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Porsche cria alternativa barata aos freios cerâmicos

Discos com carboneto de tungstênio custam um terço dos carbocerâmicos presentes em esportivos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 jun 2019, 18h51 - Publicado em 20 dez 2017, 17h50
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  • Disco de freio PCSB Porsche
    Novo sistema de freios custa 1/3 dos carbocerâmicos (Divulgação/Porsche)

    A terceira geração do Porsche Cayenne está mais sofisticada. Tem, por exemplo, eixo traseiro esterçante, amortecedores adaptativos (que se adaptam às irregularidades do piso) e controle dinâmico de chassi.

    Mas um carro tão grande e que se destaca pelo bom desempenho (a versão intermediária S, com 446 cv, chega aos 100 km/h em menos de 5 segundos) precisa de bons freios. Duro é ter que pagar mais de 10 mil euros (ou quase R$ 40 mil, quase 10% do preço do carro) para ter freios cerâmicos.

    São freios feitos de um compósito de carbono e cerâmica. Eles duram mais, proporcionam maior atrito com as pastilhas, a ponto de reduzir a distância de frenagem em até 25%, e dissipam o calor tão bem que praticamente não há fadiga. Por isso são usados nos carros de Fórmula 1.

    O grande porém é o preço. E isso afasta inclusive clientes endinheirados. Não é raro o veículo vir de fábrica com essa tecnologia, mas ter o item substituído por outro comum no momento da troca.

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    Disco de freio PCSB Porsche
    Discos recebem revestimento de carboneto de tungstênio (Divulgação/Porsche)

    Para contornar isso, a Porsche encontrou um jeito de entregar freios com desempenho mais próximo dos freios cerâmicos, mas por um terço do valor.

    O Porsche Cayenne estreia o chamado Porsche Surface Coated Brake (PCSB), freio com superfície revestida em tradução literal. Ele usa discos de alumínio (que dissipa o calor muito bem) com revestimento de carboneto de tungstênio, um material muito duro e bastante resistente a abrasão.

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    De acordo com a empresa, o carboneto de tungstênio estende a durabilidade do sistema de frenagem em 30% em comparação com o sistema convencional. Ele também garante maior atrito com as pastilhas de freio, o que melhora as frenagens frente ao sistema convencional.

    Disco de freio PCSB Porsche
    Porsche diz que os discos de freio ganham aspecto espelhado com o uso (Divulgação/Porsche)

    Mas o melhor de tudo é que os freios PSCB são opcionais de 3.394 euros no Cayenne S. E é item de série no Cayenne Turbo. A ideia da fabricante alemã é oferecer esta tecnologia em todos os seus modelos no futuro.

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    Não que isso seja importante, mas a Porsche diz que após os primeiros 600 km os discos de freio passam a ter a superfície brilhante, o que dá aspecto diferente ao sistema.

    Os freios PSCB ainda liberam menos fuligem do que os outros tipos de freio. É tão pouco que a Porsche usa pinças brancas para identificar a presença deste sistema.

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