A conexão dos carros com a internet permite uma série de avanços, como a realização de recalls, atualizações ou até mesmo melhorias do carro remotamente — algo que a Tesla vem fazendo há muito tempo, diga-se.
Claro que isso também abriu caminho para que as fábricas também pudessem ganhar mais dinheiro. O último exemplo dessa tendência é o novo Audi A4, que foi revelado com novidades surpreendentes na carroceria, mecânica e eletrônica.
Primeiro, ao mais inusitado.
Como outros modelos recentes da marca, o novo A4 terá conexão à internet com integração aos softwares do carro. Isso possibilitou à Audi incluir alguns recursos, como o espelhamento de celulares Android e Apple, em um pacote “demo”.
Funciona exatamente como aquele antivírus que veio no seu computador novo: o cliente poderá pedir à fabricante, por meio de um aplicativo de smartphone, para habilitar alguns recursos opcionais em seu A4, por um período de até 30 dias.
Se após isso ele não adquirir o pacote, o recurso deixará de funcionar automaticamente. O problema é que aqui não adianta usar um programa gratuito depois: para ter acesso à funcionalidade, só pagando à parte.
Felizmente os opcionais tradicionais também foram mantidos, como suspensão adaptativa, quadro de instrumentos digital e assistentes de condução semi-autônoma.
Quebrando paradigmas
Um carro com DLC (expansões de jogos eletrônicos vendidas à parte) não te animou? Então melhor nem ver os novos S4 e S4 Avant. Pela primeira vez na história do modelo, as versões esportivas terão um motor V6 turbodiesel.
E, de quebra, ele ainda será híbrido parcial.
Naturalmente ele tem tração integral quattro, 347 cv e usa o eficiente câmbio automático de oito marchas da ZF. E para quem já tinha tirado o motor aspirado da linha RS, essa alteração nem chega a ser surpreendente.
Todas essas novidades vieram com um visual atualizado, que lembra um pouco a nova geração do A1. Por outro lado, até na reestilização a Audi saiu da receita “troca para-choque/faróis/lanternas” e mudou também as portas do A4.
A alteração foi discreta, e mexeu apenas na skin (pele, em inglês) da carroceria, composta pela chapa exterior do veículo. Essa mudança, porém, demanda alterações na estamparia do veículo, algo que implica em maiores custos para a marca.
O novo A4 estreia na Europa este mês, e deve chegar ao Brasil no segundo semestre.
Por aqui a marca deverá manter o 2.0 de 190 cv e 252 cv já oferecidos atualmente. Por ser diesel, a linha S não poderia mais ser vendida no país, mas ela já deixou o catálogo da Audi do Brasil há quase uma década.