Seguro popular deverá custar 30% menos que o convencional
Nova modalidade usará peças usadas ou seminovas em reparos. Objetivo é atender a veículos com mais de cinco anos de uso
Acidente de trânsito na Avenida dos Bandeirantes
Atualmente, 70% da frota nacional roda sem seguro, segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Para a entidade, é um número alto demais. E isso motivou a regulamentação de uma nova modalidade de seguro, batizada de Seguro Auto Popular.
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Essa apólice pode ser até 30% mais barata que a convencional e tem como principal diferença a utilização de peças seminovas e usadas no reparo dos carros assegurados que venham a sofrer algum tipo de sinistro. O maior foco são os veículos com mais de 5 anos de uso, mas a proteção pode ser contratada para modelos de qualquer idade, inclusive os zero-km. “Com a aprovação da Lei do Desmanche, em 2014, foi possível desenvolver uma modalidade em que as seguradoras possam usar peças recicladas no conserto dos veículos”, diz Roberto Westenberger, superintendente da Susep.
O executivo salienta que componentes relacionados aos itens de segurança devem ser novos, como freios e amortecedores. As normas dizem ainda que o segurado também poderá optar, em caso de danos parciais, entre a utilização de oficinas da rede credenciada ou por livre escolha.
“Como o custo de reposição de uma peça é parte importante na composição do preço do seguro do carro, o seguro popular pode apresentar valores até 30% menores do que nas coberturas tradicionais”, diz Mauricio Antunes, diretor de marketing da Bidu Corretora.
O superintendente da Porto Seguro, Fabio Frasson, acredita que a resolução precisará de ajustes para atender melhor o mercado. “As peças de reuso homologadas são insuficientes para reparar os veículos. Seria necessário permitir o uso de componentes novos não originais e importados”. afirma.
As seguradoras ainda estão em processo de adequação à nova resolução para lançar essa modalidade de seguro. Por ora, nenhuma empresa comercializa os planos populares.