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Primeiro VW Fusca brasileiro saía do forno há 60 anos; relembre história

Modelo dotado de componentes nacionais começou a ser feito em 3 de janeiro de 1959; depois, outros 3,1 milhões de exemplares seriam produzidos

Por Leonardo Felix, Paulo Campo Grande, a37171
Atualizado em 22 jan 2019, 10h43 - Publicado em 3 jan 2019, 11h59
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    Fábrica do ABC paulista em 1970. Esta foi a primeira da Volkswagen fora da Alemanha (Divulgação/Volkswagen)

    Três de janeiro de 1959. Há exatos 60 anos, saía da linha de montagem de São Bernardo do Campo (SP) o primeiro Fusca brasileiro.

    Sim, o modelo, conhecido à época como “Volkswagen Sedan”, já era montado localmente desde 1951, porém foi naquela data do fim da década de 50 que o icônico compacto passou a ser fabricado com peças nacionais. Antes, usava partes importadas da Alemanha.

    Tudo começou ainda em 53, quando o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, proibiu a importação de veículos já montados ao país.

    Para não ficar de mãos atadas, a Volkswagen improvisou uma linha de produção num galpão do bairro do Ipiranga, em São Paulo capital, onde começou a montar em sistema CKD o Fusca e também a Kombi.

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    O galpão na Rua do Manifesto, bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde o Fusca foi montado à base do improviso entre 53 e 58 (Divulgação/Volkswagen)

    Segundo a fabricante, 12 funcionários foram responsáveis por montar, com boa dose de força braçal, 2.268 unidades do sedãzinho no local entre 53 e 58.

    Já em 1957 a marca germânica começou a produzir a Kombi no complexo da rodovia Anchieta, em São Bernardo, de onde hoje saem Polo e Virtus. Foi só no princípio de 59, porém, que conseguiu iniciar o fabrico do Fusca, chegando a 54% de componentes nacionalizados.

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    O presidente Juscelino Kubitschek desfilou em um Fusca conversível na inauguração da fábrica da Anchieta, em novembro de 59 (dois anos depois de o complexo já estar em operação) (Divulgação/Volkswagen)

    Naquela época o Fusquinha utlizava um motor quatro cilindros refrigerado a ar de 1,2 litro, capaz de render modestos 36 cv. Tração era traseira, claro, assim como o posicionamento do próprio propulsor.

    Câmbio de quatro marchas não contava ainda com a primeira sincronizada, o que significa que tal marcha só podia ser engatada com o veículo parado.

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    Entretanto, havia algumas evoluções em relação ao Fusca CKD montado no Ipiranga: um novo volante “cálice”; maçanetas externas com botão de acionamento; para-sol emborrachado; dínamo de 160 Watts; vidro traseiro retangular; novas opções de cores.

    Em 61 o câmbio do Fusquinha enfim passou a ter a primeira marcha sincronizada – mas a ré jamais seria -, ao passo que no ano seguinte a carroceria do modelo começou a ser confeccionada por fornecedor local. Com isso, o índice de nacionalização alcançou 95%.

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    O não tão lendário Fusca Itamar (Divulgação/Volkswagen)

    Entre 59 e 86, quando a primeira fase de sua produção foi encerrada, a Volkswagen vendeu 3,1 milhões de exemplares do Fusca brasileiro. De 93 a 96, quando a fabricação do chamado “Fusca Itamar” foi retomada, saíram do ABC paulista outros 47.000 exemplares do modelo.

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