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Morre Bird Clemente, primeiro piloto profissional do Brasil, aos 85 anos

Bird Clemente tinha 85 anos e fez história, e colecionou inúmeras histórias, no automobilismo brasileiro

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 nov 2023, 13h16 - Publicado em 2 out 2023, 10h21

Morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 85 anos, Bird Clemente, um dos grandes pilotos do automobilismo brasileiro. Na verdade, foi o primeiro piloto profissional brasileiro. 

Bird estreou nas pistas no final dos anos 1950, quando a perícia do piloto, a leveza do carro e a preparação do motor poderiam dar mais resultados do que a potência específica. Com a indústria auto­mobilística no Brasil se formando, no início dos anos 1960, o automobilismo se profissionalizou.

Bird Clemente: o homem do tempo
A primeira corrida com um DKW, nas Mil Milhas de 1959 (divulgação/Acervo pessoal)

Foi assim que Bird Clemente se tornou o primeiro a receber salário para correr de carro. Seu primeiro emprego, com direito ao benefício de ter um carro para uso particular, foi ao volante da equipe Vemag, sob o comando de Jorge Lettry.

Bird Clemente: o homem do tempo
Equipe Willys: Luiz Pereira Bueno, Wilsinho Fittipaldi, Luis Antônio Greco, Carol Figueiredo, Francisco Lameirão, José Carlos Pace e Bird Clemente (divulgação/Acervo pessoal)

Mais tarde, seria convidado a fazer parte da lendária equipe Willys, chefiada por Luiz Antônio Greco, com direito a salário, algo inédito por aqui até então.

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Era a equipe que reunia nomes como como Wilson Fittipaldi Jr., Francisco “Chico” Lameirão, José Carlos Pace e Luiz Pereira Bueno, além de Emerson Fittipaldi, que em sua maioria tiveram carreira internacional.

Bird Clemente: o homem do tempo
Com este DKW, Bird fez sua estreia como piloto da Vemag (divulgação/Acervo pessoal)

 

Bird Clemente capa quatro rodas 1965
(Acervo/Quatro Rodas)

Por aqui, chegou a ser capa da Quatro Rodas em fevereiro de 1965. Bird havia recebido o premio Victor 1964, como melhor piloto de fábrica, eleito por um júri de jornalistas especializados.

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Naquele 1964, Clemente era um dos pilotos no “Desafio dos 50.000 quilômetros”, que consistia em rodar dias a fio com um Gordini em Interlagos até completar 50.000 km. Ele capotou com o carro que, porém, continuou rodando sem avarias mecânicas e completou o teste. Daí veio o apelido “Teimoso” para a versão básica do Renault Gordini

Ao lado do irmão, Nelson Clemente, venceu os 500 km de Interlagos e as Mil Milhas Brasileiras, ambas em 1973.

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Também foi eleito pela revista Autosport inglesa um dos 50 melhores pilotos do mundo que não chegaram à F-1. Foi, sem dúvida, um dos maiores pilotos brasileiros. 

Bird Clemente: o homem do tempo
Gordini: recorde após a capotagem (divulgação/Acervo pessoal)

Há cerca de 10 anos a repórter Isadora Carvalho entrevistou Bird Clemente, que relembrou várias das suas histórias na época de piloto. Vale a pena conferir.

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