Sertões 2025: saiba como será a 33ª edição do maior rali das Américas
Competição começa neste sábado (26) em Goiânia (GO), percorrendo 3.482 km ao passar por cinco estados brasileiros

Uma das provas de automobilismo mais tradicionais do Brasil, o rali Sertões 2025 começa neste sábado (26), percorrendo 3.482 quilômetros e atravessando cinco estados brasileiros. Como é de costume, a competição terá quatro tipos de veículos: carros, motos, quadriciclos e UTVs, além de uma nova categoria, a de carros clássicos.
A ação começou nesta sexta-feira (25), com o shakedown para as equipes, momento em que os veículos percorrem um trecho fechado para testar os equipamentos. Ainda hoje, acontecerá a largada promocional, com a apresentação dos veículos e das equipes.
No sábado, será a vez do Prólogo e do Super Prime. O Prólogo é uma competição de 11 km que funciona como treino classificatório. Os oito melhores colocados irão para o Super Prime, uma eliminatória em circuito fechado, determinando a ordem de largada.

O Sertões 2025 começará em Goiânia (GO), antes de seguir para Unaí (MG), Januária (MG), Bom Jesus da Lapa (BA), Xique-Xique (BA), Petrolina (PE) e Delmiro Gouveia (AL), até chegar em Marechal Deodoro (AL), onde os vencedores cruzarão a linha de chegada na Praia do Francês. Ao todo, o rali passará por cinco estados – Goiás, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Alagoas -, percorrendo 3.482 km, sendo 2.215 km cronometrados.
A novidade para a edição 2025 é, na verdade, algo com gosto antigo. A competição estreia uma categoria de clássicos, para veículos produzidos até 2005, ou seja, com 20 anos ou mais. Podem participar utilitários 4×4 de produção regular ou protótipos, 4×2 ou 4×4, com mais de 20 anos ou que tenham participado do Sertões até 2005.

Em ambos os casos, a organização determina que devem ter as características visuais originais de fábrica, sem troca ou remodelagem da carroceria. Também estão proibidos os motores V8 e transmissões com câmbio sequencial. O motor só pode ser trocado de acordo com a categoria correspondente à época, como motores a diesel por motores a gasolina em carros Super Production.
Como exemplo, a organização do Sertões cita os seguintes modelos como utilitários que podem participar da categoria clássicos:
- Mitsubishi L200 RI, RII e RIII (até 2005)
- Mitsubishi L200 RS (2004 à 2010)
- Mitsubishi Pajero TR4 RI, RII e RIII (2003 à 2009)
- Mitsubishi Pajero Full (1992 à 2007)
- Mitsubishi L200 Evolution I e II (2001 à 2004) com suspensão original.
- Mitsubishi Pajero Evolution 1998 e 1999
- Troller RF e T4
- Chevrolet S10 primeira geração
Como acompanhar
A corrida terá atualizações em tempo real pelo site oficial do Sertões, além de notícias e os resultados de cada etapa. As redes sociais da categoria no Instagram e no X também farão posts ao longo de todos os dias de competição. A QUATRO RODAS é parceria de mídia do Sertões 2025 e trará notícias ao longo dos nove dias.
Para quem quiser ver um pouco do que acontece em vídeo, o canal no YouTube do Sertões fará dois programas especiais. O Levanta Poeira, das 8h às 11h, mostrará as largadas das especiais cronometradas, enquanto o Baixa Poeira, das 14h às 14h30, exibirá a chegada.
Roteiro da edição 2025
26/7 – Prólogo / Super Prime: Goiânia (GO)
27/7 – Primeira etapa: Goiânia (GO) / Unaí (MG)
DI: 26 km / SS: 283 km / DF: 227 km – Total: 536 km
Após um deslocamento curto, competidores vão atravessar estradas vicinais de piso duro entre pequenas fazendas, com muitas curvas. Técnica, a especial vai exigir de pilotos e navegadores já nos primeiros quilômetros.
28/7 – Segunda etapa: Unaí (MG) / Januária (MG)
DI: 40 km / SS: 301 km / DF: 75 km – Total: 416 km
A mais extensa especial do Sertões 2025 começa rápida em estradas de fazenda com uma passagem por serra – serão cerca de 100km neste tipo de piso. Após o reabastecimento, o cenário se modifica: entram as estradas estreitas de areia, técnicas e com muitas curvas. Nos últimos quilômetros os caminhos se estreitam ainda mais por entre pequenos sítios, com alguns trechos de trial.
29/7 – Terceira etapa: Januária (MG) / Bom Jesus da Lapa (BA)
DI: 80 km / SS: 290 km / DF: 64 km – Total: 434 km
O trecho cronometrado se inicia em uma área de mata fechada, com possibilidade de alguns atoleiros. Segue por estradas vicinais estreitas, de piso semelhante ao da região do Seridó.
30/7 – Quarta etapa: Bom Jesus da Lapa (BA) / Xique-Xique (BA) (Maratona)
DI: 19 km / SS: 276 km / DF:183 km – Total: 478 km
Estradas vicinais sinuosas compõem a primeira parte da especial até o km 78, quando se inicia a subida de uma serra íngreme com piso de pedras pelos próximos 13 km. O percurso segue técnico e exige atenção especial até o km 131, quando se inicia uma sequência de 10 km com trechos de trial. Caminhos estreitos e com pedras fecham o desafio do dia, o primeiro da Maratona. Será preciso ter cuidado com os pneus para evitar furos. Em Xique-Xique, apenas os próprios competidores poderão fazer a manutenção dos próprios veículos, dentro do tempo estabelecido pelo regulamento.
31/7 – Quinta etapa: Xique-Xique (BA)/ Petrolina (PE) (Maratona)
DI: 51 km / SS: 296 km / DF: 123 km – Total: 470 km
No segundo dia da Maratona pilotos e navegadores se encontram com as areias da região de Xique-Xique. Elas são o terreno pelos primeiros 224 km de especial – estradas largas com areia dura. Em seguida é a vez de um trecho de serra com pedras que concluirá a parte cronometrada do dia. Mais uma vez será fundamental ter atenção com os pneus.
1/8 – Sexta etapa: Petrolina (PE) / Delmiro Gouveia (AL)
DI: 78 km / SS: 280 km / DF: 57 km – Total: 415 km
A sexta etapa se inicia por pistas rápidas e sinuosas de areia dura, que se estreitam a partir do km 80, quando o terreno muda para a piçarra. Travessias de riacho e alternância entre piçarra e cascalho levam até o abastecimento. A partir daí, atenção para um trecho sinuoso com piso de pedras soltas, em que as máquinas tendem a escorregar. Estradas de areia pesada e trechos de trial marcam os últimos 30 km.
2/8 – Sétima etapa: Delmiro Gouveia (AL) / Marechal Deodoro (AL)
DI: 9 km / SS: 235 km / DF: 175 km – Total: 419 km
A especial avança por estradas vicinais que alternam piso de areia e piçarra, com bastante navegação. Trechos de trial são o principal desafio nos quilômetros finais.
3/8 – Oitava etapa: Marechal Deodoro (AL) / Marechal Deodoro (AL)
DI: 40 km / SS: 254 km / DF: 20 km – Total: 314 km
Nada de refresco no último dia, que pode decidir a prova. A especial em laço exigirá muita navegação atravessando trechos de mata com partes de trial.