Um Volkswagen Jetta 2.0 TSI bateu recorde de velocidade no deserto de sal de Bonneville (EUA), neste mês: chegou a 338 km/h!
Mas seu motor 2.0 turbo com injeção direta não era um qualquer. Preparado pela THR Manufacturing, alcançou os 607 cv a 8.500 rpm em teste de dinamômetro com novos turbo, exaustor, comando de válvulas, válvulas e bielas.
O novo Jetta 2.0 TSI de produção será mais manso: terá motor com a mesma calibração do Golf GTI, que entrega 230 cv e 35,7 mkgf de torque.
Mesmo assim, estará um passo além do 1.4 TSI flex de 150 cv e 25,5 mkgf de torque, por enquanto o único disponível no Brasil.
A nova versão com motor 2.0 TSI ainda trocará o câmbio automático convencional de seis marchas pelo DSG, automatizado de dupla embreagem, também com seis marchas. Sua suspensão traseira será independente do tipo multilink, e não por eixo de torção como nas versões 1.4.
Esta mesma diferenciação é vista nos Volkswagen Golf e Audi A3 Sedan, ambos nacionais. O Jetta, porém, vem do México.
A nova configuração foi confirmada pelo designer brasileiro José Carlos Pavone durante a apresentação do novo Jetta na Argentina (onde é chamado Vento).
Enquanto no Brasil o sedã foi lançado apenas nas versões Comfortline e R-Line, na Argentina terá ainda a versão Highline, também com motor 1.4 TSI.
Em entrevista ao Autoblog Argentina, Pavone disse que o motor 2.0 TSI equipará apenas o Vento GLI, versão esportiva com teto preto, rodas exclusivas e detalhes vermelhos por fora e por dentro, bem ao estilo do Golf GTI, que mesmo nas gerações passadas não foi vendida no Brasil.
Mas Pavone já adiantou que esta versão, que será apresentada em janeiro no Salão de Detroit, não virá para o Brasil.
Isso não quer dizer, porém, que o Brasil não terá versão do Jetta com motor 2.0 TSI. Como na geração passada, este motor deverá equipar a versão Highline, com design conservador, e uma nova opção R-Line que teria algo mais do que design esportivado.