Para CEO, Audi precisa de clareza sobre as leis antes de decidir sobre fábrica no Brasil
Rupert Stadler fez declarações durante celebração em Puebla, no México
“Estamos estudando agora alguns detalhes, mas mesmo que o governo não seja muito claro quando se trata de localização, que tipo de partes que elas significam?”, disse Rupert Stadler aos repórteres na cidade de Puebla, no México, depois que a Audi comemorou o início da operação de uma fábrica que vai abrir em meados de 2016, com um investimento de US$ 1,3 bilhões.
“O quadro geral das leis e regulamentos não são transparentes”, acrescentou o CEO da Audi. “Então você não pode dizer agora: ‘Eu vou para o Brasil’, porque você não sabe os detalhes”, afirmou Stadler.
O Brasil é o quarto maior mercado automotivo do mundo e muitas montadoras estão abrindo fábricas por aqui para evitar as tarifas sobre veículos importados. Funcionários da Audi já disseram no passado que a empresa pode adicionar uma fábrica no Brasil.
Segundo a Reuters, funcionários da VW afirmaram em março que eles viram as vendas da indústria automotiva brasileira em 2013, e que o ritmo dos investimentos em fábricas locais depende da demanda. A BMW, “rival” da Audi, anunciou que planeja abrir uma fábrica no Brasil no final de 2014.
Enquanto a Audi tem as aprovações governamentais necessárias para proceder, se quiser, Stadler disse que não vai investir sem mais clareza. “Tem que ficar claro”, disse ele. “Quais são as condições? Qual é o requisito para a localização? Isso é muito complicado, por isso precisa de algum tempo.”
Stadler disse também que a abertura da fábrica de montagem mexicana em três anos não fecha a porta para a fabricação de veículos da marca nos Estados Unidos.”Isso está absolutamente aberto, no futuro, porque sempre depende do que carro que você quer discutir, onde está o principal mercado e se é a estrutura certa”, disse ele.
A VW fabrica carros da marca em sua fábrica em Chattanooga, no Tennessee, mas não monta veículos da Audi nos Estados Unidos.