Enquanto tantas marcas chinesas chegam ao Brasil, outras reforçam sua estratégia. A GWM, que começou a vender carros no Brasil no ano passado, já oferece as linhas Haval e Ora, lançará em 2025 seu SUV mais barato e, no outro extremo, uma nova submarca dedicada aos seus carros mais caros, a Wey.
A divisão mais luxuosa da GWM leva o sobrenome do seu fundador e chairman, Jack Wey. A estreia será com dois lançamentos, o Wey 05 e o Wey 07, SUVs de porte médio e grande com acabamento luxuoso e mais tecnologia embarcada.
Como é o Wey 05
O Wey 05 é vendido como Wey Coffe 01 na China. É SUV híbrido (muito) maior que o Haval H6 e que poderá competir com modelos da Audi, BMW e Mercedes-Benz. Tem 4,87 m de comprimento, 1,96 m de largura, 1,69 de altura e entre-eixos de 2,91 m. Já o visual ostenta muitos cromados, faróis e lanternas full led e rodas de 21 polegadas.
Por dentro, o SUV tem aura premium, com acabamento de padrão mais elevado e visual tecnológico. São três telas: uma horizontal para o quadro de instrumentos, a central multimídia de 14,6” e outra para os comandos, como ar-condicionado, semelhante à modelos de Audi e JLR.
O 05 ainda tem porta malas elétrico, câmera 360°, bancos revestidos em Alcantara, head-up display com realidade aumentada, bancos dianteiros com aquecimento e ventilação, bancos traseiros com aquecimento, teto solar panorâmico, assistente automático de estacionamento e sistemas de condução semiautônoma nível 3.
O Wey 05 é equipado com um conjunto híbrido plug-in, sendo um motor 2.0 turbo dianteiro e outros dois elétricos que, juntos, entregam até 483 cv de potência e 86,3 kgfm de torque. A tração é integral e, segundo a marca, o SUV pode ir de 0 a 100 km/h em 5 segundos. O câmbio é automático de 9 marchas.
Há também uma bateria de 39,7 kWh para suportar o sistema híbrido. Pode rodar até 146 km no modo elétrico, segundo a GWM. Outro detalhe é o seu consumo, que pode chegar a 250 km/l no ciclo WLTP combinado, de acordo com a marca.
Como é o Wey 07
Mostrado no Salão de Pequim, o Wey 07 é um grande SUV, que também chegará ao Brasil. Com mais de 5 metros de comprimento e entre-eixos com mais de 3 metros, o modelo é ainda maior e tem até telão para a segunda e terceira fileira de bancos, pois tem sete lugares.
Chamado de Blue Montain na China, modelo não tem muitos destaques no design. São poucas curvas, design arredondado, além de faróis e lanternas em led afilados.
O interior é o mais chamativo no Wey 07. Há bancos individuais com ajustes elétricos, bem como três telas na frente, sendo uma para o painel de instrumentos e duas de infoentretenimento, além de um head-up display para o motorista. Na parte de trás, há uma outra tela ainda maior – ou televisão, depende de como quer chamá-la – semelhante ao que encontramos no BMW i7. Além disso tudo, ainda tem geladeira de 12,5 litros para os ocupantes.
Para a motorização, o SUV deve receber o mesmo conjunto do Haval H6, composto por um motor 1.5 turbo e dois motores elétricos mais potentes que, na China, somam 516 cv e mais de 93 kgfm de torque.
Ambos modelos devem chegar ao Brasil no ano que vem, mas ainda não há uma data oficial. Os preços serão altos: espera-se que o Wey 05 chegue na faixa dos R$ 350.000 a R$ 400.00, levando em conta de que o Haval H6 ultrapassa os R$ 300.000. Já o Wey 07 poderá beirar os R$ 500.000.
Novo Haval H4 também em 2025
Além dos carros mais luxuosos, a GWM trabalha para lançar um novo SUV de entrada previsto para ser lançado no Brasil também em 2025. Será o Haval H4, um SUV médio menor que o H6 e derivado do Haval Jolion vendido na Europa. Este, diferentemente dos Wey, será fabricado no Brasil.
O design será bastante diferente, porém, para cair no gosto dos brasileiros. Ainda não há confirmação sobre suas especificações, mas é provável que o modelo chegue aproveitando parte da mecânica do irmão H6 de entrada. Ou seja, manteria o motor 1.5 turbo de quatro cilindros, que será flex, combinado a um motor elétrico para entregar ao redor dos 240 cv em um sistema híbrido pleno, que dispensa recarga.
No ano passado, QUATRO RODAS pode conhecer e dirigir o H4. As primeiras impressões foram boas, porém, vale ressaltar que o trem de força do modelo testado é diferente do cotado ao Brasil. Naquela ocasião, o modelo tinha um sistema híbrido pleno, com motor 1.5 aspirado a gasolina de 95 cv e outro elétrico de 150 cv, que entregam juntos 189 cv e 38,2 kgfm.