Top Ten: nomes e emblemas que já foram motivo de orgulho
16V, turbo, 2.0, injeção eletrônica, automático... eles já significaram sofisticação e performance, mas hoje ninguém dá muita bola
AUTOMÁTICO DE 4 MARCHAS
O Automatic-4 que o Opala adotou em 1988 trazia boas referências – era usado pela BMW e pela Jaguar. O padrão dos automáticos de então eram três marchas. Hoje quem tem esconde, como o Toyota Etios e o Renault Duster.
INJEÇÃO ELETRÔNICA
No início ela era restrita a carros mais caros, como o pioneiro Gol GTi (1989) e o Santana 2000 i Executivo e o Monza 2.0i 500 EF (1990). Quando o “i” ficou comum, o jeito foi destacar o tipo de injeção, como a multiponto MPFI dos Chevrolet.
ÁLCOOL
O primeiro carro a álcool de série no Brasil foi o Fiat 147, de 1979. Mas, das plaquetas que identificavam a novidade, marcou época a do Ford Corcel II, com as gotinhas azuis em degradê. Para orientar o frentista, o bocal do tanque tinha o adesivo “álcool hidratado”.
TURBO
Era a pura tradução de esportividade. Chegou aos nacionais de passeio com o Uno em 1994 – a Ford F-1000 a diesel tinha desde 1991. Depois a Fiat usaria o emblema na grade do Tempra. Atualmente as marcas usam denominações como TFSI, EcoBoost e THP – e muitos nem sabem que ali há um turbo escondido.
IGNIÇÃO ELETRÔNICA
Em 1992, o Mille estava no auge e a injeção eletrônica era o que havia de mais sofisticado. Muita gente teve Mille Electronic, de 1993, sem saber que ele usava carburador – o “Electronic” era da ignição eletrônica, que aposentou o platinado.
6 MARCHAS
“Seu motor nem parece 1.0”, disse QUATRO RODAS sobre o Siena 6 Marchas, primeiro nacional com esse câmbio, em 1998. Ele melhorou nas subidas e ultrapassagens, mas não vingou no mercado. Nos carros atuais, só a alavanca revela que lá existem seis marchas.
16 VÁLVULAS
A sigla ressaltava o desempenho do Tempra mais luxuoso, que em 1993 foi o primeiro nacional com quatro válvulas por cilindro. Hoje nem mesmo os 1.0 utilizam o termo. Alguns, como o Firefly da Fiat, inclusive optaram por voltar às duas válvulas por cilindro. Outros, com três cilindros, somam 12 válvulas – algo que já não soa com tanta força.
FLEX
Para marcar a revolução que surgiu em 2003, os pioneiros festejaram com nomes pomposos: Total Flex (VW), Flexpower e Econo.Flex (Chevrolet) e Hi-Flex (Renault). Os que vieram depois encolheram para apenas Flex. Hoje alguns, como o Uno, nem avisam mais.
TRAÇÃO 4X4
O sistema já foi raro, complexo e caro. Por isso merecia destaque, como na Ford Pampa 4×4, de 1984. Isso foi quase uma década antes da F-1000 oferecer o recurso. Agora são utilizados termos como 4Motion e 4WD – e você que se vire para saber o que é.
LITRAGEM
Durante muito tempo, o volume de um motor era (pelo menos para os leigos) o item mais relevante para ser exibido ao público. A popularização do turbo e da injeção direta acabou com esse status – hoje temos motores 1.0 mais fortes que os 2.0 de poucos anos atrás.