Novo VW Tiguan chega aos EUA sem versões híbridas e decepciona

O Salão de Los Angeles está acontecendo nos Estados Unidos e a Volkswagen aproveitou para apresentar o novo Tiguan 2025 por lá. Mas a revelação do SUV parece ter mais decepcionado do que empolgado o público americano.

Lojistas e possíveis compradores do modelo aguardavam por uma variante híbrida, mas o que chegou foi um SUV apenas com motor a combustão. A expectativa era grande, afinal, a demanda por híbridos nos EUA vem aumentando. Por isso, teoricamente, o Tiguan não ficaria de fora dessa onda, já que atualmente é o modelo mais vendido da Volks no país.

Para piorar, a chegada de versões híbridas do Tiguan americano ainda pode demorar. Em conversa com a Green Car Reports, o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, admitiu que, embora os vendedores americanos estejam “solicitando híbridos em alto e bom som”, ainda vai levar alguns anos até que o Tiguan híbrido chegue aos EUA.

E nem é uma questão de desenvolver uma motorização nova, afinal, o Tiguan é um carro global e já tem versões híbridas em outros lugares, como na Europa. O problema é que a VW não estava pronta para isso e planejava aumentar o números de elétricos nos EUA.

Apesar do contratempo, Andrew Savvas, diretor de vendas e marketing da Volkswagen na América do Norte, afirma que o Tiguan híbrido — seja ele plug-in (PHEV) ou convencional (HEV) — não está descartado, e enfatizou que o que determinará qual motorização chegará aos EUA depende das regras e regulamentações de emissões que serão impostas.

E isso estende-se a outros modelos da linha, como o irmão maior, Atlas. Schäfer afirmou que o maior SUV da VW também ganhará uma versão híbrida, mas eles ainda estão planejando se será um HEV ou PHEV. O Taos também está nos planos de eletrificação, mas é o último da fila.

E como é o novo Tiguan?

O Tiguan revelado em L.A. é a terceira geração, que ainda chegará ao Brasil, mas sem data confirmada. Enquanto nos Estados Unidos, as vendas devem começar na metade de 2026.

Apesar da decepção de não terem uma versão híbrida, os americanos terão que se contentar ainda só com a opção de cinco lugares, já que o de sete lugares, chamado de Tiguan Allspace, deu lugar para o Tayron, desenvolvido na Alemanha.

Mas há o que comemorar. O Tiguan está mais seguro, já que ganhou airbags de joelho e laterais traseiros, totalizando 10 bolsas ao todo. Ele também vem com o VW IQ.drive, o pacote de recursos ADAS que inclui piloto automático adaptativo, assistência em mudança de faixa e monitoramento de ponto cego.

Sob o capô há mais novidades. O motor 2.0 turbo está 17 cv mais potente, chegando aos 201 cv na atual geração. O que vai parecer mais, já que o SUV ficou cerca de 77 kg mais leve graças ao uso de componentes de suspensão de aço e alumínio de alta resistência – embora tenha ficado maior.

O 2.0 está acompanhado do câmbio automático de oito marchas, que por padrão distribui a força apenas para as rodas dianteiras. Mas se o cliente quiser, é possível adquirir a versão com a tração integral 4Motion.

Visualmente também há novidades. O novo Tiguan se inspira na família de elétricos ID., em especial o ID.4, mas é praticamente idêntico ao Tayron europeu. Isso fica bem claro quando observamos os faróis mais estreitos, a barra de LED que acompanha a linha do capô, a lanterna traseira que corta todo o porta-malas e a enorme grade.

Por dentro, a cabine abusa de materiais mais nobres como a madeira de nogueira americana e couro. Há ar-condicionado de três zonas, iluminação ambiente de 30 cores e um sistema de áudio premium Harman Kardon de 12 alto-falantes. As funções podem ser controladas pela central multimídia, que pode ter 12,9 ou 15 polegadas. Já o quadro de instrumentos é digital e tem 15 polegadas como padrão.

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Um detalhe no interior é o deslocamento da alavanca de câmbio, que foi movida para a coluna de direção. Isso abre espaço para nichos maiores no console central, que abriga apenas um controlador giratório com display digital para controlar diversas funções, como o volume, alterar os modos de condução e alternar entre “Atmosferas” do sistema de iluminação ambiente.