A Stellantis está próxima de mostrar os resultados dos seus últimos investimentos no Brasil. Seus primeiros carros eletrificados fabricados no Brasil chegarão às lojas em breve, até o final do ano. Ao que tudo indica, a primeira da fila será a Fiat com a dupla Pulse e Fastback com sistema híbrido leve. Mas quem é o segundo?
Ao que parece, será a Peugeot. De acordo com Rafael Filon, chefe de marketing e produto da Stellantis na América do Sul, a Stellanis ainda avalia qual será a próxima marca que adotará a arquitetura Bio-Hybrid, mas confirmou que os modelos 208 e 2008 serão híbridos leves em 2025.
Bio-Hybrid é como a Stellantis chama as tecnologias híbridas que vai implantar em seus carros flex, tanto para os híbridos leves (MHEV) quanto para os híbridos plug-in (PHEV). Eles são baseados nos motores 1.0 e 1.3 aspirados (Firefly) e turbo (GSE Turbo) e serão adotados nas diferentes plataformas das marcas do grupo. Os PHEV devem demorar um pouco mais para chegar. “Ainda estão em estudo”, disse Filon.
O sistema MHEV da Stellantis tem como intuito a redução de emissões de poluentes e de consumo de combustível. Assim como nos modelos da Fiat, será combinado ao motor 1.0 turbo de 130 cv e câmbio CVT, que também está disponível o 2008 e 208.
Em sua hibridização mais leve, a plataforma Bio-Hybrid usa um sistema elétrico de 12V alimentado por uma pequena bateria de íons de lítio. Um motor elétrico substitui o alternador e o motor de partida.
Esse conjunto gera um impulso extra de aproximadamente 4 cv para o motor a combustão em determinadas situações, como em velocidades de cruzeiro ou em partidas a frio. Isso reduz o esforço do propulsor, que passa a consumir um pouco menos de combustível. Outro trunfo é que ele também aquece o catalisador, ajudando o carro a emitir menos poluentes logo após a partida.
No Brasil, os carros com a arquitetura Bio-Hybrid sairão de três fábricas: Betim (MG), Goiana (PE) e Porto Real (RJ). Porém, os Peugeot 208 e 2008 são importados da Argentina.
A Stellantis confirmou um investimento de R$ 2 bilhões para fábrica de Córdoba nesta semana. Esse montante não deve incluir a produção de híbridos, mas sim uma nova família de veículos utilitários e um novo motor que poderá ser eletrificado em um segundo momento.