O Sentra 2017 está chegando às lojas bastante modificado. Ele sempre fez o estilo bem-comportado. Mas, tomada pelo espirito de seu novo slogan – Innovation that excites –, a Nissan resolveu ousar na reestilização do sedã. Na dianteira, ele ganhou a grade em V – a mesma que está presente nos últimos lançamentos da marca, como o SUV Murano e o sedã Máxima. Os faróis agora têm contornos irregulares. E o capô e o para-lamas ficaram mais encorpados, tirando de vez aquele ar sóbrio da versão que sai de cena. As rodas de liga-leve, que por um momento lembram as do Honda Civic, também são novas e deixaram o Sentra com um ar mais esportivo.
Por dentro, a esportividade fica por conta do volante de três raios, que foi inspirado no cupê 370Z. Mas a maior novidade surge nos equipamentos. Desde a mais simples, a lista de série já inclui transmissão automática (a Nissan aposentou o câmbio manual que antes era oferecido apenas na versão de entrada do sedã), controle eletrônico de estabilidade (VDC), sensor de estacionamento, retrovisor eletrocrômico, faróis automáticos, sistema de som com tela touch de 5 polegadas e rodas aro 16.
A intermediária SV vem com ar-condicionado dual zone, bancos revestidos parcialmente em couro, piloto automático, sistema multimídia Nissan Connect, câmera de ré e rodas aro 17. E a topo de linha SL acrescenta teto solar, sistema de som Bose, seis airbags, banco do motorista com ajustes elétricos e pacote de segurança ativa composto por sensores que monitoram o ambiente próximo do veículo e alertam para pontos cegos, risco de colisão frontal e movimentos do tráfego na parte traseira do veículo (para marcha ré).
Tantas melhorias, claro, cobram seu preço. Antes tabelado entre R$ 69.590 (S) e R$ 88.490 (Unique, uma série especial top de linha que deixa de existir), os valores agora começam em R$ 79.990 (S), R$ 84.990 (SV) e R$ 95.990 (SL). O aumento expressivo, porém, não deve tirar do Sentra a vantagem no custo benefício frente à concorrência – os novos Chevrolet Cruze e Honda Civic devem ter subidas ainda maiores, com preços iniciais acima dos R$ 85.000.
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Na parte mecânica, não houve alterações. O Sentra continua com o motor 2.0 de 140 cv e o câmbio do tipo CVT. A direção (elétrica) foi recalibrada de modo a tornar-se mais firme nas retas, mais precisa nas curvas e mais rápida nas mudanças de faixa, segundo a fábrica. E houve melhorias no tratamento acústico da cabine, com o uso de materiais absorventes, nas portas e no painel, e de uma película isolante, nos vidros.
O comportamento dinâmico também continua o mesmo. No dia-a-dia, o Sentra é um carro para ser dirigido e não pilotado. Seu rodar macio e a facilidade para manobrar agrada que gosta de conforto. E a Nissan sabe que é isso que espera o típico comprador de sedãs. Para saber como o Sentra se comporta com exatidão, não perca a edição de junho de QUATRO RODAS com a avaliação completa e os números de teste do sedã.