Um carro utilizado para ir de casa para o trabalho fica parado em média cerca de 22 horas por dia e mesmo assim gera um custo de R$ 15 000 por ano. Com esses números em mente (e uma inspiração americana), o engenheiro paulistano André Marin criou a Fleety, primeira rede de compartilhamento de carros entre pessoas da América Latina. “O objetivo é incentivar a utilização mais inteligente dos recursos já existentes. O proprietário pode rentabilizar o veículo e o locatário vai conseguir o tipo de carro e a localização que precisa por um preço mais acessível”, afirma Marin.
A ideia de alugar o próprio carro se popularizou nos EUA em 2013, em meio à crise econômica americana. A Sidecar que atua em San Francisco, Los Angeles, Seatlle, Chicago, Boston e Washington D.C, conta com uma lista de mais de 100 mil usuários em sua base de dados.Já a Getaround afirma que locar o carro por apenas 25% do tempo têm rendido aos seus clientes cerca de US$ 5 000 anuais.
Com um ano de operação em Curitiba (PR) e com nove meses em São Paulo (SP) a Fleety já tem 8 000 usuários e mais de 600 carros cadastrados. Os valores de aluguel variam entre R$ 5,00 e R$ 50,00 a hora, desde veículos populares até os mais luxuosos. Esses preços são estipulados pelo proprietário. O pagamento é realizado por cartão de crédito e evita, dessa forma, a inadimplência. A empresa cobra uma taxa de até 20% sobre o valor das transações, que incluem assistência 24 horas e seguro sobre roubo e colisões.
Para garantir segurança no compartilhamento, a Fleety verifica a validade da CNH do motorista junto ao Detran e o RENAVAM para garantir que o carro está com a documentação em dia. Após a utilização do automóvel, o cliente avalia o carro e o proprietário e as informações geram um ranking de satisfação no site e no aplicativo, disponível para Android e iOS.
Com o sucesso do novo modelo de negócio, há um mês surgiu a Pegcar, nos mesmos moldes da Fleety. Por enquanto a startup está em fase piloto nos bairros de Pinheiros e Vila Madalena em São Paulo.
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