7 metros antes.
Consumo
No mês (42,8% na cidade): Gasolina – 11,7 km/l
Desde set/09 (41,6% na cidade): Gasolina – 11,8 km/l