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Táxis pretos de Londres têm design clássico, mas a maioria é elétrica

Modelos usam um motor a combustão para recarregar as baterias ou podem ser usados como plug-in

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h10 - Publicado em 7 dez 2023, 09h40
LEVCTXPic
LEV TX rmanteve o design retrô, mas as tecnologias são de ponta (Divulgação/Divulgação)
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Nova York podia ser famosa por ter os táxis Checkers, modelos que apareceram em vários filmes, incluindo aí o clássico Taxi Driver. Mas nenhum táxi é tão associado a uma cidade quanto os clássicos carros pretos de Londres. Embora sejam usados em outros países, os modelos TX são típicos da capital da Inglaterra. A despeito de terem mantido o design geral, mudaram muito com o tempo. Um bom exemplo é a eletrificação da frota.

Mais de 50% dos carros usados na praça se tornaram eletrificados. São veículos que se valem do mesmo princípio do BMW i3: usar um motor a combustão apenas para recarregar as baterias. No caso, um 1.5 turbo da Volvo de 82 cv. A potência do motor elétrico chega a 150 cv, suficiente para o dia a dia londrino.

O TX também é plug-in, ou seja, nem sempre é necessário acionar o tricilíndrico para recarregá-lo. A autonomia elétrica chega a 125 km. Depois disso, entra o extensor a gasolina, aumentando a autonomia total para 533 km.

Utilizar um propulsor a gasolina da marca sueca causa estranheza, mas o motivo por trás disso é o fato do fabricante pertencer aos chineses da Geely, grupo que também é dono da LEV (London Electric Vehicle), montadora que fabrica os famosos táxis pretos elétricos. A produção deles começou em 2017. 

Rampa integrada facilita o acesso de uma cadeira de rodas
Rampa integrada facilita o acesso de uma cadeira de rodas (Divulgação/Divulgação)
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Com 14.700 unidades, a frota não é nada pequena. Segundo o fabricante LEV, os TXs elétricos já percorreram 1,12 milhão de quilômetros, cerca de três vezes a distância entre a Terra e a Lua, além de terem deixado de emitir 200 mil toneladas de CO2. Já se foi a época dos motores a diesel econômicos, porém barulhentos e poluidores. 

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Os TXs e seus antecessores foram criados especialmente para atender os requisitos específicos do mercado local, exemplos da espaçosa cabine, a única capaz de comportar uma cadeira de rodas – há uma rampa integrada – ou seis passageiros em duas fileiras de assentos. Para facilitar o embarque, as portas traseiras abrem no sentido contrário. Há também teto de vidro panorâmico, um item que faz diferença no clima nublado de Londres. 

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Teto solar de vidro traz luz ao interior do táxi
Teto solar de vidro ajuda a trazer luz ao interior do táxi (Divulgação/Divulgação)

O diâmetro de giro reduzido também é um grande barato. São apenas 8,45 metros, manobra facilitada pelos 63 graus de abertura das rodas dianteiras. Um Renault Kwid exige 10 metros para fazer o mesmo. 

Embora sejam retrôs, os táxis têm itens de segurança avançados, tal como airbags do tipo cortina, aviso de mudança de faixa, reconhecimento de placas e frenagem autônoma de emergência. 

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Como não poderia deixar de ser, os veículos têm design clássico, algo que acompanha eles desde 1908. Sim, essa moda vem da época do reinado de Eduardo VII.

Houve mudanças com o tempo, o desenho se tornou mais arredondado, por exemplo. Nada que tenha alterado muito o espírito do TX. Mexer nisso para atualizá-lo seria como ver o Rei Charles com tatuagens e piercings, ou Sherlock Holmes fumando um cigarro eletrônico.

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