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Quanto tempo e dinheiro são gastos para carregar o carro elétrico em casa?

Um resumo com todas as informações de tempo e custo para encher a bateria de um carro elétrico em casa e sem dor de cabeça

Por Eduardo Passos
19 jul 2024, 17h00
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  • Para quem faz a lição de casa, a recarga doméstica é mais simples do que parece (Divulgação/Jeep)

    Apesar de vantagens inegáveis como a dirigibilidade mais ágil, carros elétricos têm um grande problema a resolver: o carregamento. QUATRO RODAS sempre reforça que o dono de um elétrico precisa ter um carregador em casa para que sua vida não vire um pesadelo.

    Mas qual carregador é esse? Em geral, há três tipos diferentes de carregamento, e eles são bem diferentes em termos de preço e tempo na tomada. Para exemplificar essas diferenças, selecionamos o carro elétrico mais vendido do Brasil (BYD Dolphin) e um dos que têm carregamento mais eficiente (Renault Megane E-Tech) à venda aqui.

    Quanto tempo e dinheiro são gastos para carregar o carro elétrico em casa?
    Quem tem wallbox em casa raramente passará raiva com a autonomia, mesmo em modelos mais baratos da BYD (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Tomada residencial

    Essa é a forma mais fácil de recarregar um veículo elétrico, e consiste basicamente em conectá-lo a uma tomada residencial. Para isso, é necessário utilizar um carregador portátil que, de vez em quando, vem junto ao veículo zero-km.

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    Numa ponta, está o plugue que encaixa no carro e, no outro, um plugue de três pinos residencial e a potência máxima fica entre 1,5 e 3 kW, a depender da tomada. Quem comprar um adaptador desse à parte paga cerca de R$ 2.000.

    Tempo de recarga na tomada residencial

    Carregador Intelbras
    A partir de R$ 1.000 é possível encontrar o adaptador que conecta carros elétricos à tomada residencial comum (Intelbras/Divulgação)

    O problema é o tempo: para encher a bateria de um BYD Dolphin dessa forma, leva-se intermináveis 23 horas. Em média, uma hora na tomada acrescenta 12 km de autonomia. No caso do Renault Megane E-Tech, com bateria maior, são gastos 30h45 para uma recarga completa.

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    Wallbox para carro elétrico

    O tipo ideal de carregamento residencial é aquele feito por wallboxes, que são as pequenas caixas que ficam presas à parede e têm um cabo embutido. Já explicamos em detalhes como é feito esse processo, mas, em resumo, é necessário comprar o equipamento e pagar pela instalação, mas uma vistoria prévia pode ser necessária.

    Proposta dos Bombeiros gerou repercussão bem negativa, motivando extensão dos prazos
    Wallboxes também são comuns em estacionamentos (Divulgação/Volvo)

    Os wallboxes funcionam sempre com corrente alternada (AC) e com potências que vão de 3,6 kW a 22 kW. Mas atenção: todo carro elétrico tem uma potência máxima em corrente alternada e outra em corrente contínua (DC).

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    Tempo de recarga no wallbox

    No caso do BYD Dolphin, o carregamento AC é feito com até 6,6 kW (o comum à maioria dos carros vendidos é pelo menos 7,4 kW). Um wallbox dessa potência pode encher a bateria do compacto em 7h15, com cada hora na tomada acrescentando 37 km de alcance. É raro que o dono chegue em casa com bateria zerada; logo, uma noite na tomada é mais do que suficiente para que, no dia seguinte, seja possível rodar os 374 km de autonomia que o Dolphin cravou em nosso teste.

    Com 220 cv e 30,6 kgfm, ele vai de 0 a 100 km/h em 7,3 s
    Renault Megane E-Tech se destaca pela alta potência tolerada na recarga AC (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Aí há uma diferença importante do Renault Megane E-Tech, cuja recarga AC ocorre em potência máxima de 22 kW: em meras 3h15 a bateria do SUV é completamente enchida; uma hora no wallbox aumenta o alcance em 110 km, na média. Antes um wallbox desse custava caro, mas já há opções como o da NeoCharge, que custa R$ 5.300.

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    Carregamento rápido

    Não há jeito mais rápido de encher o “tanque” de um carro elétrico do que utilizando um carregador em corrente contínua. Mas um desses supera facilmente os R$ 100.000 e, dependendo da potência, saem por mais de R$ 1 milhão. Sem contar com os gastos na infraestrutura, que tornam o carregador DC uma opção para locais públicos, como postos na beira de estrada.

    Tempo de recarga no carregador DC

    Carregadores de carros elétrico da Volvo, eletroposto instalado no Brasil (3)
    Carregadores DC são grandes, barulhentos, caros e muito mais rápidos (Divulgação/Volvo)

    A potência é tanta que, perto dos 100%, todos os carros elétricos diminuem a taxa de recarga a fim de evitar danos e aumentar a vida útil da bateria. Por isso, a métrica mais utilizada nesse caso é o tempo gasto de 10% a 80%. São 40 minutos gastos pelo BYD Dolphin (a 60 Kw) e 30 minutos pelo Megane E-Tech (130 kW). Mas a bateria do francês é bem maior, de modo que, 30 minutos de carga acrescentam-no 265 km de alcance, contra 135 km do carro chinês.

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    Preço da energia

    Um detalhe importante é que, no carregamento AC, paga-se o preço da energia residencial, enquanto o carregamento DC tem valores definidos pela empresa que é dona do carregador e busca lucrar com ele.

    Logo, encher os 45 kWh do Dolphin em casa custaria R$ 45. Os 60 kWh do Megane saíram por R$ 60, mas isso é suficiente para 438 km de rodagem: um Renault Kwid a gasolina gastaria R$ 146 para percorrer o mesmo tempo, segundo nosso teste e o preço médio da gasolina no Brasil hoje (19/7).

    Num carregador DC, um valor comum é de R$ 2/kWh, que ainda manteria os carros elétricos como a opção mais vantajosa. Contudo, o custo pode chegar a R$ 4/kW, como nos carregadores da Volvo, fazendo com que andar com um carro a gasolina ou etanol fique mais barato.

    Eletropostos muito rápidos, úteis para veículos luxuosos e de baterias muito grandes, encarecem a coisa, mas eis o preço da comodidade.

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