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Powerbank gigante promete transformar caminhões a diesel em híbridos

Empresa propõe levar um pack de baterias com um motor elétrico atrás do cavalo mecânico e promete economia de combustível

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h29 - Publicado em 30 jan 2024, 20h47

Projeto da Revoy propõe uma forma mais barata de hibridização de caminhões

A ansiedade de ver a bateria do celular se esvaindo é real, mas tem uma solução. Mesmo longe das tomadas, você pode usar um powerbank, aquelas baterias portáteis. É o mesmo que propõe a Revoy, uma startup que deseja oferecer a mesma funcionalidade aos motoristas de caminhões.

Funciona assim: atrás do cavalo mecânico diesel, é adicionado um enorme módulo. A unidade comporta uma bateria de 525 kWh e um potente motor elétrico capaz de movimentar o seu próprio eixo de tração. O conjunto é conectado ao modelo por meio do pino-rei e a quinta roda vai no próprio módulo, permitindo acoplar o trailer ali. Segundo a Revoy, a autonomia na eletricidade chegaria aos 400 km. Um híbrido plug and play, plugou e usou.

Um pack de baterias desse tamanho levaria muito tempo para ser recarregado e, como todos sabem, no mercado de fretes e transporte geral, cada minuto parado é dinheiro jogado fora. Para convencer futuros clientes, a Revoy afirma que terá pontos de troca de baterias espalhados pelos Estados Unidos, permitindo assim a substituição do “reboque” em apenas cinco minutos – o que parece bem otimista, na verdade. O processo é auxiliado pelo fato da unidade ter tração própria.

Há outros desafios, um deles é a questão do peso máximo. Os caminhões norte-americanos não são afetados pelas mesmas regras de comprimento total, pois a legislação local não conta o “cavalo” como parte do conjunto. Mas há o peso máximo, cujo limite é abaixo de 40 toneladas, bem menor do que o imposto no Brasil.

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Módulo com motor e baterias do caminhão híbrido da Revoy — O módulo com baterias também tem um potente motor elétrico, porém, não foram divulgados mais dados (Revoy/Divulgação)

Para compensar um pouco, o apetrecho promete aumentar muito o desempenho, uma vantagem que não vale apenas para os caminhões que levam cargas ultrapesadas. Graças ao fortíssimo freio motor de um propulsor elétrico, a capacidade de frenagem é melhorada. Sensores de estabilidade, ponto cego e ré completam o pacote, podendo funcionar em complemento aos do próprio caminhão.

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Claro que nada disso adiantaria sem economia, afinal, ainda não há preço definido para a novidade da Revoy, mas ela tem que ser vantajosa para justificar o custo. Nesse ponto, a empresa promete uma eficiência três a cinco vezes maior do que a de um caminhão a diesel convencional.

A companhia afirma que a economia anual por veículo chega a 25.000 dólares, quase R$ 125.000. Tais números variam de acordo com os planos oferecidos para diferentes tamanhos de frota. Somado ao dinheiro economizado, há também a vantagem de gastar menos para baixar o nível de emissões dos veículos, uma exigência ambiental inescapável.