Um dos cartões-postais de Nova York é a Ponte do Brooklyn. A estrutura que liga o bairro a ilha de Manhattan é figura fácil em filmes de Hollywood – incluindo as perseguições alucinadas de carros. Mas, no que depender do empresário Kevin Shane e do arquiteto Jeff Jordan, uma nova ponte passará a se destacar no horizonte nova-iorquino num futuro não tão distante: a Ponte da Liberdade (Liberty Bridge).
O nome faz com que as pessoas associem a ponte à famosa Estátua da Liberdade, mas talvez essa não seja a melhor explicação para o tema. Na verdade, a proposta da estrutura é de que ela seja uma via de livre circulação para pedestres e ciclistas. Como você pode perceber, a ideia é de que os carros sejam proibidos de circular por ela.
A proposta não é pioneira nem fantasiosa. Outros locais já têm pontes de grandes dimensões para pedestres em funcionamento, como Teerã (Irã), Londres (Inglaterra), Cingapura, Omaha e Council Bluffs (as duas nos Estados Unidos). Em vez de asfalto e faixas de rolamento, bancos, áreas jardinadas, pequenas lojas e até cafeterias dominando o espaço.
A grande diferença – literalmente – da Ponte da Liberdade é sua extensão: uma milha, o equivalente a 1,6 quilômetro, ligando Manhattan a Nova Jérsei. “Sempre penso grande e um pouco exagerado. Empreendedores são pessoas que buscam soluções. Eles veem problemas, mas também veem soluções. Eu experimento todos os dias, às vezes levo uma hora e meia para ir trabalhar. Muitos só olhariam e se lamentariam, mas eu tento uma solução”, diz Shane, morador de NJ e que trabalha em Manhattan.
Por enquanto, o projeto da Ponte da Liberdade está em fase incipiente de desenvolvimento. Os idealizadores pretendem dar início a uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding), já que possuem um documento com milhares de assinaturas de moradores da região avalizando a ideia. Apesar disso, ainda não há qualquer prazo para o pontapé inicial.
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