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Pedir “carro voador” pelo app no RJ pode custar só o dobro de um Uber

Estudo da consultoria americana Deloitte define que percorrer distâncias curtas de helicóptero é mais barato que chamar Uber na categoria Black, a mais cara

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 jun 2022, 16h20 - Publicado em 10 jun 2022, 14h58
GOL EVTOL
Gol quer lançar serviço de eVTOLs no Brasil a partir de 2025 (Gol/Divulgação)
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Os “carros voadores” à moda dos desenhos não deve existir, mas os novos “taxis aéreos” são uma alternativa próxima disso. Veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, eles tendem a ser como drones gigantes e muitas vezes autônomos, e o Brasil é um dos mais fortes nessa iniciativa.

Subsidiária da Embraer, a Eve pretende, até 2026, iniciar rotas desses táxis no Rio de Janeiro, Miami e Londres. O projeto apresentado mistura conceitos de ônibus, táxis e motoristas de aplicativo; nele, há rotas pré-estabelecidas que são percorridas pelos “carros voadores”. Reserva, pagamento e outras interações são feitas pelo celular e outros dispositivos.

Uma boa notícia é que, segundo a gigante de consultoria Deloitte, o preço também ficará perto do chão. Um estudo da empresa concluiu que, em breve, pegar um eVTOL será mais barato do que um táxi executivo.

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A empresa calcula que, enquanto uma viagem com um carro de aplicativo comum seja estimada em US$ 55 por 66 minutos, o valor do serviço com um veículo premium sairia por US$ 104,50. Com um táxi aéreo, o mesmo trajeto sairia por US$ 75, além de durar apenas 15 minutos.

Protótipo de carro voador da Embraer
Modelo de eVTOL da Embraer (Embraer/Divulgação)

Uma outra simulação considera uma viagem do aeroporto internacional de Nova Iorque ao centro da cidade. De táxi, o trajeto é feito em mais de uma hora, com preços que vão de US$ 63 a US$ 112, dependendo do nível do carro. A expectativa é que, em 2025, fazer essa rota de eVTOL custe US$ 60, com apenas 15 minutos de viagem.

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Pelo fato de ser propriedade da brasileira Embraer, aumentam as probabilidades da Eve manter um preço competitivo na operação carioca. Outro ponto favorável é que a empresa já vem se reunindo com várias autoridades brasileiras, a fim de regulamentar eventuais questões e concretizar seu plano de fabricar infraestrutura para o “segmento aéreo urbano”.

Em contas simples, se o preço da Deloitte fosse aplicado ao Rio de Janeiro, ir do Galeão à Barra da Tijuca custaria cerca de R$ 300, convertendo diretamente. Isso seria aproximadamente o dobro do preço de um Uber Black, por exemplo, que custa em torno de R$ 130 em momentos de pouca demanda.

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A rota “Galeão-Barra” já se tornou um experimento real da Eve, que simulou a rota com passageiros reais (que pagavam R$ 99,00 pelo bilhete) e usando um helicóptero. A ideia da companhia era exemplificar a praticidade da rota, que dura aproximadamente 15 minutos.

Redução de preço no futuro

A consultoria espera também que a indústria de mobilidade aérea avançada “amadureça rapidamente” por fornecer rapidez e economia em viagens aéreas para curtas distâncias.

Representação do Carro voador da Hyundai com a Uber
O protótipo foi apresentado em 2020, mas ainda sem a capacidade de sair do chão (Divulgação/Hyundai)

O estudo menciona ainda uma possível redução no preço por assento de passageiro dos táxis aéreos em cerca de 8% em cinco anos, devido ao aumento da frota e maior demanda por parte das pessoas. Além disso, ressalta que o preço por assento deve ser menor para rotas mais longas (entre cidades).

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“Um preço mais baixo por assento com o tempo, provavelmente criaria mais demanda porque a vontade do consumidor em pagar por um transporte mais rápido deverá ser um dos principais fatores que impulsionarão a adoção do táxi aéreo”.

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Outro ponto apontado pelo estudo é que, enquanto o veículo terrestre gera em torno de 10,45 kg de dióxido de carbono na atmosfera, o táxi aéreo tem zero emissão de poluentes.

Para manter o alto índice de competitividade dos táxis aéreos, porém, a Deloitte diz que seria necessária uma ocupação de 100% dos passageiros, o que não necessariamente acontece em viagens de avião, por exemplo.

 

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